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Leniência: empreiteiras querem TCU bem longe
"Há movimentação de subterrâneo” Arthur Lira (AL), líder do PP na Câmara, sobre as novas nomeações para a Caixa Leniência: empreiteiras querem TCU bem longe A lei proíbe que, nos acordos de leniência, as empresas escolham os crimes a confessar e as impede de indicar maracutaias a reparar, e também as coíbe de apontar órgãos com os quais desejam colaborar. Mas é exatamente o que tentam empreiteiras da Lava Jato como UTC e Andrade Gutierrez, incluindo afastar o Tribunal de Contas da União (TCU) das tratativas. Querem devolver uma fração mínima do que roubaram, mas sabem que o rigor técnico do TCU jamais o permitiria. Há leis no Brasil As empreiteiras defendem diretrizes europeias nos acordos de leniência, mesmo contrariando a Constituição e as leis brasileiras. Nomes aos bois Advogados até assinaram artigo na Folha contra a atuação do os acordos, mas sem contar que atuam em defesa da UTC e da Andrade. Sem homologação O TCU sustenta que, ao contrário do que afirma artigo dos advogados, acordos de leniência de Curitiba não são homologados judicialmente. Nem vem que não tem Os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lucia negaram aos advogados das duas empreiteiras a suspensão de decisões do TCU. ‘Xerife’ da prisão A decisão do juiz Sérgio Moro de transferir o ex-governador Sérgio Cabral para o presídio federal de São José dos Pinhais (PR) foi motivada por questões disciplinares. Como esta coluna advertiu há três meses, Cabral assumiu o posto de “xerife” da cadeia, com direito até a segurança privado. Esse tipo de liderança negativa na prisão fez a Justiça retirar o super-traficante Fernando Beira-Mar do Rio de Janeiro. Bandidão-chefe Como “xerife” da cadeia, Sérgio Cabral circulava livremente no bloco onde estava preso, sob “escolta” de agentes penitenciários. Regalias de ‘Xerife’ Forjaram a doação de equipamentos de home-theater ao presídio de Benfica, e regalias como quitutes, camas novas, encomendas, visitas. Faltam os cúmplices Punido pelas regalias, Cabral ficará 15 dias sozinho e sem TV, no Paraná. Para quem autorizava as regalias no Rio, por enquanto, nada. Derrubada do veto Dezenas de entidades apoiam a derrubada do veto de Temer à Lei do Refis, como Associação Brasileira de Supermercados, Câmara Nacional de Dirigentes Logistas, Frente Nacional dos Prefeitos etc. Pode isso? O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) brincou com a possibilidade de o presidente ser candidato à reeleição: “Michel Temer pode? Pode. Não quer. Diz que não quer, mas...”. Saco sem fundos O MEC distribuiu R$981,4 milhões de “salário educação”, tungados das empresas. Grana suficiente para pagar a formação de 1212 brasileiros na prestigiada (e cara) universidade de Harvard. Mas foi para o saco. Mais acidentes O número de acidentados não caiu desde a Lei seca, na verdade houve aumento de 19% no número de acidentes, mas a gravidade dos acidentes passou a ser bem menor; as mortes caíram em 20%. Pena que não é brazuca A Apple fez acordo para pagar R$125 bilhões à Receita dos EUA em impostos sobre o lucro obtido no exterior. Se fosse brasileira, só esses impostos pagos pela empresa cobririam 90% do rombo no orçamento.