ECONOMIA
Ranking das mil maiores empresas do Brasil tem 39 catarinenses bilionárias
Estado foi destaque com 44 empresas de 18 setores, somando R$ 310,8 bilhões de receita líquida em 2023
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Santa Catarina aparece com 44 empresas, das quais 39 delas com faturamento bilionário, entre as mil maiores do Brasil, segundo o ranking da 24ª edição do Prêmio Valor 1000, divulgado nesta semana pelo jornal Valor Econômico. O levantamento lista empresas de 27 setores com base na receita líquida, a partir da análise de balanços contábeis e relatórios.
O pódio nacional do ranking é formado pela Petrobras, JBS e Raízen. Santa Catarina tem quatro empresas no top 100 do ranking: Bunge Alimentos (11ª posição), BRF (20ª), WEG (40ª) e Aurora (64ª). As 44 empresas catarinense na lista somaram receita líquida de R$ 310,8 bilhões em 2023, com crescimento médio de 4,6%.
O estudo mostra que 24 companhias tiveram crescimento de faturamento no ano passado. As maiores altas foram registradas pela Granja Faria (56,4%), do empresário Ricardo Castellar de Faria, o mais novo bilionário na lista da Forbes de 2024; pela Vitru Educação (49%), dona da Uniasselvi; pela FG Empreendimentos (44%), de Balneário Camboriú; e pela Unifique (30%).
As empresas de Santa Catarina no ranking atuam em 18 diferentes setores, apontando a diversificação da economia do estado. As principais áreas foram de companhias varejistas, de alimentos, do agronegócio, energia, logística, metalurgia, mecânica e telecomunicações.
A lista leva em conta a receita líquida em 2023, descontados valores de impostos, comissões, multas e devoluções. O trabalho foi elaborado pelo Valor Econômico, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Serasa Experian, com análise também de práticas de sustentabilidade ESG (meio ambiente, social e governança).
Fora da lista
Grandes empresas do estado não aparecem na lista devido aos critérios de organização do ranking, empresas de capital fechado ou por integrar grupo empresarial com sede fora de Santa Catarina. Casos da Hering, do grupo Azzas; Cremer, do grupo Viveo; Consul, do grupo Whirlpool; da Hemmer, comprada pela Kraft Heinz; e do Fort Atacadista, do Grupo Pereira.
Também há casos com o da Cantu Store, maior importadora e distribuidora brasileira de pneus, de grupo fundado em Itajaí. A empresa tem sede em São Paulo (SP) e figurou na 446ª posição nacional, com receita líquida de R$ 2,3 bilhões.
Empresas catarinenses no ranking:
11ª Bunge: R$ 81,7 bilhões
20ª BRF R$ 53,6 bilhões
40ª WEG: R$ 32,5 bilhões
64ª Aurora: R$ 20,1 bilhões
102ª Tupy: R$ 11,3 bilhões
114ª Engie: R$ 10,7 bilhões
118ª Celesc: R$ 10,7 bilhões
131ª Havan: R$ 9,3 bilhões
143ª Cooperalfa: R$ 8,6 bilhões
172ª Grupo Koch: R$ 7,2 bilhões
249ª Tigre: R$ 4,9 bilhões
270ª Copercampos: R$ 4,4 bilhões
282ª Intelbras: R$ 4,1 bilhões
338ª Copérdia: R$ 3,35 bilhões
352ª Angeloni: R$ 3,2 bilhões
357ª Giassi: R$ 3,14 bilhões
362ª Mexichem Brasil: R$ 3,04 bilhões
419ª Metal Group: R$ 2,56 bilhões
477ª Portobello: R$ 2,19 bilhões
493ª SCGás: R$ 2,1 bilhões
506ª Tuper: R$ 2,04 bilhões
517ª Vitru Educação: R$ 1,96 bilhão
529ª Pamplona: R$ 1,92 bilhão
531ª Schulz: R$ 1,92 bilhão
544ª Granja Faria: R$ 1,85 bilhão
589ª Krona: R$ 1,65 bilhão
596ª Casan: R$ 1,63 bilhão
631ª Guararapes Painéis: R$ 1,46 bilhão
632ª Scherer: R$ 1,46 bilhão
636ª Auriverde: R$ 1,44 bilhão
683ª Adami: R$ 1,34 bilhão
718ª Gomes da Costa: R$ 1,27 bilhão
732ª Lunelli: R$ 1,25 bilhão
752ª Coopercarga: R$ 1,18 bilhão
763ª Copobras: R$ 1,16 bilhão
769ª Portonave: R$ 1,15 bilhão
774ª Cassol: R$ 1,14 bilhão
819ª Multilog: R$ 1,03 bilhão
821ª FG: R$ 1,03 bilhão
873ª Sker/Statkraft: R$ 944,6 milhões
911ª Unifique: R$ 883,2 milhões
934ª Senior Sistemas: R$ 883,2 milhões
949ª EQS Engenharia: R$ 835,4 milhões
995ª Lojas Koerich: R$ 740,6 milhões