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Isso não é adequado para este momento”
Henrique Meirelles (Fazenda) sobre a discussão da ‘regra de ouro’ da dívida pública
Correios: declínio atrasa entregas e afasta clientes
A queda vertiginosa de qualidade dos serviços afugenta os clientes dos Correios, que já não suportam atrasos e extravios de encomendas, e fazem opção por empresas privadas. Uma correspondência comercial saiu de Lisboa para Brasília e levou 47 dias para chegar. Outro leitor, de Goiânia, pagou mais caro para entrega urgente, mas o documento só chegou 25 dias depois em Brasília, a cerca de 200 km de distância.
Assim não dá
Documento postado em Portugal em 20 de dezembro chegou no Brasil no dia 22, segundo o rastreamento, mas ao destinatário ainda não.
Rombo bilionário
Apesar das medidas para reduzir seus gastos, os Correios registraram prejuízo R$ 2,03 bilhões nos primeiros 11 meses de 2017.
Ninguém aguenta
Grande parte do rombo dos Correios decorre do custo astronômico do plano de saúde dos empregados, de R$ 450 milhões por ano.
De filho para pai
O plano de saúde que sindicalistas irresponsáveis impuseram aos Correios é único no mundo: beneficia até os pais dos empregados.
Aéreas e o ‘cotão’
As quatro maiores empresas aéreas brasileiras (Latam, Gol, Avianca e Azul) faturaram R$ 152,7 milhões apenas com a cota parlamentar dos deputados e senadores desde 2015, segundo dados da Transparência do Congresso. Sem licitação, assim como a Medida Provisória do governo Dilma que liberou a compra direta com as aéreas, o gasto com passagens é de longe o mais alto entre as despesas pagas no “cotão”.
Latam, predileta
A Latam, que usa critérios distintos para bagagem de mão em cidades diferentes, foi a que mais lucrou com os parlamentares: R$ 67 milhões.
Gol logo atrás
Em segundo lugar, a Gol recebeu R$ 48,7 milhões no período. Azul e Avianca levaram R$ 18,6 milhões e R$ 18,3 milhões, respectivamente.
Sem limite
Ao todo, foram mais de 330 mil compras nos últimos três anos, o que equivale a uma média de 557 notas apresentadas por parlamentar.
Fonte manjada
O governo atribui a Rodrigo Maia fofocas sobre a saúde de Michel Temer. E outras notícias do poder. Ministros até já combinaram contar lorotas na frente dele só para se divertir com a divulgação, logo depois.
Aparência importa
Preocupa o Planalto o suposto achaque do deputado Lúcio Vieira Lima a amigos do irmão Geddel, para evitar incluí-los em eventual delação. “Não é verdade, mas verossímil, daí o perigo”, disse um ministro.
Pega-pega
O PDT avalia desistir da candidatura de Ciro Gomes. O dono do partido, Carlos Lupi, estaria preocupado com o suposto envolvimento do seu irmão, o ex-governador Cid Gomes, com a Lava Jato.
Donos do poder
O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), poderá se reeleger na convenção do partido, marcada para 6 de fevereiro. Mas o prefeito de Salvador, ACM Neto, e Rodrigo Maia querem o comando da sigla.
Pátria lesada
O general Augusto Heleno classificou como “crime de lesa-pátria” o acordo para a Petrobras pagar R$ 9,5 bilhões a acionistas nos EUA. E critica a imprensa: “repórteres conseguem o feito de omitir qualquer referência a Lula, Dilma, PT e presidentes da Petrobras responsáveis”.
Alô novos políticos
Quem pretende concorrer a cargos eletivos este ano deve se filiar a um partido político até dia 7 de abril, seis meses antes das eleições. Dia 7 de abril também é o prazo final para registrar o domicílio eleitoral.
Retífica CH
A proibição, até a eleição, de contratar shows para inaugurar obras etc está na cartilha da AGU com condutas vedadas (e não veladas) aos agentes públicos. A prática, entretanto, é sempre feita de forma velada.
Pensando bem...
...em vez de telefonar ao presidente para saber se o cargo ainda é seu, a nova ministra do Trabalho deveria ter aproveitado para se demitir.
PODER SEM PUDOR
Medo do alto
Afonso Arinos de Melo Franco exercia o pior cargo para quem tinha pavor de avião: ministro das Relações Exteriores de João Goulart. Certa vez, ao concluir uma visita a Portugal, ele foi despedir-se do presidente anfitrião, Américo Tomás, que logo tocou no ponto fraco:
- O senhor gosta de avião?
- Não muito, excelência.
Ao invés de tranqüilizar o chanceler brasileiro, Tomás fez um comentário que o atormentaria durante todo o percurso de volta:
- É, enquanto eles voam lá em cima, as oficinas continuam cá em baixo...