Publicado 04/09/2025 12:29
Recebo com tristeza da assessoria do Grupo Armani, por tudo que ele criou, elucidou e sempre representará para a moda mundial, o comunicado do falecimento de Giorgio Armani. Estilista italiano, com 91 anos, mais influente da história e o alfaiate que definiu o seu tempo.
Diz ainda a nota que: “Il Signor Armani, como sempre foi respeitosa e admiravelmente chamado pelos funcionários e colaboradores, faleceu em paz, rodeado pelos seus entes queridos. Incansável,trabalhou até aos seus últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções e aos muitos projetos em curso e futuros. A Giorgio Armani é uma empresa com cinquenta anos de história, construída com emoção e paciência. Giorgio Armani sempre fez da independência - de pensamento e de ação - a sua imagem de marca. A empresa é, agora e sempre, um reflexo deste espírito. A sua família e os seus colaboradores levarão o Grupo em frente respeitando e dando continuidade a estes valores.”
O velório acontecerá de sábado, 6, a domingo, dia 7 de setembro, e estará aberto das 9h00 às 18h00, em Milão, na Via Bergognone 59, no interior do Armani/Teatro. De acordo com os desejos explícitos de Armani, o funeral será privado, conclui a informação.
O estilista fundou a Giorgio Armani em 24 de julho de 1975, dias após o seu 41º aniversário (ele nasceu em 11 de julho de 1934). Natural de Piacenza, no norte da Itália, Armani, filho de um contador, chegou a estudar Medicina (era fascinado por anatomia), mas não concluiu o curso. Passou pelo Exército e teve sua primeira experiência no métier como comprador na loja de departamentos La Rinascente, em Milão. Na sequência, foi contratado para desenhar a linha masculina de Nino Cerruti e não parou mais. Em voo solo, estourou com uma ideia audaciosa: a desconstrução do terno. Armani revolucionou o guarda-roupa masculino. Reservado, signore Armani (como é tratado por todos) não costuma ter sua privacidade escancarada. As horas vagas — uma raridade— eram gastas com a família e os amigos, às vezes em seu barco. Nas viagens, era ciceroneado por uma comitiva. Segundo o “The Guardian”, eram assessores, guarda-costas e executivos — ele não tinha filhos, mas estava sempre com a sobrinha Roberta. Nas entrevistas, Armani não tinha medo de dar sua opinião. Certa vez, o estilista afirmou à “The Sunday Times Magazine” que gays “não precisam se vestir como homossexuais”, causando o maior rebuliço nas redes. Sem falar na rixa que tinha com Gianni Versace, morto em 1997. E este é o máximo de polêmica em que ele se permitiu envolver.
Giorgio Armani e Pantaleo (conhecido por todos como Leo) Dell’Orco se conheceram há mais de 45 anos. Dell’Orco era seu braço direito, talvez a pessoa mais próxima dele, e foi ele quem o estilista escolheu como o "herdeiro" ideal de sua obra, juntamente com sua sobrinha Silvana Armani. Ela se concentra nas mulheres, ele nos homens. A presença de Dell’Orco ao lado do estilista sempre foi constante, porém discreta. Até 22 de junho de 2021, quando, ao final do desfile masculino de Giorgio Armani, o estilista o convidou para desfilar com ele, em uma espécie de investidura ideal. Armani mora com Leo Dell'Orco há anos e falou sobre sua vida amorosa atual da seguinte maneira: "Não adianta estar apaixonado e dar pouco espaço ao seu amor, porque eu não tenho espaço. Exceto pelo meu profundo afeto por Leo Dell'Orco, que mora comigo há anos e é a pessoa mais próxima de mim."
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Publicado 03/09/2025 14:27