BARRA VELHA

Morre Marianne, a pequena estudante que emocionou em sua luta contra o câncer

Tratamento da menina de nove anos obrigou família a se mudar para Curitiba, onde o pai passou a trabalhar como motorista de aplicativo

História de Marianne repercutiu na comunidade local e em cidades vizinhas (Fotos: Divulgação/Álbum de família)
História de Marianne repercutiu na comunidade local e em cidades vizinhas (Fotos: Divulgação/Álbum de família)

A pequena Marianne Albuquerque, de apenas nove anos, faleceu nesta quinta-feira após intensa luta contra um linfoma de grandes células B mediastinal – tipo raro e agressivo de câncer. A menina, moradora e estudante em Barra Velha, vinha emocionando a todos no litoral norte por conta da sua luta resiliente contra a doença nos últimos meses, a qual gerou campanhas solidárias em benefício do seu tratamento.

O diagnóstico do câncer veio em outubro de 2024 e desde então a menina travou uma batalha de coragem e fé, enfrentando meses de quimioterapia, radioterapia e a expectativa por um transplante de medula.

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Vanderlei Albuquerque, pai de Marianne, chegou a sair do emprego e se mudar para Curitiba, no Paraná, a fim de dar a continuidade necessária ao tratamento da menina no “Erastinho”, ala infantil do Hospital Erasto Gaertner.

Dias atrás, ele falou com profunda emoção sobre a trajetória da filha. “Ela foi uma guerreira, nunca perdeu o sorriso, mesmo nos dias mais difíceis. Nos ensinou o verdadeiro significado da força e do amor”, disse.

Vanderlei passou a trabalhar como motorista de aplicativo em Curitiba e região, para garantir uma renda mínima na capital paranaense, enquanto a menina se tratava. Nos últimos meses, o tumor atingiu o sistema nervoso de Marianne, a qual passou inclusive por paralisia facial, exigindo exames de especialistas.

A história de Marianne tocou toda a comunidade barra-velhense e de cidades vizinhas como Balneário Barra do Sul, Balneário Piçarras e São João do Itaperiú, e mobilizou pessoas de diferentes cidades que acompanharam sua jornada com orações, campanhas solidárias e gestos de carinho.

O falecimento de Marianne deixa grande vazio, mas também um legado de esperança e união – fato demonstrado na nota oficial da Escola Básica Municipal Bernardo Aguiar, de Pedras Brancas, em Itajuba, onde ela estudava. “Uma estrela que brilhou intensamente e rápido demais. O céu ganhou um anjo e a terra guarda a memória de um amor sem igual”, descreveram professores e direção.

Ainda não há informações sobre o velório e a despedida.



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