Papai sabe-tudo na choupana

Papai sabe-tudo na choupana

O vice-prefeito, o papai sabe-tudo Rubens Angioletti (PL), cumpriu a promessa feita no “Diz aí!” (assista na TV DIARINHO no YouTube e leia na edição impressa no finde), comandado pela jornalista Fran Marcon com a participação do socadinho escriba, de voltar com mais afinco às pedaladas pela city pexêra e de visitar a choupana do JC. O galego visitou e parou pra um papo.

Boas sementes

Bebericou um café e falou sobre seu trabalho, as demandas e revelou que a sua viagem às terras lusitanas trouxe boas sementes, mostrando fotos, vídeos, conversas e que encaminhou ao bagrão da Invest Itajaí, o futebolista Níkolas Reis, pra que frutifiquem.

50% de diária

O Rubens reafirmou que não é contra as diárias, que sua viagem a Portugal, se fosse feita no governo passado, custaria não R$ 12 mil em diárias, e sim R$ 24 mil. Portanto, economizou no que tachou de “viagem importante para Itajaí”. Então tá.

Falante

Ao contrário do que falou na entrevista ao “Diz aí!” do DIARINHO, o galego Rubens estava mais falante com relação ao Porto de Itajaí, mesmo reiterando que é um assunto que vem sendo tratado pelo prefeito Robison Coelho (PL).

É pouco dindim

Rubens diz que do outro lado da vala, na Portonave, que completou 18 anos (parabéns!!!), serão investidos dois bilhões de reais em um terminal que já é supermoderno, e que aqui o governo Federal ainda trata o porto não com a sua devida importância, com aporte de investimentos da ordem de oitocentos milhões de reais.

PPP-Porto

O papai sabe-tudo, digo, vice-prefeito, acredita que os valores são insignificantes e não vão resolver o problema. Sem falar a palavra “privatização”, Rubens defende uma PPP: Parceria-Público-Privada, igualzinho a portos do exterior, falou, antes de montar na sua ziquinha e voltar ao seu pedal.

Barulheira

O socadinho escriba já havia trazido à baila o tema e agora o barulho é literal. Moradores do entorno do Porto de Itajaí vêm sofrendo com o incessante “buzinaço” dos caminhoneiros que aguardam por horas para adentrar o glorioso porto. O som das buzinas, dia e noite, virou trilha sonora involuntária para quem mora nas imediações. O problema não é novo, mas a paciência da vizinhança está se esgotando.

De quem é a culpa?

Nem tudo recai sobre o poder público; há responsabilidades claras também da autoridade portuária e da empresa JBS, responsável pelo controle das senhas de entrada dos caminhões. A pergunta que não quer calar: como é feito esse controle?

Trancando tudo

O número de senhas distribuídas condiz com o tempo real que cada veículo leva para carregar e sair? Porque, ao que tudo indica, a conta não fecha — e as filas crescem, e quem precisa circular fica no meio do inferno, trancando tudo.

Organização ou improviso?

Com esperas que chegam a cinco, seis e até sete horas, os caminhoneiros ficam presos em longas filas que travam vias como a avenida Irineu Bornhausen (Caninana). O impacto é direto: trânsito lento, barulho constante e prejuízos para todos.

Solução

A retomada das operações do terminal de contêineres, somada à alta demanda de exportações, aumentou o fluxo, mas a estrutura segue a mesma. Resultado: caos logístico e irritação coletiva. Louvo a retomada das operações, mas é preciso ter solução.

Reunião de bagrões e um pedido de silêncio

Uma reunião entre os “bagrões” do porto deve acontecer nos próximos dias para buscar soluções. E que bom! Já é hora de tratar o problema com a seriedade que merece. Enquanto isso, vale um lembrete aos motoristas: educação também faz parte da logística e buzinar não faz a fila andar mais rápido.

Eu morro e ainda dá tempo de ver tudo...

Acho absolutamente evitável que a secretária de desenvolvimento econômico, Gabriela Kelm, contrate a Associação Empresarial de Itajaí, entidade que ela presidia até assumir a cadeira estofada de abobrona, sem licitação, para organização do Feirão do Emprego. Soa mal, corporativista e atenta contra o que o prefeito e o vice pregavam no passado.

