Diz aí, Jorge Seif Júnior!

"Eles sonham com a minha vaga. Eu não cometi nenhum crime, eu não fiz nada de errado "

O senador Jorge Seif Júnior foi entrevistado pela jornalista Fran Marcon e pelo colunista político JC

(fotos: Fran marcon)
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Sua vida mudou radicalmente quando o senhor se separou e resolveu mudar sua base para Itajaí. Como está a nova fase na vida pessoal?

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Seif: Eu não deveria ter saído de Itajaí. Em Itajaí tenho a minha empresa, me formei na Univali, meus amigos estão aqui, meus filhos nasceram aqui, mas pelas circunstâncias ...

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Seif: Eu não deveria ter saído de Itajaí. Em Itajaí tenho a minha empresa, me formei na Univali, meus amigos estão aqui, meus filhos nasceram aqui, mas pelas circunstâncias da vida, tive a oportunidade de comprar um apartamento em Balneário, me mudei para lá. Estou em Itapema há dois anos, mas sempre tive o desejo de retornar. Eu sou conhecido em todo o Brasil como senador de Itajaí. Aqui é meu lugar, eu estou muito feliz. [A deputada estadual Paulinha, o deputado federal Chiodini e agora o senhor. Por que a cidade se tornou “a bola da vez” para os políticos que querem projeção mais estadualizada? O que o senhor vem buscar na cidade?] Eu não posso falar do Chiodini nem da Paulinha, eu vou falar que meu lugar é Itajaí. Eu fico muito em casa, meus amigos, os amigos da minha empresa, a família Bellini que meu pai joga dominó com eles há muitos anos, tem os feirinos deles no Itamirim. Eu ainda tenho mais cinco anos de Senado, o meu interesse é realmente estar perto das pessoas que a gente gosta.

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"Eu continuo apostando até o último momento que o presidente Bolsonaro pode virar presidente de novo"

 

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Como é a sua relação com o filho de Bolsonaro, o vereador mais votado de BC, Jair Renan?

Seif: Eu tenho uma relação muito próxima com o Renan, mas a gente não se fala com frequência, porque minha vida no Senado é muito corrida. A vida parlamentar não é brincadeira. [Como está a sua relação com o Carlos Bolsonaro? Existe a possibilidade de ele ser candidato ao senado junto com a Caroline de Toni?] O presidente Bolsonaro, na última semana, realmente confirmou que uma das vagas do PL vai ser do Carlos Bolsonaro. Nós precisamos fazer um Senado forte. Hoje, o judiciário é um poder hipertrofiado. O que não passa no Senado, o que não passa na Câmara não é porque a gente não quer votar, é porque nós entendemos que não é o momento: aborto, liberação de drogas, censura ou limitações para redes sociais e jornalismo, se a gente não vota, é porque não precisa votar, é porque não é um momento político, a sociedade não está pedindo isso. Eu sou totalmente contra o que está acontecendo lá, por exemplo, no judiciário, sobre regulação de redes sociais, responsabilização; não tem que mexer nisso, nós temos que celebrar e prestigiar a liberdade de expressão. [Essa importação de políticos para SC não é um desprestígio para os políticos catarinenses?] Eu não posso falar isso porque eu sou do Rio de Janeiro. [Mas o senhor tem história aqui, seu pai tem as empresas aqui]. Mas veja, vamos lá para o nordeste. Roseana Sarney, José Sarney já se elegeram por vários estados; Marina Silva já se elegeu por vários estados, então todos nós somos cidadãos brasileiros, se eu concorrer por Santa Catarina, pelo Rio de Janeiro ou pelo Amazonas, eu sou brasileiro.

 

"Eu sou conhecido em todo o Brasil como senador de Itajaí. Aqui é meu lugar, eu estou muito feliz."

 

Como o senhor analisa o racha no PL em BC, entre o ex-prefeito Fabrício e o deputado estadual Carlos Humberto? De qual lado o senhor está?

Seif: Você se elegeu vice-prefeito comigo, quatro anos se passam. Vamos à reeleição, eu sigo como vice na chapa. Na hora de concorrer não presta? Então é contraditório. Eles tinham oito anos juntos, ele seria o candidato natural de Balneário Camboriú. Se elegeu com louvor a deputado estadual pela nossa região. A maior votação do Carlos Humberto não foi no oeste, foi na Amfri. Eu acho que houve ali uma disputa de ego ou uma vaidade. [O senhor está do lado do CH?] Totalmente do lado do Carlos Humberto. [Mas na campanha o senhor subiu no palanque, inclusive com o candidato a vice, que era o David la Barrica, que faz parte da coligação que processa o senhor...] Primeiro que o processo em que eles pedem minha cassação o David la Barrica não assina nada. Ele não assinou, ele foi contra. [...] Foi uma questão partidária, infelizmente. [Como o senhor se sente ao saber que existem discussões dentro do seu partido querendo a sua vaga?] Eles sonham com a minha vaga. Eu não cometi nenhum crime, eu não fiz nada de errado.

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"O presidente Bolsonaro, na última semana, realmente confirmou que uma das vagas do PL vai ser do Carlos Bolsonaro."

