Por Flávio Perez - redacao@diarinho.com.br
A bordo do esporte
Publicado 08/12/2023 22:40
A tradicional competição já revelou nomes de peso da modalidade no Brasil como Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze. A abertura oficial será o desfile das nações neste sábado (9), às 18h, nas ruas da cidade do litoral fluminense, com sua conclusão na praça Santos Dumont.
O evento chancelado pela World Sailing - Federação Internacional de Vela e organizado no Brasil pela CBVela - Confederação Brasileira de Vela conta com velejadores de até 19 anos espalhados em classes que se assemelham em tamanho e estilo às olímpicas. Todos os barcos são fornecidos pela competição, com exceção dos equipamentos do Kite e IQFoil.
Serão realizadas mais 140 regatas no período de competição nas três raias montadas de Manguinhos, Feia e Branca. Os percursos serão de barla-sota - entre bóias formando um oito, e em forma trapézio, obrigando os velejadores a testarem suas habilidades em ventos de popa e contrários.
Assim como na edição de 2022, realizada em Haia, na Holanda, o Mundial da Juventude terá o Troféu das Nações, com o somatório dos resultados de todos os países. A última campeã foi a Espanha.
Itália, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Espanha enviaram 14 representantes para Búzios (RJ). Brasil, Turquia e Argentina contam com 13 velejadores cada. O atleta mais novo é o húngaro Samson Litkey, de apenas 12 anos.
Em termos de resultados expressivos, Max Maeder de Singapura, de apenas 17 anos, tem em seu currículo um título mundial da classe, além de três Europeus e duas vezes do Mundial da Juventude.
"O Mundial da Juventude é o maior e melhor evento evento jovem do mundo. É importantíssimo para o atleta que faz a sua carreira visando profissionalismo, Jogos Olímpicos, America's Cup, entre outras competições. Daqui saem os melhores do mundo. É uma espécie de Mini-Olimpíada. Temos 62 países e esperamos uma grande competição", comenta Walter Boddener, gerente de competições da CBVela.
Os atletas fazem as inscrições e vistorias de material até sábado (9) e domingo (10), incluindo treinamentos na raia local para testar equipamentos. As sedes do Mundial da Juventude serão o Iate Clube de Búzios e o Búzios Vela Clube.
Formato das regatas
O formato das regatas é praticamente igual ao olímpico, porém sem a medal race. O vencedor será aquele que somar menos pontos ao final do campeonato. As versões da ILCA e 420 correm 9 provas e terminam após o fim com apenas 1 descarte. Nacra e 29er terão em seu programa 13 regatas e 1 descarte. Já no Kite e IQFoil serão 18 ao todo.
A previsão de vento para estreia nesta segunda-feira (11) terá direção leste com média intensidade, No dia seguinte, a meteorologia indica sentido sul. Mas no resto da semana, a tendência é voltar para leste.
O Mundial da Juventude reúne 21 oficiais de regatas internacionais e 45 brasileiros, todos liderados pelo catarinense Ricardo Navarro, o mesmo que coordena as provas olímpicas Paris 2024, pan-americanas de Santiago 2023 e da Copa do Mundo de Vela SSL Gold Cup.
Brasil no Mundial da Juventude
O Brasil soma ao todo 16 medalhas na história da competição. A primeira medalha foi obtida por Robert Scheidt na classe Laser em Largs, na Escócia, em 1991. A disputa é anual, e a última vez em que o Brasil esteve no pódio foi em 2016.
Na ocasião, Leonardo Lombardi e Rodrigo Luz ficaram com a prata na classe 420, enquanto Brenno Francioli foi bronze na RS: X. Dois anos antes, a dupla Kim Vidal e Antônio Lopes ficou com o bronze na SL 16. Em 2013, Tiago Brito/Andrei Kneipp ficaram com o ouro no 420. Já em 2012 e 2011, outra dupla fez sucesso: Martin Lowy e Kim Vidal foram bronze e ouro, respectivamente, na SL 16.
Atuais bicampeãs olímpicas na classe 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze foram ouro no Mundial da Juventude em 2009, mas na categoria 420. No mesmo ano, Jorge Renato Amaral foi bronze na RS: X. Em 2008, na mesma categoria, Patrícia Freitas também ficou com o terceiro lugar.
Dois anos antes, o Brasil foi prata com Bruno Vilela Frey/Ricieri Vidal Marchi na categoria Hobie Cat 165 Spin Open, enquanto Marcos Adler/Bruno Leal Faria foram bronze na 420. Esta também foi a posição de Mariana Basílio/Gabriela Biekarck, também da 420.
Em 1994, Rodrigo Amado e Leonardo dos Santos foram prata na Laser II. Outro resultado expressivo na década de 90 foi conquistado em 1998 com a dupla André Cahu/Victor Azevedo da Costa: bronze pela HobieCat 16.
Outro velejador renomado com história na competição é Ricardo Winicki, atleta de Búzios (RJ). Também conhecido como Bimba, ele conquistou o ouro em 1997 e 1998, na Mistral.
''Nos investimentos da CBVela, a Vela Jovem é uma realidade e estamos trabalhando há mais de cinco anos para formar uma equipe técnica, com camping de treinamentos e todas as condições para a evolução da nova geração. Tudo isso culminando com esse Mundial da Juventude aqui no Brasil, né? É um esforço enorme'', explicou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
Equipe Brasileira de Vela Jovem
420 Open: Lucas Freitas e Victoria Back
420 feminino: Joana Gonçalves e Gabriela Vassel
29er masculino: Guilherme Menezes e Fernando Menezes
29er feminino: Clara Meyer Cardoso e Lívia Valduga Nogueira
Nacra 15: Alex Kuhl e Alexia Buuck
ILCA 6 masculino: Felipe Fraquelli
ILCA 6 feminino: Valentina Roma
Kitesurf masculino: Lucas Fonseca
iQFoil feminino: Sofia Rocha
A Energisa é a patrocinadora oficial da Equipe Brasileira de Vela Jovem na disputa do Mundial da Juventude de Búzios 2023 por meio da Secretaria de Esporte e Lazer - Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A marca francesa de dermocosméticos Avène é patrocinadora da CBVela - Confederação Brasileira de Vela. O acordo passa a valer a partir do mês de dezembro de 2023 e terá duração de 13 meses.
A primeira ação da Avène com a entidade máxima da vela brasileira será na 52ª edição do Mundial da Juventude. Além do patrocínio, haverá entrega de protetor solar para os atletas da Vela Jovem em Búzios (RJ), ação que se repetirá nos campeonatos promovidos pela CBVela na próxima temporada.
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela - CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
Foto: Caio Souza | On Board
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