Balneabilidade em risco
Pesquisadora alerta que ribeirão Ariribá e lagoa podem ser culpados pela poluição da praia Brava
Pontos da praia apareceram pela primeira vez na temporada como impróprios para banho
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A oceanógrafa Déborah Ortiz Lugli Bernardes, professora da Univali e pesquisadora do Grupo de Estudos dos Ecossistemas Costeiros, considera que a lagoa do Cassino e o Ribeirão Ariribá que fica no limite de Itajaí com Balneário Camboriú, podem contribuir para o resultado negativo do teste de balneabilidade da praia.
O novo relatório semanal de balneabilidade do Instituto de Meio Ambiente (IMA) mostra a Praia Brava com três pontos impróprios para banho. Em dois locais, é a primeira vez na temporada que a praia aparece com as condições negativas, no trecho do posto 11 dos salva-vidas e em frente à rua Doca Rebello. O terceiro ponto é na saída da lagoa do Cassino, que aparece impróprio há três semanas.
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Os dois pontos que passaram para impróprios ficam no trecho inicial da praia perto do ribeirão e outro justamente na saída da lagoa. Para a pesquisadora, o resultado pode estar relacionado à hidrodinâmica, trazendo a água poluída pra região, como apontou o Semasa, mas ela acredita que seja “bem mais provável” que a poluição seja do próprio Ariribá.
No caso da lagoa, ela observa que seria preciso verificar a conexão do ribeirão com o mar, o que afeta a praia. “Perto do Ariribá e da lagoa são os pontos mais críticos ali na Brava. Então sim, é mais provável que estes corpos hídricos sejam os responsáveis por esta alteração [na balneabilidade]”, comentou.
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