A confusão iniciou em 10 de maio. O padre relatou que houve divergência entre o preço exibido na prateleira e o valor cobrado no caixa de uma chocolateria Havanna. Ao tentar resolver a situação, disse ter sido mal atendido por um gerente, que teria sido “deselegante”.
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Fábio de Melo mencionou o Código de Defesa do Consumidor, que garante ao cliente o direito de pagar o menor preço em caso de divergência. Mesmo assim, conforme relatou, o gerente teria sido ríspido ao afirmar que o valor correto era o do caixa e que o sistema não permitia alteração. No dia seguinte, após a denúncia on line do padre, o funcionário foi demitido.
O padre publicou um vídeo nas redes sociais comentando o episódio. Segundo o G1, o ex-gerente afirmou que não chegou a conversar com o padre dentro da loja e que o desentendimento foi por conta do preço de um doce de leite. Ele disse ainda que os comentários nas redes sociais impactaram sua imagem e contribuíram para a demissão.
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A Havanna, rede onde aconteceu o caso, informou em nota que está apurando os fatos e que o colaborador não integra mais a equipe. A empresa lamentou que a experiência do cliente não tenha sido positiva e reforçou o compromisso com o bom atendimento.
Durante o desabafo, o padre afirmou estar “a um passo de desistir” e disse que muitas pessoas querem odiar a qualquer custo, elegendo alvos para extravasar seus lados sombrios. Ele também criticou o ambiente das redes sociais, dizendo que o ódio virtual se manifesta por meio de mentiras, calúnias e blasfêmias contra escolhas pessoais.
Fábio de Melo afirmou que os ataques têm motivações políticas e que há tentativas de rotulá-lo, embora ele não tenha posicionamento público. No fim do texto, alertou os seguidores para os perigos do ambiente digital, que classificou como uma armadilha.
A cafeteria declarou que segue de portas abertas para ouvir os clientes e melhorar, reforçando os cuidados com o atendimento.
Repercussão nas redes
A publicação do padre gerou milhares de comentários, com opiniões divididas. Uma das mensagens mais curtidas sugeria que ele deveria ser “mais padre do que influencer”. Outra pessoa questionou se ele estava pensando em desistir da vida religiosa ou da carreira artística. Houve ainda críticas à forma como ele relatou o episódio. Um usuário comentou que faltou empatia e que a situação poderia ter sido resolvida sem a exposição pública.
Alguns ponderaram que o padre estava certo em questionar o preço, mas que, por ter muitos seguidores, deveria considerar o impacto de marcar uma empresa. Por outro lado, muitos se solidarizaram classificando os ataques como injustos e aconselharam que ele não absorvesse o ódio da internet.
“Ele estava certo em questionar o preço, mas quem tem milhares de seguidores precisa lembrar o peso que tem quando marca alguém”, alertou outro internauta. Por outro lado, muitas mensagens demonstraram solidariedade: “Ataques absurdos ao padre, estou revoltada!”, publicou uma seguidora. Teve também quem pediu acolhimento: “Padre, não absorva… esse mundo está doente. Lembre-se que tem muitas pessoas que precisam de você”.
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