Toda árvore se sustenta pela raiz... E toda idade se conta pelo nascimento. Assim também deve ser a história de um lugar começando pela fundação. É comum em muitas cidades comemorar sua data histórica pela emancipação política, deixando para traz suas raízes e o próprio trabalho dos seus primeiros povoadores – aqueles que deram sustentação e contribuíram para que se tornasse uma comunidade independente.

Observamos o caso de Itajaí que comemora sua data histórica pela emancipação, em relação a Blumenau que festeja pela fundação. Sabe-se que Itajaí veio antes 30 anos, pois foi seu dirigente Agostinho Alves Ramos que deu acesso ao Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau para subir o rio e lá fundar a cidade que ganhou seu nome.

Assim Itajaí que comemora pela emancipação em 15 de junho de 1860 ficou mais nova perante Blumenau que marca pela fundação em 2 de setembro de 1850. Na realidade Itajaí é de 1820, tomando por base o documento assinado pelo Conde Vilanova Portugal, em 5 de fevereiro de 1820, designando Antônio Menezes de Vasconcelos Drummond para fundar uma colônia na foz do Rio Itajaí Açu.

Maiores detalhes estão no livro 2020 – ITAJAÍ 200 ANOS, que escrevi recentemente, tendo seu lançamento marcado para o próximo dia 9 de junho, na Associação Comercial em Itajaí. Se as autoridades, especialmente a Câmara Municipal da cidade acatar essa ideia, em 2020, Itajaí poderá comemorar seu segundo centenário. Em 1920 o então Prefeito Marcos Konder até comemorou o primeiro centenário de fundação, mas não obteve o devido apoio para oficializar efetivamente a data.

No dia do lançamento o livro 2020 – ITAJAÍ 200 ANOS será distribuído gratuitamente para todos os presentes. Haverá uma Mesa Redonda para discutir “Drummond e a Colonização do Vale do Itajaí”, com a participação de escritores, historiadores, professores e demais interessados na história da nossa região.