Na última época, a seleção espanhola sagrou-se campeã europeia. A paixão e a juventude venceram a final contra a Inglaterra. Vejamos cinco razões principais pelas quais a seleção espanhola foi exatamente mais forte do que todas as outras. Derrotou mesmo aqueles que eram uma ordem de grandeza superior em termos de composição, experiência e tecnicidade. 

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Mudando o estilo da equipe

Esta Espanha é claramente diferente daquela a que nos habituamos nos últimos 15-20 anos. Agora, a Fúria Vermelha joga de forma mais divertida e dinâmica. Já lá vai o futebol em que os médios-centrais jogavam como extremos. Em vez deles, há os clássicos Lamine Yamal e Nico Williams, que conseguem romper a defesa adversária graças à sua velocidade e ao seu jogo individual. O novo treinador, Luis de la Fuente, mantém a simplicidade e joga com os pontos fortes dos jogadores. O esquema é o mesmo do treinador anterior: 4-3-3, mas o recheio é diferente. E esta abordagem surpreendeu todos os adversários da Espanha. Eles simplesmente não entenderam como combatê-la. Por exemplo, o maravilhoso remate de longa distância de Yamal, com o qual marcou um golo contra os franceses, tornou-se uma verdadeira sensação. Os espanhóis começaram a jogar como queriam. E provaram que têm potencial para novas vitórias, não menos impressionantes.

Lamine Yamal é o melhor assistente do torneio

O jogador tornou-se a principal sensação do campeonato. Muitos ficaram surpreendidos com o facto de um rapaz de 16 anos fazer parte do plantel principal de uma das equipas mais fortes do continente. Mas o facto de se ter tornado um dos jogadores mais coloridos do torneio é capaz de dar cabo do espírito dos adeptos. Yamal tornou-se o líder do Euro 2024 em termos de grandes oportunidades criadas, primeiro em termos de passes-chave. É também o melhor assistente do campeonato. Os seus desempenhos numa idade tão jovem são simplesmente espantosos e provam que tem um talento inato para o futebol. O jogador caracteriza-se por uma técnica única e pelas capacidades de um futebolista experiente. Não existem exemplos semelhantes na história do desporto.

A força e o poder dos jogadores espanhóis

É claro que o Yamal não ganhou o Euro sozinho. É importante notar que os espanhóis tinham pelo menos um jogador principal em cada linha:

• Unai Simon é um lutador experiente que sabe fazer defesas em situações difíceis;
• Dani Carvajal, que acaba de realizar a melhor época da sua carreira e cimentou o seu flanco;
• Os francês Robin le Norman e Emeric Laporte, que fazem uma ligação sólida;
• Marc Cucurella fez um excelente golo na final e marcou o golo da vitória.

E, claro, Rodri, um dos melhores jogadores do mundo. Uma menção especial deve ser feita a Fabian Ruiz, que fez quase o melhor torneio da sua carreira, com dois golos e duas assistências. Álvaro Morata, o capitão da seleção nacional, também fez um excelente trabalho para ajudar a equipa a conquistar o título. Dani Olmo entrou em campo após a lesão de Pedri nos quartos de final, onde marcou três golos e deu três assistências. Outros jogadores também contribuíram. No entanto, muito dependeu também do treinador, que conseguiu libertar todo o potencial de cada jogador.

Conectar-se com um coach faz parte de uma estratégia de sucesso

A seleção espanhola desenvolveu uma ligação especial com o treinador de la Fuente. Tendo trabalhado com as selecções espanholas de sub-19, sub-21 e sub-23, o treinador moldou pessoalmente alguns dos jogadores com quem trabalha agora na equipa principal. A nível de clubes, Luis trabalhou sem grande sucesso. No entanto, a Federação Espanhola de Futebol recordou que foi ele que revelou no “Sevilha” Jesus Navos e morreu tragicamente Antonio Puerta. No comando da seleção sub-19, de la Fuente venceu o Euro Juvenil. Depois chefiou o time juvenil, onde trabalhou com os jovens:

• Rhodri;
• Merino;
• Simão;
• Olmo.

Assim, o mentor conhece os seus jogadores há muito tempo e sabe como utilizar as suas capacidades. Luis acredita que os espanhóis da sua equipa se caracterizam pelo talento, orgulho, confiança e empenho.

Sem pressão antes do torneio

A última vez que a Espanha esteve na final de um torneio importante foi há 12 anos. E era uma equipe completamente diferente, literalmente repleta de “estrelas”. No entanto, após a Euro 2012, houve uma queda. Os jogadores que conquistaram o título pareciam ter perdido sua magia, e as expectativas excessivas em relação a eles só agravaram o quadro. A Espanha literalmente desmoronou sob o peso de sua própria grandeza. 

A atual seleção nacional era o completo oposto daquela equipe. Eles eram vistos como perdedores e não como mestres do universo do futebol. Eram vistos como gênios obscuros e não como a elite ilustre. A maioria deles eram jogadores que ainda não haviam atingido seu potencial máximo ou jogadores de segundo escalão. E esse fato de repente se tornou uma vantagem para os espanhóis. Todos estavam esperando uma façanha da Inglaterra, França e Alemanha. Os espanhóis ficaram com o papel de “azarão” e jogaram a seu bel prazer, mostraram um futebol brilhante e dinâmico e se apaixonaram até mesmo pelos espectadores neutros. Os espanhóis mostraram que somente o que está na sua cabeça e no seu coração importa no campo. Sua vitória foi inesperada, mas merecida.