Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Derrotas para aprender
Não bastasse estar desacostumado a ver o Marinheiro perder no ano, depois de uma sequência invicta de nove jogos somando Catarinense e Copinha, o torcedor ainda teve que amargar duas derrotas contra um rival regional que não vence há muito tempo. Desde 2013 o Marcílio não ganha do Brusque e desde 2008 não vence no Augusto Bauer. Este ano, em quatro partidas, foram três derrotas e um empate. O time do Brusque tem muita qualidade, não à toa foi campeão da série D do Brasileiro, e está jogando junto há muito tempo (alguns remanescentes de temporadas anteriores) em um nível de competitividade alto. Só na série D foram cinco fases de mata-mata, ou seja, pelo menos 10 partidas decisivas disputadas nos últimos meses. Mesmo assim, o Brusque é imbatível? Não, tanto é que teve um início ruim na Copa SC por displicência dos seus atletas. O que o Marcílio tira de lição desses dois confrontos? Precisa ser competitivo durante os 90 minutos e ter mais vontade para vencer a partida. É dessa forma que se iguala a um adversário de mesmo nível ou até mais alto. É inadmissível que o Marcílio comece jogando da forma que entrou no primeiro tempo nas duas partidas. Quando acordou para o jogo, o Marinheiro equilibrou as ações e poderia ter saído de campo com um empate, tanto em Itajaí quanto em Brusque. Soma-se a isso arbitragens que favoreceram o Brusque nas decisões importantes dos dois jogos – pênaltis e expulsões – o resultado foi de derrota. Mas lá na frente pode ser diferente, ainda tem muita coisa para acontecer até as semifinais, onde as duas equipes podem se reencontrar. Tem que cobrar Foiani ainda busca a melhor formação, mas está demorando demais para acertar o time. Alguns jogadores também não entenderam o espírito de vestir a camisa do Marcílio, mesmo com a torcida comparecendo e empurrando a equipe em peso na competição. Chegou a hora de a comissão técnica e o departamento de futebol cobrarem desses jogadores mais atitude em campo. Sem terra arrasada Apesar das duas derrotas e da cobrança natural da torcida, o Marcílio ainda lidera a Copa SC. Mais do que isso, de seis partidas que restam da primeira fase, cinco serão em Itajaí. O Marcílio joga quatro vezes no Gigantão e visita o Barroso no Camilo Mussi. Ou seja, tem tudo para terminar na ponta e levar a vantagem de decidir em casa as fases finais. Além disso, ainda terá a volta de David Batista e as estreias de Wilson Júnior e Anderson Ligeiro no ataque. Também está na hora de Foiani começar a utilizar o Boquita. Um jogador desse nível não pode ficar de fora de tantas partidas como tem ficado. O torcedor também precisa entender o momento e ir para o estádio apoiar, como faz desde o início do ano. Nada está perdido. O Marcílio está vivo.