O rolo da Mada Araújo voltou a assombrar o Porto de Itajaí

Mada Araújo

Mada Araújo

Vai dar ainda muito pano pra manga a controversa contratação da empresa Mada Araújo para tocar o Porto de Itajaí, em 2023, depois da saída da APM Terminals. Quem acompanha estas mais do que atribuladas linhas vai se alembrar de tudo o que aconteceu e foi estampado na coluna Jotacê, aqui no DIARINHO.

Baita rolo

O rolo é tão grande que a Polícia Federal está investigando, e já faz tempo. De vez em quando, notícias pululam aqui e ali. Neste final de semana, o assunto veio à tona em veículos de imprensa nacionais. Ai, qui dor!

Recordar é viver

No leilão feito para decidir o operador que sucederia a APM, em 2023, a Mada Araújo ficou em segundo lugar, tendo sido desclassificada pelo corpo técnico da Antaq, assim como também foi desclassificada a empresa que tirou o primeiro lugar, ambas por apresentação de proposta inexequível, segundo os técnicos. Então, a vencedora seria a terceira colocada...

Aí que vem o rolo

Seria... mas não foi. Uma decisão do diretor-geral da Antaq da época, ainda em novembro 2023, reverteu a decisão do corpo técnico e tornou a Mada Araújo vencedora do leilão. Com a decisão, a empresa assinou o contrato de arrendamento transitório e assumiu a porra, digo, o porto. Prometendo movimentar 44 mil TEU’s por mês. Mas não conseguiu movimentar picirica nenhuma.

JBS

E foi aí que entrou a poderosa JBS, que comprou, em maio de 2024, por uma baba, dizem, 70% da Mada Araújo, investiu grana e retornou a movimentação que estava parada há mais de ano. O prejuízo do porto e dos portuários no período se deve, portanto, a muito zóio gordo, incompetência e uma bela dose de sacanagem. O que tem sido dito nessa coluna desde 2023, diga-se passagem...

A distribuição da culpa

O fato é que essa história ter voltado às manchetes suscitou desculpas e acusações à esquerda e à direita. Inclusive com direito a nota da Superintendência do Porto de Itajaí, dizendo que a culpa foi do ex-presidente Bolsonaro, mas vamos combinar, em 2023 o governo já era Lula. Ou não? Mas a sacanagem começou no governo Bolsonaro. Então sei lá, entende?

Pra finalizar

O que eu quero ver é o seguinte: quem é que vai preso por conta desse rolo todo? Isso que eu quero ver. E se o prejuízo do porto parado durante aquele tempo todo vai ser ressarcido aos cofres do município e ao bolso dos trabalhadores – que, inclusive, têm ação para reparar as perdas que sofreram. Isso é que eu quero ver. O resto é resto.

Vai ter mudanças

A minha ex-musa da confusão, prefeitona dos bairros da Dubai city, Juju Pavan (PSD), comandou reunião dos seus abobrões estrelados na manhã desta segunda-feira e avisou, em alto e bom tom, que haverá mudanças no primeiro escalão.

Causas impossíveis

Foi o que bastou pra quem estava sonolento reforçar os goles no cafezinho, quem estava com os olhos ramelentos esticar os dedos pra tentar enxergar o que foi dito e quem se achava “intocável” já começou a rezar baixinho pra Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis.

Foi bispar no paço

O Pai Atanásio, que quando é tocado de casa pela Mãe Jacira, sacuda com o véio aboletado no sofá da sala assistindo ao Patati-Patatá, pega o busão tarifa zero e desce ali, no paço dos altos da Dinamarca.

Não entregou, se estrepou

O véio aproveita pra perambular pelos corredores palacianos de BC, esticar o aparelho de surdez e bizolhar o que acontece. Ele soprou nos sensíveis zovidos do socadinho que viu abobrões com cara de desânimo saindo do prédio. “Não entregou, se estrepou”, falou Atanásio, sem muitas papas na língua. Quis questionar algo mais, mas o véio quase engasga com uma bala de banana e me mandou à merda. Malcriado!

Quebraram a mandíbula

Repercutiu mal a defesa do boneco Falcon, o vereador Victor, durante o Desembucha JC na semana passada (assista: youtube.com/@DesembuchaJC), relacionada ao requerimento da vereadora Renata Narcizo sobre um cachorro atendido em um pet shop. Na fala, o vereador diz que foi um corte na boca do animal, sendo que na verdade o pet shop quebrou a mandíbula do animal.

Ficaram fulas

Com essa situação dantesca, o tema do requerimento da vereadora Renata Narcizo foi da fiscalização desses espaços que atendem cães e gatos. De fato, as pessoas que assistiram essa fala não gostaram nem um pouco de ver o vereador diminuindo o ocorrido.

Mudaram o foco

Realmente, é péssimo quando se muda o foco do requerimento, como foi nesse caso, que vereadores ficaram dando opinião sobre como as famílias devem chamar seus pets, se devem ou não dormir na cama com seus tutores, enfim, show de opiniões infundadas.

Falso moralismo

Mas o que sopraram no zovido do socadinho escriba é que Victor julgou seus colegas edis da piramidal pela perda de tempo e ainda no final deu sua opinião e um show de lacração, inclusive dizendo: “bucica na rua e humano dentro de casa”. Julgou seus colegas vereadores e por fim fez o mesmo, falso moralismo que se chama?