 

O senhor enfrenta processos que podem resultar na sua cassação. A acusação é de abuso do poder econômico e doações irregulares nas eleições de 2022. Como está a situação na Justiça?

Seif: É só um processo e já ganhei três vezes por sete a zero. Eu não fiz nada, não tem prova. “Ah, o Seif roubou a caneta do JC”. Não tem testemunha, não tem câmera, não tem foto, não tem vídeo, não tem nada. [Qual a atual situação do processo?] Ele está parado, eu gostaria de ter essa espada longe da minha cabeça, não me sinto ameaçado; vou cumprir meus oito anos dentro do Senado Federal. Eu não tenho a menor dúvida. [Dorme tranquilo?] Completamente tranquilo. Primeiro que eu não cometi nenhum erro. Segundo que o TSE fez quase 200 ofícios para aeródromos, helipontos e aeroportos. O Jorge Seif não esteve com o Luciano Hang, não. Não entrou na aeronave do Luciano Hang, não. O próprio TSE fez diligências em SC e todas as respostas foram provas negativas. [Como está a sua relação com o governador Jorginho?] Maravilhosa. Inclusive agora vamos viajar juntos, temos uma missão no Japão e China para tratar de gripe aviária, tecnologia, de ônibus elétrico. Minha relação com o Jorginho é a melhor possível.

 

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"Nós precisamos fazer um Senado forte. Hoje, o judiciário é um poder hipertrofiado."

 

Hoje, temos dois pré-candidatos ao governo em 2026: Jorginho Mello e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). O senhor torce ou acredita que João possa estar junto com Jorginho?

Seif: Eu gostaria que estivessem juntos, mas não vejo esse cenário possível. João Rodrigues é um grande gestor, eu o considero, inclusive, um grande amigo. [O Bolsonaro gosta mais do Jorginho ou do João Rodrigues?] Que pergunta sem-vergonha. Você tem que perguntar para o Bolsonaro. [risos] Ele tem muito apreço pelo João Rodrigues porque foram deputados juntos. Agora, eu tenho certeza que o presidente Bolsonaro jamais deixaria de fazer uma campanha em prol do Jorginho. [Lá atrás o Bolsonaro teve essa situação, quando tinha três candidatos do governo do estado pedindo voto em nome dele, ele disse que não ia apoiar ninguém. Só no segundo turno que ele tomou um posicionamento...] Eu acho que ele está certo. [Isso pode ser que se repita agora?] Não acredito. Porque o presidente Bolsonaro recriou, refundou o PL. O PL, lá atrás, era de centro-esquerda. [...] Deu vice para o Lula, com o José Alencar. Hoje, nós temos dois PLs, digamos. Um centro e um mais ideológico. O PL, hoje, tem uma característica pós-vinda do Bolsonaro. O Jorginho Mello está fazendo um grande governo. [E por que o senhor não vê os dois juntos? Ninguém quer ser vice de ninguém...] Eu acho que não... Gostaria de estar errado. Mas eu acho que seria uma chapa imbatível Jorginho Mello e João Rodrigues. [E talvez João Rodrigues candidato ao Senado?] Ele já declarou publicamente várias vezes que não tem esse desejo, que ele quer virar governador. Ele é um político muito mais experiente do que eu. Eu entendo que ele, como senador, podia cumprir quatro anos e naturalmente seria governador. Só entendo que ele não tem chance na reeleição do Jorginho. Só se o Jorginho Mello bater na cara da mãe, matar um gato afogado, ao vivo, em uma live. Tem que fazer uma besteira muito grande para não se reeleger. [O senhor já se encontrou com o presidente Lula?] Não. Só com o vice-presidente Alckmin. [Conversaria com o Lula? O presidente vem aqui, vem trazer recursos, obras e o governo não se encontra com o presidente?] O Robison nem sequer foi convidado. [Mas se fosse convidado já declarou que não iria...] Tudo bem, mas não foi convidado. [O senhor foi convidado?] Não, não fui.

 

"Eu sou totalmente contra o que está acontecendo lá, por exemplo, no judiciário, sobre regulação de redes sociais, responsabilização; não tem que mexer nisso, nós temos que celebrar e prestigiar a liberdade de expressão."

 

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O senhor acredita que o Bolsonaro possa reverter a situação e ser candidato em 2026?

Seif: Acredito porque, acima de tudo, eu sou um cara de fé. Eu creio em Deus e em milagre. Eu me considero um milagre na política. [Está apostando no milagre?] Estou apostando no milagre. Porque hoje nós sabemos que a Suprema Corte... [Não sendo Bolsonaro, qual seria o nome da direita no próximo ano?] Nós temos grandes lideranças no centro de direita no Brasil. Posso falar o governador Zema. O governador Ratinho. O governador Tarcísio. O governador Jorginho Mello. Nós podemos falar o governador de Goiás, Caiado. Nenhum deles, com todo o respeito, tem o carisma e a força do presidente Bolsonaro. Mas seriam, com certeza, presidenciáveis.Eu continuo apostando até o último momento que o presidente Bolsonaro pode virar presidente de novo.

