BRASIL 

Morre mulher acusada de esquema de tráfico de bebês pro exterior 

Arlete vivia em um asilo no interior de São Paulo 

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Arlete morreu aos 78 anos (Foto: Acervo Pessoal/Portal Uol)
Arlete morreu aos 78 anos (Foto: Acervo Pessoal/Portal Uol)

Arlete Honorina Vitor Hilú, de 78 anos, líder de um esquema que traficava bebês do Brasil para outros países na década de 80, faleceu no interior de São Paulo. Ela traficou crianças recém-nascidas de Itajaí, Tijucas e Curitiba, entre outras cidades do Brasil. 
A morte de Arlete foi confirmada pela família. Segundo reportagem do Portal Uol, ela morreu em dezembro de 2023, mas a informação só foi confirmada nesta semana. 
Arlete, que vivia em um asilo em Porto Feliz (SP) desde 2016, sofria de Alzheimer. Ela morreu de um “choque séptico de múltiplos focos” que seria consequência de uma infecção urinária e de uma pneumonia. Arlete era viúva e tinha dois filhos, de 39 e 56 anos.
As crianças vendidas eram levadas para Israel, Canadá e países europeus. Algumas delas chegavam a ser negociadas por até US$ 10 mil.
Na época, a polícia suspeitava que ela fosse responsável pelo tráfico de 3 mil crianças para Israel. Muitas grávidas eram convencidas a entregar seus filhos ainda na maternidade.
Arlete foi condenada por tráfico de crianças, falsidade ideológica, formação de quadrilha e por retirar os menores ilegalmente do Brasil.  Ela chegou a ser presa duas vezes entre 1988 e 1992 e cumpriu metade da pena de quatro anos e oito meses de prisão. Ela foi a única condenada pelo esquema.  Na década de 80 ela vivia em Balneário Piçarras. 

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Em 2015, o DIARINHO chegou a acompanhar o reencontro de uma jovem que foi vendida para Israel quando era recém-nascida.< ...

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DIARINHO acompanhou reencontro de filha  e família  
Em 2015, o DIARINHO chegou a acompanhar o reencontro de uma jovem que foi vendida para Israel quando era recém-nascida.
Shir Fridman nasceu em 5 de agosto de 1985. Com sete dias foi levada para Israel, no esquema de tráfico de crianças para o exterior montado por Arlete e um advogado de Balneário Camboriú.
A bebê ficou apenas dois dias na maternidade do hospital Marieta Konder Bornhausen. Depois foi levada da mãe. Permaneceu outros cinco dias numa casa, junto com outras crianças, e logo embarcou para Israel, com toda a documentação pessoal e de adoção.
O reencontro de Shir com a família biológica aconteceu em 2015 em uma casa da Praia Brava. Ela conheceu dois irmãos, mas nunca chegou a rever a mãe que morreu de câncer aos 45 anos. O reencontro foi graças a ajuda de um oficial da Polícia Militar que, na época, trabalhava no programa SOS Desaparecidos.
Pelo que constava no inquérito da Polícia Federal da época, mulheres pobres que chegavam na maternidade eram abordadas por assistentes sociais e enfermeiras, que passavam a aliciá-las. Algumas recebiam uns poucos trocados e a promessa de que poderiam ver seus filhos quando quisessem. 
O lucro do suposto tráfico, segundo a PF apontou, vinha das famílias estrangeiras, principalmente israelenses, que chegavam a pagar de cinco mil a 10 mil dólares por criança, sem imaginar que estavam fazendo alguma operação ilegal. A alegação era de que o dinheiro serviria para pagar a documentação do processo de adoção. Na verdade, os custos não chegavam a 500 dólares.

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