“Me decepciono, mas não me surpreendo, acho que todo mundo é capaz de tudo.” - Pai Atanásio

Filme de terror

Por outro lado, preocupantes e muito as falas do vereador Victor ao DIARINHO, antes da participação no Desembucha JC, da situação em que se encontra a Uapa, que acolhe os animais na cidade. O boneco Falcon, sem papas na língua, descreveu um “filme de terror” no canil, sinalizando que o local virou um depósito de animais que acabam sofrendo mais do que se estivessem nas ruas.

Canil

Acompanhei ao longo dos anos a luta pra que Itajaí pudesse ter um local pra acolher os animais, não pra que virasse um depósito de animais. E, ali, já aconteceu de tudo... Tanto que um dos idealizadores, e que lutou pelo espaço, chegou a me dizer que foi um erro, mas já que foi “conquistado” tinha que ser cuidado pelo poder público.

Mamão perdido?

Fiquei de cara com o vereador Odivan Linhares, o Mamão (PSD), no rolo da discussão, ao declarar que a informação que tinha era que animais recolhidos por conta de um acidente, purexemplo, eram tratados e devolvidos às ruas. E é isso mesmo, porque a Uapa, ou pra que as pessoas entendam: o canil não é “depósito” de animais. Ou não deveria ser.

Esclarecimentos

Mas voltando às falas do boneco Falcon, elas são pra lá de estarrecedoras e precisam ser esclarecidas pelo povo do Instituto Itajaí Sustentável (Inis). Importante citar que a vereadora cachorreira, digo, Renata Narcizo, quer incluir no orçamento da prefa de 2026 cerca de R$ 3 milhões pra construção de um canil, que vai ter que, logo, logo, sair daquela área na zona rural (ainda é?) de Itajaí.

Movimentações

Por conta das movimentações pré-eleitorais do governador Jorginho Mello (PL) nos bastidores políticos dando a entender que há uma certa preferência pelo nome do atual presidente da Assembleia Legislativa, o veterano deputado Júlio Garcia (PSD), como seu vice na chapa majoritária à reeleição.

Apertando o cerco

O pré-candidato dos pessedistas, prefeito de Chapecó, João Rodrigues, tem apertado o cerco e é presença constante nos corredores políticos da Leléia e em outros círculos de poder relacionados ao partido.

Renúncia de prefeito

No encontro estadual do PSD, em São José, na semana passada, tratou de oficializar a pré-candidatura anunciando, inclusive, data para a renúncia do cargo de prefeito, dia 23 de março de 2026, dia de seu aniversário, a propósito. Júlio Garcia, por sua vez, é lógico, manteve todo o apoio institucional do partido e do cargo ao companheiro João Rodrigues, ao menos por enquanto, e não poderia ser diferente.

Manter viva

A preocupação de Rodrigues é manter viva a candidatura diante das investidas liberais do governador que sabe que se tiver o apoio do MDB e eventual coligação com o PSD, a sua reeleição é “morro abaixo”, como diria o saudoso ex-governador bigodudo Luiz Henrique da Silveira (MDB), o último dos grandes articuladores da política catarinense.

Estadualizar

Além do mais, luta também para estadualizar o nome, já que, conforme confirmam as mais recentes pesquisas eleitorais, a única região em que Jorginho Mello não desponta como favorito é, justamente, a região oeste, base de João Rodrigues.

Esforço final

Deputados estaduais devem antecipar para este dia 10 a plenária final de aprovação de projetos pra fechar o ano na Leléia. Na pauta, como sempre, grande volume de projetos do governo estadual para serem votados rapidinho, sem muito alarde e discussão. Numa celeridade de vapt-vupt.

Ouvidoria

O que pode gerar algum debate, mas sem muitas novidades em função da fraca e numérica oposição, é o que cria uma Política Estadual de Proteção ao Consumidor, mas que tem embutido, no meio, uma espécie de “jabuti”, no jargão político, que pretende transferir as atribuições da Ouvidoria da Santa & sofrida Catarina para a Secretaria de Estado da Casa Civil.

Blindagem política?

O órgão é responsável por receber e dar andamento a denúncias, reclamações, elogios ou dúvidas da população catarinense. A medida é criticada por entidades anticorrupção e parlamentares oposicionistas que veem enfraquecimento do setor e possível blindagem política do governador.

Bronca na Saúde

O socadinho escriba recebeu denúncia de que motoristas da Saúde estariam, supostamente, extrapolando os limites de horas extras e até falsificando documentos oficiais para melhorar, digo, aumentar a renda com mais horas extras prestadas. Está doido!

Chupando o dedo

Tem um abençoado que dizem ainda estar em fase probatória, que chegou a fazer plantão de 24h, com direito a viagem para Araranguá no meio do plantão, sem descanso ou intervalo e que os outros motoristas ficam chupando dedo, digo, esperando alguma corrida "extra", mas só o moço teria "direito".

Tem que ir pra cima

O denunciante chega a fazer comparações com o caso dos atestados falsos, onde a pessoa questiona o fato de a prefeitona dos bairros, Juju Pavan (PSD), estar investigando e promovendo a limpa nos atestados, por que não faz com a mesma energia para os motoristas que estão, supostamente, fraudando a lista-ponto?

Espaço aberto

A bronca, digo, denúncia já está no Ministério Público, mas a coluna Jotacê segue com o espaço aberto para os devidos esclarecimentos (doa a quem doer!) pra quem tiver as respostas.