Vitória da torcida

O Marcílio Dias teve uma tarde de domingo para mostrar ao futebol catarinense a sua grandeza. Com uma festa incrível da torcida, tanto na chegada do time ao estádio, quanto no incentivo dentro do Gigantão das Avenidas, os marcilistas fizeram a diferença que tanto falamos nesta Série B do Catarinense. Sem esse apoio da arquibancada, talvez o Marinheiro não teria forças para ir buscar a vitória diante do fortíssimo time do Concórdia, que surpreendeu o rubro-anil com um esquema tático ofensivo. Mauro Ovelha colocou o Galo do Oeste pra cima e poderia ter deixado Itajaí com um resultado melhor. Agora, com a vitória por 2 a 1, o Marinheiro pode jogar pelo empate no duelo de volta, no próximo domingo.

Nada decidido

O Concórdia mostrou em Itajaí porque tinha a melhor campanha da Série B até este domingo. Muito bem organizado em campo, o Galo tem dois atacantes rápidos pelas pontas e um centroavante muito perigoso. Por isso, é importante frisar que nada está decidido, mas o Marcílio Dias deu um grande passo em busca do acesso. Do lado rubro-anil, os pilares experientes do time estão fazendo a diferença. Rogélio, Rodrigo Couto e Schwenck foram impecáveis neste domingo e fundamentais para a vitória rubro-anil. Conhecendo bem a capacidade do técnico Renê Marques, tenho certeza que o Marinheiro também tem tudo para fazer um grande jogo no Oeste do Estado. Independente de quem conquistar a vaga na primeira divisão de 2018, é certo que Marcílio e Concórdia fazem a final antecipada da Série B.

Arbitragem polêmica

O árbitro Cinésio Mendes Júnior não agradou nem a Marcílio Dias, nem a Concórdia neste domingo. E ambos os lados têm razão. O grande erro do juiz foi ter dado um pênalti a favor do Galo do Oeste em uma disputa normal de jogo logo aos 15 minutos. O lance do gol de empate do Concórdia botou muita pressão nas costas do juiz, que se perdeu no restante da partida. Deixou de dar pênaltis para os dois times e no final assinalou um lance de bola na mão em favor do rubro-anil. Cinésio já mostrou em outras partidas que não é um árbitro ruim, mas ainda não tem cancha para apitar uma partida tão importante como essa. Peca a Federação Catarinense de Futebol de não reservar seu escalão principal de arbitragem nestas semifinais. Mesmo que o coordenador de arbitragem da Federação, Marco Antônio Martins, tenha dito que a prioridade na escolha dos árbitros é da CBF, faltou articulação da FCF para negociar com a entidade máxima do futebol brasileiro a liberação de nomes mais experientes. Vamos torcer para que no próximo domingo a arbitragem não estrague o confronto dos dois melhores times do campeonato.