BUSCAS
Vereador de Camboriú é alvo de operação do Gaeco
Investigação é sobre corrupção em licenças ambientais na Fucam de Camboriú
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Três ordens de busca e apreensão foram cumpridas na sexta-feira na prefeitura de Camboriú, no gabinete do vereador Claudinei Loss (MDB) no legislativo e também na casa do parlamentar. A investigação apura a suspeita de corrupção passiva, crimes previstos na lei de parcelamento do solo urbano, crimes ambientais e associação criminosa cometidos por servidores e ex-servidores da Fundação do Meio Ambiente de Camboriú (Fucam).
As investigações, que começaram em dezembro de 2023, envolvem suspeitas de negociações relacionadas a concessões de licenças ambientais sem controle e fiscalização, em troca de vantagens indevidas.
Na primeira fase da operação, no ano passado, seis mandados de busca e apreensão resultaram na coleta de materiais que subsidiaram esta segunda etapa da investigação.
A Câmara de Vereadores publicou nota confirmando a operação no gabinete de Loss e esclareceu que ainda não tem detalhes da operação. “A Câmara reitera sua transparência em divulgar os fatos ocorridos em suas dependências com integridade e legitimidade. Para tanto, acompanhará os próximos passos da investigação”, informou a nota. A prefeitura de Camboriú também manifestou apoio à investigação.
O DIARINHO tentou contato com o vereador, mas ele não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria. O processo segue sob sigilo na justiça.
A investigação
Em 7 de dezembro de 2023, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos como parte da operação que investiga ex-servidores públicos suspeitos de aceitar propina para liberar cortes de árvores e obras de terraplanagem sem o cumprimento dos trâmites necessários, como pareceres técnicos e pagamento de taxas.
Entre os investigados da primeira fase estão o ex-presidente da Fucam, Valmor Dalago, e os ex-servidores Ricardo Simas e Brenno Muniz, todos exonerados da prefeitura de Camboriú há cerca de seis meses. A investigação está sob a responsabilidade da 3ª Promotoria de Justiça de Camboriú.