Evitável

Aí uma ação bacana como o Feirão do Emprego fica maculada com uma contratação sem pé nem cabeça, por um valor expressivo. Se precisam recorrer a uma empresa para organizar o feirão que façam uma licitação bonitinha.

Próprias pernas

Isso sem contar que a própria ACII é diretamente interessada no Feirão e poderia muito bem, com suas próprias pernas, ser parceira do município na ação. Agora contratar sem licitação precisa mesmo, será?

Limpeza?

Foi frustrante a Audiência Pública na piramidal casa do povo, convocada pelo vereador Victor Nascimento, o boneco Falcon (PL), pra tratar dos moradores de rua na noite da última quarta-feira.

“Intuição é quando você não sabe como sabe, mas sabe que sabe. E saber é tudo que você precisa saber” - Pai Atanásio

Segurança

A maior parte de quem tomou assento nas estofadas cadeiras foi o povo ligado à segurança pública, sendo que os “únicos diferentes” foram o secretário de Planejamento Urbano da prefa, João Paulo Kowalski (que falou sobre ocupações irregulares), e o secretário de Bem-Estar Social, Léo Severino.

Social

Importante citar, entre os presentes, o ex-vereador e chefão na igreja Mevam, o bonzinho Edson Lapa, que discorreu sobre o importante trabalho social e as experiências que deveriam ser levadas em conta. Afinal, morador de rua é muito mais uma questão social do que de segurança pública, apesar de que no meio desse pessoal que está na curva da vida tem marginais infiltrados.

Mandar no campinho

O boneco Victor tá em campanha declarada pra ser candidato a deputado estadual e anda incomodando o povo da deputada estadual mais votada da história que vai buscar a reeleição, Ana Campagnolo.

Deslanchar

Estava tudo certo pra que a Campagnolo deslanchasse na city pexêra, ancorada nos vereadores Adão Bittencourt (PL) e Liliane Fontenelle, a dra. Pix (PL), com uma montoeira de cargos no governo, e o prefeito declarando que ela é sua candidata pessoal.

Sonha

Só que o Victor não se conformou em ser colocado de lado e terem lhe dito que não era a sua vez de sentar na janelinha do busão. Afinal, sonhou – e sonha – em sair de braço dado com o vereador da Dubai brasileira, Jair Renan Bolsonaro, o 04 (PL), na sua campanha a federal. Por isso, tá trazendo pautas como a dos moradores de rua pra aba do seu chapéu.

Estratégia de guerrilha?

O boneco Falcon bate em secretário, quando convém, afaga o prefeito Robison pra manter espaço e fala nos bastidores que tá recebendo “fogo amigo”, quando na verdade quem está usando essa tática é ele.

Óbvio

A filosofia do Victor é “acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”. É natural e todo mundo sabe que os vereadores da base, todos os dias, fazem críticas ao governo, mas não públicas. É óbvio e normal.

Respirando por aparelhos

É de se questionar se o vereador Victor, que diz ter um excelente e harmonioso relacionamento com o prefeito Robison, porque vai pra tribuna bater? Falcon lascou que a “saúde está respirando por aparelhos”, pode ser realmente uma verdade, mas uma excelência excelentíssima da base nunca diria isso na tribuna. E num é?

Se acha

Questionando alguns vereadores governistas na piramidal, o socadinho escriba soube que o Victor não participa das reuniões da base que acontecem antes das sessões, bem como das reuniões com o prefeito. Não dá bola, como se fosse único e especial.

No próprio umbigo

O boneco Falcon se acha a última bolacha do pacotinho e anda sozinho acima do bem e do mal? A verdade é uma só: quer ser deputado e assentar os glúteos em uma cadeira estofadinha da Leléia em 2026, e pra isso vai fazer o que for preciso, pensando no seu umbigo e não no governo.

Protesto/prejuízo

Há alguns meses o articulista avisou sobre a subida da avenida das Gaivotas na Dubai Maravilha, que o local apresentava risco aos pedestres e motoristas. Agora, os moradores fizeram um movimento que amanheceu, na quinta-feira, com faixas de protesto.

