Praia de Laranjeiras

MPF apura denúncia de crime ao patrimônio histórico

Materiais de sítios arqueológicos teriam sido jogados no lixo junto com entulho da obra na praia de Laranjeiras

Materiais de sítios arqueológicos teriam sido jogados no lixo junto com entulho da obra na praia de Laranjeiras (Foto: Ceramista Bob/Divulgação)
Materiais de sítios arqueológicos teriam sido jogados no lixo junto com entulho da obra na praia de Laranjeiras (Foto: Ceramista Bob/Divulgação)
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As obras de recuperação da praia de Laranjeiras, em Balneário Camboriú, teriam danificado vestígios históricos dos sítios arqueológicos existentes no local. Também é questionada a falta de acompanhamento arqueológico na obra. A denúncia foi levada ao Ministério Público Federal (MPF) pelo vereador Eduardo Zanatta (PT) e pelo deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL).

“Nas últimas semanas fui surpreendido com vídeos e fotos de materiais líticos, como lâminas de machados feitas de pedra, sendo encontrados próximos a uma área de entulho da obra, deixando dúvidas sobre o destino dos artefatos”, comentou o vereador. Os vestígios estavam em camadas superficiais do terreno e apareceram expostos junto aos entulhos das demolições.

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As imagens no local foram feitas pelo arquiteto e urbanista Gabriel Gallarza, do Instituto de Documentação Socioambiental Hugato, durante visita às obras, e pelo ceramista Bob, conhecido da praia de Laranjeiras. A partir das fotos e vídeos, a denúncia foi levada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ao MPF e aos parlamentares.

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O município foi cobrado a prestar informações e sobre medidas pra preservar o patrimônio arqueológico. No MPF, a denúncia pede que a procuradoria apure eventual irresponsabilidade com os vestígios históricos, que estariam sendo jogados fora.

“Foi assustador visitar as obras de reurbanização da orla da praia, perceber o tamanho do impacto sobre este rico patrimônio cultural local e da União, e identificar que a intervenção urbanística está acontecendo sem o devido acompanhamento arqueológico”, relatou Gabriel Gallarza.

O Iphan tem cadastrados três sítios arqueológicos na praia de Laranjeiras. Dois deles registrados desde 1975, pesquisados pelo padre João Alfredo Rohr, e um mais recente, de 2012, associados aos dois primeiros.

Nos locais, há área de sepultamento, com ossadas de povos pré-coloniais, além de sambaqui com restos de conchas de moluscos e oficina lítica com lâminas de machado e amoladores. Os sítios arqueológicos remontam mais de 5 mil anos de história, com vestígios dos povos indígenas que viviam na região antes dos colonizadores.

Município diz que cumpre acordo judicial

A praia de Laranjeiras passa por reurbanização desde maio. O projeto é fruto de acordo judicial pra recuperação de área degradada, com a demolição de casas e restaurantes que invadiram área pública da orla, recuperação da restinga, construção de passarelas, banheiros e mobiliário urbano.

A secretária de Meio Ambiente, Maria Heloísa Furtado Lenzi, explica que a ocupação irregular com construções ocorridas há anos no local já resultou em bastante degradação nos sítios arqueológicos.

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“Não estão sendo feitas escavações, apenas a demolição do que havia sido construído de forma irregular como cumprimento de uma decisão judicial onde há prazos e multas caso não seja cumprida”, justificou.




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