SÃO VICENTE
PM faz fiscalização em conveniência onde clientes agrediram cabeleireira
Rede Catarina também visitou a vítima
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]




A Polícia Militar fiscalizou, na noite da última sexta-feira, a conveniência da rua vereador Airton de Souza, no bairro São Vicente, em Itajaí, acusada de perturbação do sossego. Foi dessa conveniência que, na madrugada de 15 de junho, um grupo saiu bêbado e agrediu a cabeleireira Suellen Liberato Custódio, de 42 anos, em frente de sua casa, quando ela pediu silêncio por volta das 2h.
Segundo o comandante da PM de Itajaí, tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, foi realizada uma fiscalização de ordem pública. No entanto, nenhuma irregularidade foi flagrada. “No estabelecimento foi flagrado um homem portando pequena quantidade de drogas para uso pessoal. A PM não possui competência legal para emitir multas ou interditar estabelecimentos que estiverem com irregularidades no alvará”, disse o comandante.
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A PM averiguou possíveis crimes, como consumo de drogas e fornecimento de bebidas a adolescentes que não foram constatados. “Se o estabelecimento não está cumprindo o que está previsto no alvará, cabe aos fiscais da prefeitura fiscalizar, porque a PM não possui atribuição para isso”, ressaltou Ciro.
Também na sexta-feira, no período da tarde, a viatura da Rede Catarina, da PM, esteve na casa da cabeleireira Suellen para prestar apoio. A Rede Catarina visitou a vítima. Até aquele dia, Suellen ainda não havia feito o exame de corpo de delito.
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A cabeleireira contou ao DIARINHO que as algazarras vindas da conveniência são frequentes e que, mesmo ligando para a PM e para a Guarda Municipal, as viaturas não aparecem na sua rua. Segundo ela, no dia da agressão, também não houve atendimento imediato. “Falaram comigo na sexta e também foram falar com meus vizinhos. Na sexta-feira à noite também foram na conveniência, mas até agora os agressores não foram identificados”, disse Suellen.
Sobre a crítica de que “a PM não apareceu”, o comandante afirmou que a viatura foi enviada. “Infelizmente, ainda não chegamos à autoria do crime. Quando a vítima acionou o 190, ela mesma informou que os autores já haviam se evadido. Mesmo sendo na madrugada de sábado para domingo, horário de maior demanda, foram feitos esforços para o envio de uma viatura o mais breve possível. Entre a ligação e a chegada ao local, passaram-se menos de 15 minutos”, explicou o comandante.
Ciro detalhou que, no momento da chegada da PM, Suellen já não estava mais no local e, no registro da ocorrência, informou apenas o endereço da conveniência, sem indicar seu endereço residencial. “A vítima também não atendeu a ligação da nossa central”, acrescentou. Já Suellen alegou que viu apenas um “toque” da PM em seu celular. “Eu retornei à ligação e não consegui falar com ninguém”, explicou à reportagem neste domingo.
Agressão
A agressão ocorreu quando Suellen foi repreender um grupo que fazia barulho em frente de casa, após sair da Street Conveniência. O grupo continuou bebendo e discutindo em voz alta. Ao reclamar, ela foi atacada fisicamente. A situação só não terminou em tragédia porque sua companheira a levou para dentro de casa. A agressão foi registrada em vídeo pela própria vítima.