Novo superintendente do Porto de Itajaí é advogado e doutorando em Administração da USP
O Porto de Santos criou uma Comissão de Transição composta por três diretores paulistas
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
APS indicou o advogado André Bonini para gerir temporariamente o porto itajaiense (Foto: Divulgação)
O novo superintendente interino do Porto de Itajaí, André Leme da Silva Fleury Bonini, já está na cidade e assumiu o comando da gestão portuária nesta segunda-feira. Indicado pela Autoridade Portuária de Santos (APS), empresa responsável pela infraestrutura pública dos portos de Santos e Itajaí, André foi nomeado pelo prefeito Robison Coelho (PL) na última sexta. Ele tem mais de 20 anos de experiência em Gestão de Projetos e já atuou tanto na iniciativa privada quanto na pública.
Bonini ingressou na APS há menos de um ano. Desde que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) decidiu transferir a gestão do porto organizado de Itajaí para a APS, ele foi designado ...
Bonini ingressou na APS há menos de um ano. Desde que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) decidiu transferir a gestão do porto organizado de Itajaí para a APS, ele foi designado pelo presidente da APS, Anderson Pomini, para atuar na transição administrativa.
Antes de assumir o comando em Itajaí, Bonini era superintendente da chefia de gabinete do diretor-presidente da APS. “Bonini é uma pessoa da minha confiança e conta também com o apoio do ministro Sílvio Costa Filho para esta missão”, explicu.
Anderson destaca que a escolha de Bonini tem caráter técnico, considerando a necessidade de nomear gestores para o porto após o fim da administração municipal. São 23 cargos comissionados, com a exoneração que ocorreu após o fim do contrato da delegação municipal no dia 31 de dezembro de 2024, além dos 74 cargos efetivos – a maioria de guardas municipais.
O DIARINHO procurou o advogado João Paulo Tavares de Bastos Gama (PT) que foi cogitado para o cargo, mas ele não respondeu à reportagem. Nos bastidores comenta-se que João Paulo só assumirá a superintendência após a criação da empresa federal.
Comissão de Transição
A APS também criou uma Comissão de Transição composta por três superintendentes do Porto de Santos, liderada pelo Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da APS, Gustavo Salvador Pereira. A comissão é responsável por coordenar as ações portuárias em parceria com a SPI e acompanhar os procedimentos estratégicos, táticos e operacionais.
As nomeações ocorreram por meio do convênio operacional firmado entre APS e SPI. Pelo convênio, as equipes das duas instituições trabalharão juntas nos levantamentos necessários para a transição, manutenção de pessoal, contratos administrativos e licenças operacionais.
Além disso, a APS passou a gerenciar a administração e as finanças do Porto de Itajaí, incluindo o repasse de valores para o pagamento dos empregados da SPI.
A SPI passou a ser subordinada ao porto de Santos após a federalização do terminal. No ano passado, quando venceu o convênio da delegação da autoridade portuária municipal, o governo federal não permitiu a renovação com o município. Após 25 anos, o Porto de Itajaí voltou a ser subordinado à APS.
Robison quer inventário dos bens
O prefeito Robison Coelho (PL) se reuniu com os trabalhadores portuários na semana passada e também determinou à procuradoria que sejam feitos estudos para e uma auditoria especializada.
O objetivo é apurar a situação patrimonial e financeira da SPI. O trabalho incluirá um inventário de bens imóveis comprados durante o convênio de delegação com a União e uma análise dos investimentos feitos pelo município no período.
Quem é André Bonini
André Bonini é advogado e doutorando em Administração pela Universidade de São Paulo (USP). Ele também é mestre em Economia pelas universidades Paris I – Sorbonne e PUC-SP, e cursou diversos MBAs, incluindo Mercados Derivativos, Gestão Estratégica de Projetos, Compliance e Integridade Corporativa e Gestão Pública.
Pesquisador e congressista, Bonini é especialista em temas como aglomeração espacial da atividade industrial e avaliação de desempenho organizacional. Ele foi docente por quatro anos na pós-graduação da PUC-SP e na graduação da Unip, além de ser professor associado de cursos de MBAs desde 2022.
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