Insistir no erro

Ao insistir no erro de tornar aquela avenida uma via principal, a prefa também assume o risco no eventual caso de um acidente sério. Como perguntar não ofende, quem pagou por aquelas bombas da água mineral que rolaram de um caminhão que não conseguiu subir e teve que voltar parte de ré?

Os quinta colunas

Em mais um ataque de corporativismo em desfavor do Brasil, a comissão de ética da Câmara de Deputados, lá na longínqua Brasólia, arquivou representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) por quebra de decoro relacionada à atuação do parlamentar nos Estados Unidos. Cara está lá desde o começo do ano, pago por nós, tramando contra o país e para os deputados está tudo bem? Pqp!

Entreguista

No mesmo ritmo “quinta coluna” – que significa entreguista –, o mano do Dudu, senador Carlos Bolsonaro (PL), postou vídeo do governo americano explodindo um barco, supostamente de traficantes, na costa da Venezuela, cogitando a vinda das forças armadas americanas para combater o narcotráfico no Brasil... Pqp... E tem quem defende isso e esses. É impressionante.

O pior de cada um

Sem querer filosofar e já filosofando, a impressão é que o bolsonarismo exacerbou o que havia de pior em cada pessoa que virou seguidor dessa seita. Veja essa: eu pensei que o fato de Bolsonaro impor o filho, Carlos, pra ser pré-candidato a senador pela Santa & Bela Catarina fosse indignar os catarinenses e que o vereador carioca seria defenestrado e tal.

Ledo engano

Que defenestrado, que nada: saiu uma pesquisa esta semana, publicada em coluna política estadual, e o Carluxo tá bem pra burro, liderando... Então, SC tem mais é que sifú mesmo. O bolsonarismo não fez ninguém ser um cretino, ele só liberou o cretino que havia dentro de cada um. E ele está por aí, solto, geralmente com um revólver na cintura. É assustador.

“Menas”

Mas eu acho que diminuiu um pouco o ímpeto do bolsonarismo, mesmo em terras barrigas-verdes. Pelo que se comenta nos bastidores da política, o governador Jorginho Mello (PL) tenta desenhar uma coligação que lhe assegure vitória em primeiro turno. Acho, pessoalmente, muito difícil. Talvez se o bolsonarismo estivesse forte, como era até uns tempos atrás, ele conseguisse. Acho que não mais. Acho.

Elefante em loja de cristais

O que o governador tem que cuidar, é para que nessa tentativa de querer tudo ao mesmo tempo agora, ele não perca a grande vantagem que tem, transformando aliados em oponentes. Como a deputada Caroline de Toni, por exemplo, que contava que seria a candidata ao senado do PL da Santa & Bela, e está sendo preterida pelo Carluxo e pelo senador turco-careca Esperidião Amin (PP).

Vai pro Republicanos?

De Toni detonou que se não for candidata a senadora pelo PL vai ser por outro partido. No caso, provavelmente o Republicanos, que é o braço auxiliar de Jorginho Mello, tipo, se não cabe no PL, joga pro Republicanos... Li que de Toni está fula da vida, diz que não é palhaça. Pela fala, não é palhaça e nem política... Que político decente daria uma declaração dessas? Enfim...

Soberba

O fato é que se não fosse o bolsonarismo, ela seria ninguém na política. Agora se acha pra caraio. Todos se acham, aliás. Se não fosse o advento Bolsonaro quem seria Zé Trovão, ou Seif, ou Júlia Zanatta, ou Ana Campagnolo, ou esses caras que estão por toda parte? Até Jorginho, cá entre nós (não digam pra ele que eu disse), era deputado do baixo clero...

A onda

Pois é isso, amigos. Passou a onda Bolsonaro e quem surfou se deu bem. Quem não surfou, sifú. Mas onda é onda, vem e passa. Quando essa passar (e vai passar, porque todas passam) muitos dos eleitores que elegeram essa gente vão ficar se perguntando por que fizeram essa loucura... Ou então não vão se perguntar porra nenhuma. Porque o brasileiro esquece em quem votou dois dias depois da eleição. Por isso que a coisa está assim. Ou estou errado?