ITAJAÍ
Ônibus voltam a funcionar normalmente após ameaça de paralisação
Prefeitura quitou o subsídio para botar em dia salários e benefícios
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
O transporte público de Itajaí deve operar com escala completa nesta terça-feira, após os funcionários reduzirem as atividades na segunda-feira anunciando uma possível paralisação por causa do atraso no pagamento de salários e de benefícios. A ameaça de greve total foi evitada após uma reunião entre a concessionária Transpiedade, representantes do sindicato, vereadores e a prefeitura.
Na tarde desta segunda-feira, o encontro aconteceu na Câmara de Vereadores com a presença dos vereadores Osmar Teixeira (PSD), Rubens Angioletti (PL) e Otto Quintino Jr. (PSD). Durante a reunião, a prefeitura confirmou o pagamento de subsídios atrasados à Transpiedade e garantiu um novo repasse até sexta-feira para reequilibrar as contas da empresa.
Com o recebimento dos pagamentos, a Transpiedade informou que vai quitar os salários pendentes, o vale-alimentação e o décimo terceiro dos funcionários, permitindo o retorno das operações normais já nesta terça-feira
Paralisação no quase
Os ônibus começaram a semana operando em horário de sábado, com frota reduzida. Pela manhã, a empresa fez uma reunião com os funcionários para explicar a situação. Caso os pagamentos não fossem feitos, uma assembleia seria feita nesta terça-feira para decidir sobre uma paralisação total.
De acordo com Carlos César Pereira, secretário-executivo do Sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região (Sitraroit), a empresa pagou metade dos salários na sexta, mas ainda havia pendências do vale-refeição e do restante dos salários.
A Transpiedade afirmou que a prefeitura deve mais de R$ 800 mil referentes ao reequilíbrio do contrato. Em nota, a Prefeitura de Itajaí afirmou que todos os pagamentos estão em dia e o referente a novembro foi feito nesta segunda-feira.
Um projeto de lei enviado em maio deste ano à câmara propõe aumentar o subsídio de R$ 4 milhões para R$ 10,5 milhões. A empresa alega que seria necessário um repasse de R$ 12 milhões.
Impacto nos passageiros
Com menos ônibus circulando, muitos passageiros enfrentaram longas esperas nos pontos sem informações claras sobre o motivo do atraso. Usuários do serviço, como uma moradora do bairro Cidade Nova que esperava na Vila Operária, relataram dificuldades e acabaram recorrendo a aplicativos de transporte.