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Coluna Exitus na Política

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Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Os perigos do poder


É sabido que o poder não tem dono, como a política não tem dono, sociedade não tem dono. Poder, política e sociedade têm história. Cada um destes fenômenos é formado por relações sociais. É preciso muito mais que uma pessoa para que cada uma dessas ocorrências possa existir. Fenômenos se constituem desde a relação entre o ambiente e a percepção humana das coisas. O substantivo do poder é a ocorrência observável das relações entre pessoas; é um processo de experiência e de experimentação.

Por ser relacional, por depender da participação de muitos, poder, política e sociedade não serão determinados por um ou por coisa particular. Quando o “poder sobe à cabeça” significa dizer que há a tentativa ou a observação de uma investida em se confundir o poder com uma pessoa. Pela simples interpretação da expressão “o poder lhe subiu à cabeça” se faz a crítica do impossível fato que pessoa e poder seja algo único. Não há como ser.

Ocupar um espaço de poder na estrutura política de uma sociedade não cria o “todo poderoso ser”. Essa combinação é exclusividade de feitos religiosos ou espirituais. Este é o caso de onisciência ...

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Por ser relacional, por depender da participação de muitos, poder, política e sociedade não serão determinados por um ou por coisa particular. Quando o “poder sobe à cabeça” significa dizer que há a tentativa ou a observação de uma investida em se confundir o poder com uma pessoa. Pela simples interpretação da expressão “o poder lhe subiu à cabeça” se faz a crítica do impossível fato que pessoa e poder seja algo único. Não há como ser.

Ocupar um espaço de poder na estrutura política de uma sociedade não cria o “todo poderoso ser”. Essa combinação é exclusividade de feitos religiosos ou espirituais. Este é o caso de onisciência, onipresença e, por consequência, onipotência. Humanos não serão capazes de tal, a não ser os de extrema vaidade, ilimitada prepotência e insustentável autoritarismo.

O poder combinado com a capacidade de empatia é uma experiência que dá bons frutos. Na constância de que “manda quem sabe pedir”, as relações de poder são forças que atravessam as pessoas em redes de relacionamento. Quem vence as eleições não ganha a política! Política não é uma corrida de 100 metros rasos, senão uma maratona na vida inteira. As eleições são feitas de concorrência entre pessoas, tal qual uma disputa esportiva, mas a política e o poder são sistemas de relacionamentos que, como feixes de luz, atravessam os olhos e os corpos.

O poder, que não pode ser medido por quilo ou metro, não pode ser aprisionado nos dedos das mãos como anéis bispais, coroas imperiais, colares espirituais. Sendo o composto de relações, o poder é um fenômeno que flui e se faz na combinação das relações entre pessoas. É um ser que se faz entre pessoas. Um casal é a expressão de dois seres individuais que resulta no “nós”: a soma maior que o resultado de uma mais um, justamente porque não pode ser medido pela expressão lógico-racional ou lógico-instrumental. Um relacionado é “1+1=3”.

Para se regular e se organizar as relações de poder é preciso um conjunto extremamente amplo de leis, códigos e regras, substancialidades morais e espirituais, combinações de relacionamentos e hierarquias culturais. Todas elas conjugadas devem ser capazes de se colocar num território existencial muito amplo e de dimensões muito extensas para cima, para baixo e para os lados, em condições possíveis de se estar juntos.

Ganhar as eleições é pouco diante da necessidade de se legitimar nas relações de poder-política, dia após dia, fato após fato. Ganhar as eleições pode ser, ao contrário do que possa parecer, o começo da expressão de fraquezas e pequenez. Para ser fraco é só atuar como se forte fosse! “Dê-lhe poder e saberás quem é!”


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