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O zum-zum-zum da política e o ti-ti-ti dos políticos


Rango escolar na berlinda


Publicado 11/02/2025 11:39

 

A alimentação escolar, que deveria ser um compromisso com as crianças e suas famílias, tornou-se alvo de questionamentos graves sobre gestão e possíveis irregularidades. O ex-prefeito da galega Blumenau e atual secretário de Defesa Civil da Santa & calorenta Catarina, Mário Hildebrandt, e o ex-secretário de Educação, Alexandre Matias, estão no centro dessa controvérsia.

Explodiram

Nos últimos três anos, os gastos com a merenda escolar na city da Oktober explodiram. Em 2022, foram investidos R$ 40 milhões, valor que subiu para R$ 44 milhões em 2023 e, de maneira assombrosa, saltou para R$ 60 milhões em 2024. O aumento chamou a atenção e deve ser alvo de investigação do MP para apurar possíveis irregularidades nos contratos firmados na gestão anterior.

Suspeito

Um ponto especialmente suspeito foi identificado no aditivo contratual firmado em 23 de dezembro de 2024, no valor de R$ 15.791.846,65. O documento foi assinado por Hildebrandt, Matias e a empresa fornecedora, Risotolândia. Como se não bastasse, em 26 de dezembro, durante o período de férias coletivas da prefa, um pagamento surpreendente de R$ 18 milhões foi efetuado à mesma empresa.

Intrigante

A situação se tornou ainda mais intrigante quando Matias, um dos poucos secretários a permanecer na nova gestão, pediu exoneração repentinamente, alegando “motivos pessoais”. Pouco depois, a prefeitura rescindiu o contrato com a Risotolândia e contratou uma nova fornecedora de merenda, de forma emergencial.

Contundentes

Sentindo-se prejudicada, a antiga prestadora de serviços acionou a Justiça para tentar reverter a decisão. No processo judicial nº 5003128-02.2025.8.24.0008, que tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública de Blumenau, a empresa apresentou informações contundentes sobre os gastos e as negociações com a administração municipal.

Limite legal

O juiz que analisou o caso indeferiu o pedido da empresa, mas chamou a atenção para um ponto crítico: a prefeitura teria realizado vários aditivos dentro do mesmo ano, ultrapassando o limite legal permitido de 25%.

Nas alturas

Um detalhe chama a atenção: em 2023, o município investiu R$ 1052 por aluno em alimentação escolar. Em 2025, com a rede reduzida de 38 mil para 37 mil alunos, esse valor saltou para R$ 1621 por aluno, um aumento de 54%.

Engordando?

Esse crescimento não se justifica apenas pelo incremento no cardápio ou no número de refeições. Afinal, estaríamos diante de crianças que passaram a consumir por “meia criança a mais”? Ou esses recursos estariam “engordando” outras contas?

Por quê?

Diante desses fatos, a própria Risotolândia forneceu documentação ao Ministério Público para investigação do caso. A dúvida que paira no ar é: se a empresa sabia de eventuais irregularidades, por que não denunciou antes? E por que Hildebrandt, no apagar das luzes de seu governo, aprovou um aditivo milionário e efetuou pagamentos vultosos em pleno recesso da administração municipal?

Não é a primeira vez

Essa não é a primeira vez que o nome de Hildebrandt aparece em meio a denúncias envolvendo contratos. No início do ano, o ex-prefeito teve seu nome envolvido numa grave denúncia sobre os contratos das agências de publicidade que prestam serviços ao município, levantando questionamentos sobre a transparência na gestão dos contratos.

Habilidade

Além disso, a trajetória política de Mário Hildebrandt é marcada por sua habilidade em se manter nos círculos de poder. Ele iniciou sua ascensão como secretário de assistência social, elegeu-se vereador e depois vice-prefeito de Napoleão Bernardes, assumindo a prefeitura quando este renunciou ao cargo.

Influência política

Em seguida, Mário se reelegeu em meio à pandemia, consolidando sua influência política. Ao longo dos anos, transitou entre diferentes partidos e alianças, sempre buscando manter sua posição de destaque.

Desgaste

Mesmo após a vitória de seu sucessor – sem qualquer participação sua de forma mais contundente – pleiteou uma nomeação no governo estadual como secretário da Defesa Civil, alegando relevância local. Agora, sua presença no alto escalão do governo pode comprometer a imagem da atual gestão estadual, trazendo um desgaste desnecessário ao governador Jorginho Mello (PL).

Tolerância zero

O caso promete desdobramentos sérios, já que além de Hildebrandt na Defesa Civil de Santa Catarina, Matias retornou à câmara de vereadores. Do outro lado, o atual prefeito de Blumenau, o delegado Egídio Ferrari (PL), parece cumprir sua promessa de campanha e segue com tolerância zero às ações de corrupção.

Foto (Divulgação) 

 


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