RARIDADE

Pescadores encontram placenta de baleia em registro inédito em SC

Descoberta foi na praia de Naufragados, em Florianópolis

Legenda: Especialistas explicam que é raro ver estrutura após o nascimento dos filhotes (Foto: Reprodução)
Legenda: Especialistas explicam que é raro ver estrutura após o nascimento dos filhotes (Foto: Reprodução)
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Em descoberta considerada inédita em Santa Catarina, uma placenta de baleia foi encontrada por pescadores na praia de Naufragados, em Florianópolis, na sexta-feira passada. O vídeo do achado foi postado no perfil SOS Naufragados e gerou repercussão. O caso é raro, segundo especialistas, pois quando o material se desprende do útero da baleia após o nascimento do filhote, costuma se decompor no mar ou é consumido por animais marinhos.

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A bióloga Karina Groch, diretora do Instituto Australis/Projeto Franca Austral, responsável pelo monitoramento das baleias-franca no sul de Santa Catarina, viu o vídeo e confirmou que o achado se trata de uma placenta de baleia, destacando a raridade da descoberta. “É muito raro a gente visualizar, porque geralmente depois que nasce, provavelmente isso afunda e é também comido por outros animais”, afirmou.

Karina conta já teve registro de aparecimento de placenta na costa brasileira, mas diz que nunca tinha visto no litoral catarinense. “Pelo que a gente averiguou, é a primeira vez que alguém consegue ver, ainda mais fresquinho assim, então é bem inédito”, destaca. Devido ao estado de conservação da placenta, é provável que o nascimento do filhote tivesse acontecido há pouco tempo. 

A bióloga comentou que não é comum ver esse tipo de estrutura porque os partos das baleias geralmente acontecem à noite, por isso que os partos são difíceis de flagrar. “Apesar de a gente ficar muito tempo em campo, fazendo monitoramento e observação, é muito difícil registrar um parto. Consequentemente, também vai ser muito difícil a gente ter a oportunidade de ver uma placenta dessa forma”, frisa.

Nesta temporada, após o primeiro sobrevoo de monitoramento, no dia 11 de julho, foram registrados 38 pares de mães e filhotes de baleias-francas no litoral sul catarinense, com 85 baleias avistadas no total. “De lá pra cá, mais animais chegaram e, com certeza, já tem muito mais baleias na região, pelos registros que a gente tem tido nas outras praias. E isso deve seguir assim até setembro, que é o auge da temporada”, informa Karina.

Baleia-franca ou jubarte

A bióloga Dani Abras, especialista em baleias e golfinhos, comentou pelas redes sociais o achado dos pescadores em Floripa. “Encontrar uma placenta de uma baleia é um fenômeno raro, mas já foram registrados no Havaí, na Austrália e também aqui no Brasil”, disse.

Ela analisou que a placenta encontrada pode ser de uma baleia-franca, devido à concentração da espécie no litoral sul. “Mas não podemos descartar as baleias-jubarte. Ambas as espécies dão à luz em águas costeiras do Brasil durante o período reprodutivo. A confirmação da espécie só seria possível por análise genética”, ressaltou.

Para a especialista, a descoberta poderia fornecer informações valiosas sobre o ciclo de vida das baleias, reprodução e comportamento das espécies, contribuindo para a conservação das baleias na costa brasileira. No entanto, a placenta teria sido devolvida ao mar após a retirada da água pelos pescadores.

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Dani lembra que as baleias são mamíferos como os humanos, com gestação intrauterina, em que a placenta fica dentro do útero, conectando o filhote ao corpo da mãe, através do cordão umbilical. Ela explica que a placenta se desprende depois que filhote nasce, podendo ficar flutuando até se decompor ou ser comida por peixes, caranguejos e tubarões.

“A gestação das baleias geralmente dura em torno de 11 a 18 meses, dependendo da espécie. Nos estágios finais, a placenta pode atingir vários metros de comprimento, já que precisa sustentar um filhote que nasce com três a seis metros e pesa de uma a três toneladas”, detalha.






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