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Pedido de passagem
Vamos verbalizar. Pois a consciência é negra. Nos dias de hoje com o desenvolvimento industrial, educacional e tantos outros campos é relutante a existência do negro.
O nosso dever como humanos é dar espaços para todas as pessoas independentemente de sua raça ou religião. No entanto, o mundo em que muitos de nós fazemos parte, é aquele em que o racismo e qualquer preconceito imperam. Pois a existência do negro traz consigo uma vasta cultura, como por o exemplo o Rap.
Um discurso rítmico com rimas e poesias que surgiu no final do século 20 entre as comunidades negras dos Estados Unidos. E o negro por ser atuante em todos os campos, embora não lhe havendo espaços, incomoda muitos. E ser negro nada mais é que cultura, movimento e a voz da igualdade.
O cabelo afro para muitos diz quem é negro, o que nada mostra sobre o caráter da pessoa. O crespo nada mais é que o complemento da beleza negra. E este cabelo é um dos motivos mais marcantes entre a sociedade preconceituosa, pois o padrão de beleza vai além de magra e loira; o liso é o ideal de cabelo. Isso fez muitos de nós, negros, se sentir inferiores, entregues ao modismo padrão alisassem os seus cachos.
No entanto, o modismo não durou muito tempo e a rebelião dos cachos se tornou hoje o charme de toda beleza negra. E quando assumimos o que somos e o cabelo que temos, ficamos livres de todas as amarras nos impostas. E para esse ano o nosso lema é: Porque crespo é legal! Porque ser negro é legal! Porque ser negro é fazer parte da história!
Chega de ser o coadjuvante, temos um papel importante na sociedade. Não pense que por sermos negros não merecemos o nosso lugar no mundo. Somos muito mais que você pensa. O que é o macaco? Apenas um ser vivo da natureza, criado por Deus, você crendo nele ou não.
E nós? Seres humanos como qualquer outro na face da terra. Chega de disse me disse. Somos o que somos: negros construindo caminhos! Talvez uma ponte entre a realidade e o idealismo. Mas a certeza de que sempre seremos lutadores. E algo além, disso, viveremos escrevendo a nossa história. Por isso peço a voz, meus senhores e senhoras, deixem o negro passar com sua cor, pois é ela que colore o mundo.
* Mulher negra, produtora cultural, poetisa e vive em Biguaçu Santa Catarina sul do Brasil