A empresa Biopark Gestão Sustentável, que arrematou por R$ 31,5 milhões a área de quase 600 mil metros quadrados na praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, em leilão da Caixa Econômica Federal, informou em nota à imprensa que em breve vai anunciar o projeto previsto para o local. Serão apresentados detalhes de um empreendimento turístico-ambiental na área.
A Biopark é de Balneário Camboriú e tem como administrador o fundador das academias Wave, Marcos Gracher. A empresa, criada em 29 de outubro, dias antes do leilão, informou ser atuante ...
A Biopark é de Balneário Camboriú e tem como administrador o fundador das academias Wave, Marcos Gracher. A empresa, criada em 29 de outubro, dias antes do leilão, informou ser atuante em jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental, dentre outras atividades culturais e de meio ambiente.
No comunicado, a empresa confirmou que arrematou a área “com o propósito de implementar um grande parque de preservação, com visitação controlada de turistas”. “A empresa tem plena consciência de que o local é uma área de preservação e esse foi o principal motivador da aquisição, pois iremos tratá-la como tal”, diz a nota oficial.
A venda do imóvel, que soma seis lotes junto à praia de Taquarinhas, encerra uma série de tentativas da Caixa de leiloar o terreno, tomado em 2019 do grupo Thá, que pretendia construir um resort no local, como penhora de uma dívida de empréstimo da construtora. No primeiro leilão, sem interessados, o terreno foi ofertado por R$ 231 milhões.
Propostas pra criação de um parque municipal na área não avançaram por dependerem da doação ou cessão de uso do imóvel pela Caixa. Em resposta ao DIARINHO, a Caixa não explicou por que as propostas foram recusadas, sendo retomado o processo de venda do imóvel, com leilão online entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro.
Segundo o banco, os imóveis ofertados pela Caixa pelo site são aqueles recebidos como garantia de crédito imobiliário ou comercial, como dação em pagamento ou, ainda, de imóveis Caixa que eram de uso e deixaram de ter finalidade operacional. Esses bens são registrados como ativos não financeiros mantidos para a venda (AMV).
“Os imóveis AMV são necessariamente destinados à alienação, conforme Resolução CMN [Conselho Monetário Nacional] nº 4.747, de 29/08/2019”, informou. A alienação imobiliária é a transferência de propriedade de um imóvel para outra pessoa, por meio de venda, doação, permuta ou herança. Segundo a Caixa, o banco conta atualmente com 27 mil imóveis pra venda, dos quais 179 estão em Santa Catarina.