A nova estação marca a transição entre o verão quente e úmido e o inverno seco e gelado. Com ela, os temporais típicos do fim da tarde perdem força, e as chuvas passam a ser causadas por frentes frias e ciclones extratropicais vindos do oceano. Apesar disso, o volume de chuva tende a ser menor do que o registrado no verão.
Continua depois da publicidade
Amplitude térmica e frio chegando aos poucos
Uma das principais características do outono será a amplitude térmica: manhãs e noites mais fresquinhas, seguidas de tardes quentes, especialmente nas regiões do Litoral e do Oeste. À medida que o inverno se aproxima, massas de ar frio começam a avançar, derrubando os termômetros principalmente no Planalto Serrano e na Serra, com possibilidade de geadas no fim da estação.
Continua depois da publicidade
Apesar da expectativa de um outono mais quente do que o normal, os especialistas descartam períodos prolongados de calor extremo. O alerta, no entanto, é para o comportamento instável do clima. Por isso, vale acompanhar os boletins meteorológicos e ter sempre um guarda-chuva na bolsa e um agasalho à mão.
“Nesta estação teremos uma transição gradual para o frio, com eventos de temperaturas baixas mais frequentes. Além disso, as chuvas ficarão mais distribuídas, sendo influenciadas principalmente pela passagem de frentes frias e ciclones no oceano”, explica o meteorologista Felipe Theodorovitz, da Defesa Civil.
Em Itajaí, atenção ao clima e ao Aedes aegypti
No município de Itajaí, o outono também já dá as caras. Segundo a Defesa Civil local, as chuvas devem ficar dentro da média em abril e junho, mas abaixo do esperado em maio. As temperaturas máximas previstas são de 26,9°C em abril, 24,1°C em maio e 22,1°C em junho. As mínimas acompanham a queda gradual: 18°C, 14,8°C e 12,8°C, respectivamente.
O clima úmido do início da estação, combinado com calor e pancadas de chuva, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Itajaí já registra 255 casos confirmados de dengue autóctone — ou seja, contraídos dentro do próprio município —, com maior concentração no bairro Dom Bosco.
“Ao contrário do que muitos pensam, o mosquito não desaparece no frio. Ele se adaptou e pode se desenvolver o ano todo”, alerta Lúcio Vieira, coordenador do Programa de Controle da Dengue.
A prefeitura reforça a importância da prevenção: eliminar água parada, manter quintais limpos e vedar recipientes que possam acumular água. Segundo a equipe de controle, 80% dos focos estão dentro das residências.
Continua depois da publicidade