Uma emenda do vereador Anderson Santos (PL) à revisão do Plano Diretor proibindo o naturismo na praia do Pinho, em Balneário Camboriú, será votada na sessão desta quarta-feira na Câmara de Vereadores. A medida atende pedido de moradores das praias agrestes, que relatam problemas de segurança na região devido à situação no Pinho, com sexo ao ar livre, lixo pelas trilhas e perturbação.
O vereador lembra que o fim do nudismo da Praia do Pinho é defendido por ele desde 2022, com apoio da comunidade, por meio de projeto de lei. Na ocasião, porém, o Ministério Público recomendou que nenhuma mudança na legislação fosse feita até a revisão do Plano Diretor, que atualmente reconhece o Pinho como praia naturista.
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A proposta agora foi incluída no processo de revisão do Plano Diretor, projeto que também será votado na sessão desta quarta-feira pelo Legislativo. Para o vereador, a votação da emenda é “uma ótima oportunidade” pra debater e resolver de vez a situação da praia do Pinho, em favor da comunidade.
“Fui contatado pela comunidade da Praia do Pinho, e das praias próximas, várias vezes atentando para a promiscuidade que existe no local, para falar o mínimo. Nada contra o naturismo, mas não mais ali. Passou o tempo da Praia do Pinho voltar a ser de todos e passar a fazer parte, de fato, da potência turística que é Balneário Camboriú”, comenta.
“A população não aceita mais a bandalheira que grassa num ponto turístico privilegiado de nossa cidade, então, essa revisão do Plano Diretor se constitui numa oportunidade excelente para mudarmos essa situação que desagrada a maioria da população”, completa o vereador.
A emenda ao novo Plano Diretor atualiza a legislação, com a inclusão de trecho pra disciplinar o uso e a convivência nas praias municipais, “vedando a prática do naturismo em qualquer delas, como forma de preservar a ordem pública, a convivência social e assegurar o uso familiar dos espaços litorâneos”, conforme diz o texto.
A sessão que votará a emenda na Câmara terá início às 18h30. O fim do naturismo no Pinho também é solicitado em abaixo-assinado online organizado pelas associações de moradores das praias agrestes. A petição conta com cerca de 850 assinaturas, em documento que será encaminhado ao município e ao Ministério Público.