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Dossiê faz Meirelles segurar MP ilegal das aéreas
“Dos maiores males da administração pública é a corrupção” Waldemir Moka (PMDB-MS) e o projeto que dá à saúde dinheiro recuperado da corrupção Dossiê faz Meirelles segurar MP ilegal das aéreas O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) recebeu discos com 10 gigabytes de documentos e dados sobre a ilegalidade das medidas autorizando a compra direta de passagens às empresas aéreas sem licitação, pagando com cartão corporativo e dispensando-as de tributos na fonte e das certidões legais. As aéreas são as únicas fornecedoras que não são multadas por irregularidade fiscal, porque trataram de incluir isso no edital que negociaram com o governo Dilma. Pode isso? Órgãos de controle como AGU, Procuradoria da Fazenda Nacional, CGU etc pagaram passagens sem checar preços, nem exigir certidões. Dreno de dinheiro O governo federal pagou R$ 290 milhões em passagens, em 2017, por acreditar que os preços eram menores, sem fazer verificação externa. Malandragem Cartão corporativo usado para pagar passagens, com CNPJ do Banco do Brasil, estimula pagamento a empresas com irregularidades fiscais. Intermediário “Venda direta” é falácia, porque há a intermediação de uma empresa de tecnologia, Envision, que custa R$ 4,7 milhões por ano ao governo. 80% da Mega não têm vencedor Aumentaram as suspeitas envolvendo os sorteios da Mega-Sena pelo insustentável sigilo dos nomes dos ganhadores: levantamento indica que 80% dos sorteios de 2017 não tiveram ganhador. Dos 110 concursos no ano passado, apenas 22 tiveram acertadores (nas seis dezenas). A maioria dos prêmios sai após cinco acúmulos, em média. Em 2018, o primeiro pagamento saiu apenas no quarto sorteio. Sem transparência Ao todo, foram 43 apostas vencedoras da Mega-Sena durante todo o ano passado, 17 só na Mega da Virada. Nenhum nome foi divulgado. Erro suspeito Na Mega da Virada houve três apostas vencedoras na mesma lotérica. A Caixa jura que o problema foi “validação” de um bilhete três vezes. Isso ninguém sabe Cerca de 10% do prêmio não são pagos nos sorteios de forma alguma e acumula até cinco vezes antes de ser pago em concursos específicos Refis das pequenas Michel Temer não está contrariado com o movimento de deputados e empresários, e com apoio do presidente do Sebrae, Afif Domingos, pela derrubada do veto presidencial à Lei do Refis. Muito pelo contrário. Coronelismo tucano Vencendo novamente em São Paulo este ano, o PSDB completará 28 anos à frente do maior Estado brasileiro. É a mais longa hegemonia da política brasileira, incluindo os célebres coronéis do nordeste. Nomes aos bois Em artigo na Folha, Floriano Marques Neto e Sebastião Tojal criticaram a presença do Tribunal de Contas da União em acordos de leniência de empreiteiras que roubaram a Petrobras. Assinaram como “professores”, e omitiram que são advogados da OAS e da Andrade Gutierrez. Demora por quê? Dos 75 projetos de concessão previstos pelo governo para este ano, na área de infraestrutura, 11 estão sob análise do Tribunal de Contas da União. Somados, preveem investimentos de R$132,7 bilhões. Caixa privatizada O processo de privatização das loterias da Caixa Econômica Federal está atualmente na “fase de estudos”. Isso quer dizer: está parado, esperando que seja esquecido nas gavetas da Esplanada. PODER SEM PUDOR Inépcia evidente Certa vez o deputado Luiz Viana Neto começou a discursar na Câmara: - Filho e neto de governadores da Bahia... - Não apoiado! – interrompeu Francisco Studart, seu adversário. - Filho e neto de governadores da Bahia... – continuou. - Não apoiado! – interrompeu novamente o oposicionista Studart. - Mas, deputado, eu sou mesmo filho e neto de governadores... Studart corrigiu, arrancando gargalhadas no plenário: - Perdão, excelência. Entendi mal: “filho inepto de governadores”... Com André Brito e Tiago Vasconcelos www.diariodopoder.com.br