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“Eu não indiquei, surgiu o nome dela”
Roberto Jefferson sobre a filha, Cristiane Brasil, como ministra do Trabalho
Mega da virada retoma suspeita de ‘caixa preta’
O estranho caso da mega-sena da virada, com três apostas ganhadoras numa mesma lotérica, e várias outras em municípios remotos, fez ressurgir a desconfiança em relação às loterias da Caixa, que se transformaram em autêntica “caixa preta”. A desconfiança tem a ver com a “cláusula pétrea” da Caixa: ao contrário do resto do mundo, no Brasil não é divulgada a identidade dos “novos milionários”.
Parece máfia
Há casos até de ameaça de morte a parlamentares que pretenderam tornar obrigatória a divulgação da identidade dos ganhadores de loteria.
O mundo caiu
Projetos para divulgar ganhadores fazem o mundo “desabar”, disse certa vez o autor de um deles, o ex-senador capixaba Gerson Camata.
Alegação risível
A Caixa alega “segurança” para manter em sigilo os ganhadores, como se os “novos milionários” não pudessem bancar a própria proteção.
Contra transparência
Seja qual for o governo, o lobby da Caixa sempre atua para sufocar projetos de divulgação da identidade dos ganhadores de loteria.
Foi Temer, e não Sarney
O ex-presidente José Sarney nada teve com o desconvite ao deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) para assumir o Ministério do Trabalho. Ao contrário: ao ser informado, até exclamou: “Que bom, Pedro é nosso amigo”. A reação à escolha partiu de outros políticos do Estado, como o senador Edison Lobão (PMDB), que lembraram ao presidente Michel Temer da aliança entre Pedro Fernandes e o governador, Flávio Dino (PCdoB), crítico feroz do governo federal. Temer desistiu do convite.
Cavando a ‘cova’
Fernandes tratou de se “queimar” fazendo declarações hostis a Sarney, após sua indicação para o cargo de ministro, irritando o Planalto.
Traição política
Pedro Fernandes foi secretário de Educação e de Cidades da ex-governadora Roseana Sarney, a quem é acusado de trair.
Nem precisou
Lobão nem sequer tratou sobre Pedro Fernandes com Temer. Conversou com ministros como Eliseu Padilha (Casa Civil).
Nem de graça
O livro sobre Dilma “A vida quer é coragem”, do ex-assessor petista Ricardo Batista Amaral, que custava R$39,90, está oferecido a R$ 2,99 na Livraria Leitura. Ainda assim, continua encalhado.
Treta nos contratos
A delação do ex-presidente do Detran-MT e do ex-governador Silval Barbosa, segundo a imprensa local, encrencam de vez a antiga empresa FDL, atual EIG, e seu ex-diretor-geral Merison Amaro, além do ex-diretor do Detran Carlos Santana, atual sócio da Tecnobank.
Não pode assim
A população potiguar deve exigir das autoridades que sejam responsabilizados cível e criminalmente os policiais amotinados. Motim é crime, e mata: 101 vidas foram ceifadas durante a “greve”.
Anistia, não
A Justiça e os poderes constituídos também devem ficar vigilantes: se os amotinados do Rio Grande do Norte forem punidos, logo surgirão os políticos oportunistas propondo “anistia”, para lhes garantir impunidade.
Agenda folgada
O ritmo no Itamaraty não deve estar assim tão puxado. Meio da semana, plena quarta-feira, o único compromisso do chanceler Aloysio Nunes foi almoçar com o prefeito João Dória, em São Paulo.
Desrespeito seletivo
Leitor da coluna ilustra bem a desorganização na Latam. Viajou de Brasília para Salvador com mala de mão, mas no retorno foi impedido de levar a mesma mala, enquanto outras, maiores, eram ignoradas.
Em família
A indicação de Cristiane Brasil para assumir o Ministério do Trabalho pode provocar insatisfação, mas silenciosa: ninguém é besta de reclamar do fato de Roberto Jefferson haver escolhido a própria filha.
Faltou muito
As receitas do governo federal fecharam o ano de 2017 em R$ 2,536 trilhões. O resultado é quase R$ 1 trilhão a menos que o previsto no início do ano e R$ 300 bilhões a menos que o registrado em 2016.
Pensando bem...
... economistas orientam pagar dívidas com o 13º, mas deviam era contar o que fazer quando o salário acaba e as dívidas não.
PODER SEM PUDOR
Locutor da rádio Tabajara, do governo da Paraíba, Pascoal Carrilho transmitia a chegada do presidente Ernesto Geisel a João Pessoa. Ao anunciar o desembarque do general com sua voz engraçada, ouviu-se uma sonora vaia. Enquanto a comitiva descia do avião, ele atacou:
- Acaba de desembarcar o Presidente... e esses moleques...
O ênfase em “moleques” soou como um xingamento aos ministros e assessores. Pascoal não pôde concluir a frase: a transmissão foi interrompida.