O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), registra 329 mortes causadas por dengue em 2024 e outros 21 mortes em investigação. Além disso, o estado já passa de 366 mil casos prováveis da doença neste ano, em alta de 165% em relação ao mesmo período de 2023.
Os casos de infecção estão registrados em quase todas as cidades catarinenses, 285 dos 295 municípios. A situação faz o estado reforçar as orientações de prevenção, mesmo durante o inverno ...
Os casos de infecção estão registrados em quase todas as cidades catarinenses, 285 dos 295 municípios. A situação faz o estado reforçar as orientações de prevenção, mesmo durante o inverno. O diretor da Dive, João Augusto Brancher Fuck, destaca que a população tem papel fundamental contra o mosquito aedes aegypti.
“A principal medida de prevenção contra essas doenças é a eliminação de possíveis criadouros do mosquito, que são os locais com água parada. E a grande maioria está dentro das casas”, alerta. A Vigilância Epidemiológica recomenda que as pessoas tirem 10 minutos do dia para limpar o quintal, a casa e ambiente de trabalho, eliminando possíveis focos do mosquito.
“Esses cuidados precisam continuar acontecendo ao longo de todo o ano, mesmo com as baixas temperaturas”, explica. A região de Itajaí responde por 75 das mortes registradas no estado. Itajaí lidera os casos, com 39 óbitos, seguida de Balneário Camboriú (9), Camboriú (5), Navegantes (5), Itapema (5), Penha (5), Piçarras (4), Porto Belo (2) e Bombinhas (1).
Em Itajaí, até sexta-feira, a Secretaria de Saúde registrava 23.855 casos confirmados da doença, com sete bairros com mais de mil casos cada um. Cordeiros lidera os registros, com 6639 casos positivos, seguido do São Vicente (3451) e Cidade Nova (3135).
Em Balneário Camboriú, são quase seis mil casos positivos, com os bairros Nações (835), Municípios (702), Vila Real (528), Barra (476) e Nova Esperança (371), os mais infestados.
Alerta contra nova variante da “varíola dos macacos”
Apesar de não registrar casos de mpox, a chamada “varíola dos macacos”, desde maio, a Secretaria Estadual de Saúde segue em alerta contra a doença devido ao aumento de casos em países africanos, ligado a uma nova variante do vírus, que provoca quadros mais graves. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em emergência internacional diante da possibilidade de propagação da variante para outros países. Na semana passada, a variante foi confirmada na Suécia, sendo o primeiro registro fora da África.
Em Santa Catarina, que monitora os casos desde 2022, a secretaria informa que os casos estão em estabilidade. Ao longo de 2024, foram confirmados 10 casos em três cidades do estado, o último deles em 16 de maio. Em 2023, foram 50 casos em 18 municípios. Em 2022, foram 439 registros em 33 cidades, com uma morte em Balneário Camboriú.