Colunas


Os perigos do poder


É sabido que o poder não tem dono, como a política não tem dono, sociedade não tem dono. Poder, política e sociedade têm história. Cada um destes fenômenos é formado por relações sociais. É preciso muito mais que uma pessoa para que cada uma dessas ocorrências possa existir. Fenômenos se constituem desde a relação entre o ambiente e a percepção humana das coisas. O substantivo do poder é a ocorrência observável das relações entre pessoas; é um processo de experiência e de experimentação.

Por ser relacional, por depender da participação de muitos, poder, política e sociedade não serão determinados por um ou por coisa particular. Quando o “poder sobe à cabeça” significa dizer que há a tentativa ou a observação de uma investida em se confundir o poder com uma pessoa. Pela simples interpretação da expressão “o poder lhe subiu à cabeça” se faz a crítica do impossível fato que pessoa e poder seja algo único. Não há como ser.

Ocupar um espaço de poder na estrutura política de uma sociedade não cria o “todo poderoso ser”. Essa combinação é exclusividade de feitos religiosos ou espirituais. Este é o caso de onisciência, onipresença e, por consequência, onipotência. Humanos não serão capazes de tal, a não ser os de extrema vaidade, ilimitada prepotência e insustentável autoritarismo.

O poder combinado com a capacidade de empatia é uma experiência que dá bons frutos. Na constância de que “manda quem sabe pedir”, as relações de poder são forças que atravessam as pessoas ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Por ser relacional, por depender da participação de muitos, poder, política e sociedade não serão determinados por um ou por coisa particular. Quando o “poder sobe à cabeça” significa dizer que há a tentativa ou a observação de uma investida em se confundir o poder com uma pessoa. Pela simples interpretação da expressão “o poder lhe subiu à cabeça” se faz a crítica do impossível fato que pessoa e poder seja algo único. Não há como ser.

Ocupar um espaço de poder na estrutura política de uma sociedade não cria o “todo poderoso ser”. Essa combinação é exclusividade de feitos religiosos ou espirituais. Este é o caso de onisciência, onipresença e, por consequência, onipotência. Humanos não serão capazes de tal, a não ser os de extrema vaidade, ilimitada prepotência e insustentável autoritarismo.

O poder combinado com a capacidade de empatia é uma experiência que dá bons frutos. Na constância de que “manda quem sabe pedir”, as relações de poder são forças que atravessam as pessoas em redes de relacionamento. Quem vence as eleições não ganha a política! Política não é uma corrida de 100 metros rasos, senão uma maratona na vida inteira. As eleições são feitas de concorrência entre pessoas, tal qual uma disputa esportiva, mas a política e o poder são sistemas de relacionamentos que, como feixes de luz, atravessam os olhos e os corpos.

O poder, que não pode ser medido por quilo ou metro, não pode ser aprisionado nos dedos das mãos como anéis bispais, coroas imperiais, colares espirituais. Sendo o composto de relações, o poder é um fenômeno que flui e se faz na combinação das relações entre pessoas. É um ser que se faz entre pessoas. Um casal é a expressão de dois seres individuais que resulta no “nós”: a soma maior que o resultado de uma mais um, justamente porque não pode ser medido pela expressão lógico-racional ou lógico-instrumental. Um relacionado é “1+1=3”.

Para se regular e se organizar as relações de poder é preciso um conjunto extremamente amplo de leis, códigos e regras, substancialidades morais e espirituais, combinações de relacionamentos e hierarquias culturais. Todas elas conjugadas devem ser capazes de se colocar num território existencial muito amplo e de dimensões muito extensas para cima, para baixo e para os lados, em condições possíveis de se estar juntos.

Ganhar as eleições é pouco diante da necessidade de se legitimar nas relações de poder-política, dia após dia, fato após fato. Ganhar as eleições pode ser, ao contrário do que possa parecer, o começo da expressão de fraquezas e pequenez. Para ser fraco é só atuar como se forte fosse! “Dê-lhe poder e saberás quem é!”


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

No réveillon, você é do time que…



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Sonhos, ouro e a dura realidade das mulheres no garimpo ilegal do Sararé

GARIMPO

Sonhos, ouro e a dura realidade das mulheres no garimpo ilegal do Sararé

Desperdício no Brasil deixa de abastecer 50 milhões de pessoas

A cada 5 litros, 2 no ralo

Desperdício no Brasil deixa de abastecer 50 milhões de pessoas

O tesouro nacional cobiçado pela indústria da música clássica

Pau-brasil

O tesouro nacional cobiçado pela indústria da música clássica

Obra sobre armas aprovada nos anos Bolsonaro é lançada com dinheiro da Taurus

Lei Rouanet

Obra sobre armas aprovada nos anos Bolsonaro é lançada com dinheiro da Taurus

“Marketing” e “força eleitoral”: por que Hugo Motta insistiu na aprovação do PL Antifacção

PL ANTIFACÇÃO

“Marketing” e “força eleitoral”: por que Hugo Motta insistiu na aprovação do PL Antifacção



Colunistas

Dá-lhe, Dazaranha!

JotaCê

Dá-lhe, Dazaranha!

Terceirizada do Ruth Cardoso assume sob protesto de funcionários

Charge do Dia

Terceirizada do Ruth Cardoso assume sob protesto de funcionários

Suave é a noite

Clique diário

Suave é a noite

Mais distante

Coluna Esplanada

Mais distante

TCE-SC orienta sobre transparência nas emendas Pix

Coluna Acontece SC

TCE-SC orienta sobre transparência nas emendas Pix




Blogs

Amin é o relator do PL da Dosimetria no Senado

Blog do JC

Amin é o relator do PL da Dosimetria no Senado

A medicina não é cenário, é compromisso.

Espaço Saúde

A medicina não é cenário, é compromisso.

A campanha eleitoral já começou

Blog do Magru

A campanha eleitoral já começou

Chiyo-ni e a delicadeza como resistência

VersoLuz

Chiyo-ni e a delicadeza como resistência






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.