Um homem de 47 anos, dono de um petshop clandestino em Itajaí, foi preso pela Polícia Militar suspeito de maus-tratos ao cãozinho Loki, da raça shih tzu. Foram identificados ferimentos graves que poderiam ter levado o animal à morte. O suspeito foi detido após se dirigir ao Centro Integrado de Saúde (CIS) para tratar uma lesão no dedo, supostamente causada pelo manuseio do animal, que estaria agitado durante o atendimento.
O caso foi na tarde de quarta-feira, quando a PM foi chamada para a ocorrência. Conforme o relatório da polícia, a tutora do shih tzu tinha contratado um serviço de banho e tosa para o ...
O caso foi na tarde de quarta-feira, quando a PM foi chamada para a ocorrência. Conforme o relatório da polícia, a tutora do shih tzu tinha contratado um serviço de banho e tosa para o cãozinho. O profissional buscou o animal na casa da tutora mas, posteriormente, entrou em contato informando que não conseguiria realizar o serviço devido ao temperamento do dog, que seria agressivo.
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Ao buscar o animal no endereço, a mulher percebeu que o pet estava debilitado e apresentava sinais de sedação e sangramento. O cãozinho foi levado a uma clínica veterinária, onde exames constataram diversas lesões, de leves a graves, incluindo ferimentos na cabeça, marcas de enforcamento no pescoço, fratura exposta na mandíbula (quebrada ao meio) e danos neurológicos mostrados por exames e sinais clínicos.
O homem foi preso no CIS. Após atendimento médico, ele foi levado pra delegacia para os procedimentos formais. Durante a abordagem, conforme a PM, o homem admitiu que não tem alvará de funcionamento, CNPJ ou qualquer registro formal para exercer a atividade, oferecendo os serviços de petshop numa casa. O cãozinho passou por cirurgia e está em recuperação.
Clínica foi atacada por engano na internet
A clínica veterinária Bicho Chick, que funciona junto ao supermercado Koch, no bairro São João, foi alvo de ameaças e tentativas de vandalismo devido ao episódio de maus-tratos relacionados ao cãozinho Loki. A empresa fez postagem ressaltando que o caso não foi no estabelecimento, mas em outro bairro, em lugar que não tem vínculo com a clínica. O endereço seria no bairro Cidade Nova.
A própria tutora do cachorro informou nas redes sociais que a agressão foi em outro local da cidade. Ela ainda contou que o agressor usava clandestinamente o nome da Bicho Chick pra fazer os serviços. A clínica se manifestou pedindo “à população que busca justiça, que evite cometer injustiças contra empresas que não possuem qualquer relação com os fatos divulgados”.
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“Nos solidarizamos profundamente com a família do Loki e reforçamos nosso repúdio a qualquer forma de maus-tratos aos animais. Prezamos pelo bem-estar e respeito a todos os animais, princípios que sempre guiaram nosso trabalho”, destacou a clínica veterinária.