 

"Eles sonham com a minha vaga. Eu não cometi nenhum crime, eu não fiz nada de errado."

 

Como o senhor vê as ações que tramitam no STFl contra o ex-presidente Bolsonaro, ex-ministros, pessoas próximas e apoiadores?

Seif: Eu estudo golpe. Já li livro, já pesquisei, já vi filmes. Todos os golpes de estado, em todo o mundo, têm que ter um componente: arma, bazuca, canhão, tanque, forças paramilitares, forças militares, milícias, tiros, sangue, sequestro, morte. Foi uma baderna de inconformados. [Mas justamente porque os militares não entraram no golpe, senão se tornaria realmente um golpe....] Vocês já leram o que ficou conhecido como minuta do golpe? O que tem na minuta são ferramentas constitucionais. Juntar o Senado, juntar a Câmara, juntar o conselho para se tomar uma medida. Não é golpe. Golpe é o seguinte: pega a Constituição, rasga e toma o poder a força. Isso não aconteceu. Bolsonaro estava na Disneylândia. Pelo amor de Deus.

 

"O Jorge Seif não esteve com o Luciano Hang, não. Não entrou na aeronave do Luciano Hang, não. O próprio TSE fez diligências em SC e todas as respostas foram provas negativas."

 

O senhor foi chamado de “comunista” por ir ao show da cantora Madonna, no Rio. Na ocasião, o senhor disse que acompanhou sua agora ex-esposa. O senhor se arrependeu de ir ao show?

Seif: Na época, era casado e eu não queria ir nesse show. A Katiane falou, olha: “mas você antes de ser senador, você é meu marido, você vai me deixar ir num show sozinha?” O problema é que o show virou realmente um palco ideológico, imagem de Che Guevara, imagem de não sei quem, ou seja, coisas que são contrárias ao que eu creio. Eu não tenho nada de comunista. Eu simplesmente fui ao show, um show infeliz, e realmente, ao invés de ouvir música, teve lacração... [Se arrependeu?] Logicamente, especialmente depois da confusão.

 

"Eu tenho certeza que o presidente Bolsonaro jamais deixaria de fazer uma campanha em prol do Jorginho."

 

Houve duas apreensões de drogas que envolveram o nome da empresa do seu pai: em um caminhão em Mato Grosso do Sul e um armador de pesca que alugava uma sala na sede da empresa e escondia drogas no local. Esses casos já tiveram conclusão?

Seif: Eu quero primeiramente te agradecer por trazer essa pauta. Porque isso é uma mácula. As pessoas falam um monte de besteira na internet. Meu pai vendeu um caminhão para um ex-funcionário nosso. Vendeu, fez um contrato no cartório de Itajaí, se não estou engando no Krobel: “quando me pagar tudo, eu transfiro para você”. Isso é feito a torto e a direito por várias pessoas que vendem um carro para outro, financiamento...O rapaz não conseguiu pagar. Ele passou o caminhão para outra pessoa. Outro cara teve apreensão de droga. Nós temos barco de pescados. Fazemos isso há 40 anos. Eu estou muito em paz. Nós temos um condomínio no Imaruí. Várias empresas locam salas nossas. O inquérito está correndo.

 

"O presidente Bolsonaro até brinca. Ele diz assim: eu sou teu padrinho e o Luciano é tua madrinha. Eu continuo muito próximo do presidente. Não tem um dia passado sem que nós nos falemos. É um segundo pai."

 

Bolsonaro chamava o senhor de 06, ainda chama de filho? Tem a história que um seus dos sonhos era conhecer o Bolsonaro...

Seif: Exatamente... Eu nunca imaginei ser político. Numa descarga do barco no Rio de Janeiro, o barco falhou e eu tinha o contato de uma assessora do Bolsonaro. Meu pai estava junto. Aí ela conseguiu que o Bolsonaro nos atendesse. Eu pensava que ia ser uma foto e ir embora. Ficamos quatro horas na casa com ele. Eu entrei fã, entrei eleitor, entrei entusiasta e saí ministro. Eu fui secretário nacional porque foi extinto o Ministério da Pesca, mas ele me convidou. Falei: presidente, eu não gostaria de entrar na política, ...bota o Luciano Hang. Eu quero continuar na Secretaria Nacional de Pesca. Ele falou: eu preciso de gente no Senado. O Luciano [Hang] falou que não queria entrar na política, mas ia me apoiar. O presidente Bolsonaro até brinca. Ele diz assim: eu sou teu padrinho e o Luciano é tua madrinha. Eu continuo muito próximo do presidente. Não tem um dia passado sem que nós nos falemos. É um segundo pai. Instagram




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Comentários:

Arilton Schmitz

14/06/2025 09:33

Nós catarinenses deveríamos nos envergonhar de ter elegido esses parlamentares desta atual legislatura. São incompetentes, inaptos e ao invés de olhar por quem os elegeu, pensam somente em si e babam o ovo de um ex-presidente igualmente incompetente. Eles deveriam mostrar aos catarinenses o que fizeram de útil ao estado.

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