Por Flávio Perez - redacao@diarinho.com.br
A bordo do esporte
Publicado 24/07/2024 22:49
No terceiro dia de regatas da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval, a tarde desta quarta-feira (24) começou de forma semelhante aos dias anteriores no Yacht Club de Ilhabela (YCI), com ventos fracos dificultando as primeiras disputas no maior evento de vela oceânica da América Latina.
A decisão de levar a raia para a Ponta das Canas, um dos cartões-postais de Ilhabela, foi crucial. Com ventos de até 8 nós vindos do leste, a organização conseguiu realizar 11 regatas no total: três para os monotipos C-30 e duas para as classes que usam o rating - ORC, BRA-RGS, Clássicos e RGS Cruiser.
Este foi um dia clássico da SIVI Daycoval, com mais de 100 barcos inscritos na competição em sua 51ª edição. As diversas disputas na água resultaram em mudanças significativas na classificação geral.
Na classe ORC, o barco +Bravíssimo de Luciano Secchin, que havia conquistado duas vitórias nas regatas Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil e Regata Mitsubishi - Eduardo Souza Ramos com ventos fracos, viu sua vantagem diminuir. Os favoritos Phoenix (Mario Dottori e Fábio Cotrim) e Crioula (Eduardo Plass), atual bicampeão da SIVI Daycoval, voltaram a disputar as primeiras posições.
Luciano Secchin, comandante do +Bravíssimo, comentou com bom humor: "Os pobres voltaram a ser pobres. Ainda estamos em primeiro, mas como um gato no azulejo tentando segurar para não cair." As regatas com ventos mais fracos favoreceram os barcos menores, enquanto os maiores e mais rápidos, como o Phoenix, subiram na classificação.
Os capixabas do +Bravíssimo somam 62 pontos e são seguidos por três barcos argentinos e um uruguaio: Mago (José Bartolucci), Sandokan (Carlos Costa), America del Sur (Pablo Maffei) e Albariño (Marcelo Cipolina). Com 18 barcos inscritos na categoria, a competição também conta pontos para o Brasileiro de Oceano da ABVO.
Na classe BRA-RGS, que reúne 27 barcos de diferentes tamanhos e áreas vélicas, o catarinense Pangea (Jorge Carneiro) lidera com 90 pontos. A equipe, que ficou em segundo lugar nos campeonatos de 2022 e 2023, espera conquistar o troféu principal desta vez. Entretanto, adversários como Tanuki (Rafael Torentin) e Orion (Victor Fonseca) estão acelerando para tomar a liderança. "Ganhamos no detalhe as duas no corrigido, sempre no planejamento. Vamos sempre com humildade para quebrar esse tabu de ter batido na trave duas vezes", afirmou Luciano Blauth.
Nos Clássicos, o Vendetta (André Gick) confirmou a liderança com 62,50 pontos, seguido de perto pelo KamehaMeha (Alberto Kunath) com 61 pontos. O homenageado da SIVI Daycoval, o Morgazek (Michele D'Ippolito), está em terceiro com 51,50 pontos. "Foi muito bom ter feito duas regatas no dia. Parabéns ao Cuca Sodré e à comissão, pois nós viemos para velejar em Ilhabela", comentou André Gick do Vendetta.
Na classe RGS Cruiser, o Pegasus (Lucas Azambuja) está na frente após quatro regatas no evento deste ano. A diferença é mínima para o BL3 Urca (Clauberto Andrade) e o argentino Nautico II.
Na classe C-30, a única one design do calendário da SIVI Daycoval, a comissão realizou três provas. O barco Relaxa (Tomas Mangabeira) está em primeiro, seguido pelo Loyalt (Alex Leal) e Tonka (Demian Pons).
As regatas da 51ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval continuam nesta quinta-feira (25). A previsão é de ventos moderados, e há tendência de mudanças climáticas nos últimos dois dias do evento, prometendo ainda mais emoção e disputas acirradas.
Vandrei Stephani | FOTOP
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