JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Níver do colunista
(Charge: Miro Souza)
O genial Miro, em homenagem ao JC, fez uma charge pelo aniversário do pançudinho escriba. Em nome dele agradeço às dezenas de mensagens e ligações pelo níver. Obrigaddoooo!!!
Deu aqui no DIARINHO que o presidente Lula (PT) decide, esta semana, se o porto de Itajaí vai ser federalizado ou se vai continuar municipal. Repito a pergunta que já fiz aqui na coluna sobre esse assunto: que razão Lula tem para manter o porto de Itajaí municipalizado? Hein? Dá uma razão só. Só uminha...
Pátria, família e Deus
Que razão Lula tem pra nos ajudar, se o governador do estado, Little Jorginho Mello (PL), que é quem deveria nos defender, sequer fala com o presidente da República pra não “magoar” o grupo (seita) do bolsonarismo radical (acho que é redundância, mas enfim). Onde é que já se viu um governador esnobar um presidente da República? Isso é jogar contra o nosso estado.
Recordar é viver
Já o Décio Lima faz, mais uma vez, um papel triste (mostra o tamanho que ele tem em Santa Catarina). Diz que não tem nada com isso, que não atiça Lula para federalizar. Duvideodó! Lembram em 2008, quando os berços do porto foram levados pela enchente? Décio soltou que a solução seria federalizar e se mandou pro Uruguai ou Paraguai, e ficou incomunicável. Povo aqui caiu em cima dele. Rapaz bonito.
Chamem as Forças Armadas!
Tão sem noção quanto Décio só a então senadora Ideli Salvatti (PT), que queria que o Exército viesse consertar o estrago da enchente no porto. Lembram? Não lembram. Ninguém lembra de nada em Itajaí, porque se lembrassem não estaríamos hoje na situação em que estamos. Se alguém lembrasse de alguma coisa recordaria que Volnei sempre foi contra o porto.
O quê? Como assim?
Quando Volnei Morastoni (MDB) era o eterno candidato a prefeito de Itajaí, lá pelo final dos 1990, quando se pretendia a municipalização e investimentos no porto, então morto, Volnei fez de tudo pra impedir que isso ocorresse. Até manifestação de portuários ele inflamou e teve uma chuva de ações judiciais que atrasaram todo o processo. Mas ninguém se lembra.
Alzheimer coletivo
Diz o ditado que, quando a cabeça não pensa, o corpo padece. É isso mesmo. Se o povo de Itajaí se lembrasse teria eleito Volnei três vezes? Acho que não. Mas, como ninguém lembra de nada, há em Itajaí um Alzheimer político coletivo, a cidade está do jeito que está depois da derradeira administração ruinosa morastônica.
"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências” - Pablo Neruda
Os outros
A verdade é que, para resolver o problema do arrendamento que deixou o porto sem movimentação por quase dois anos, e para encaminhar tudo para manter a municipalização ninguém fez nada. Volnei foi a Brasília falar com Lula ou com Bolsonaro? Não foi. Na matéria do DIARINHO, o vice-prefeito Marcelo Saldré, ops, Sodré (PDT), ficou cagando mole que é a favor da municipalização. E daí? O que ele fez por isso? Nada.
Vinde a mim
E a bancada catarinense? O turco-careca Amin (PP) e tal. Até onde sei, fez um ofício clamando pela municipalização. É muito pouco. O aeroporto de Navegantes foi privatizado e tinha uma pista nova prevista e um terminal de cargas. Pois deixaram o terminal e a nova pista irem pro Paraná e ficamos chupando o dedo. Então chega, né gente? Essa raça que taí já deu. Eles só sobrevivem politicamente porque o povo tá cagando pra hora do Brasil.
Porto
A bancada catarinense no Congresso Nacional enviou documento ao ministro dos Portos se somando ao sentimento da city de que o Porto de Itajaí tem que permanecer municipal. Dos dezenove representantes, parte governo, parte oposição ao governo Lula, apenas os dois deputados do PT se negaram a fazer coro com a demanda mais importante da cidade e da região.
Absurdo
Os deputados federais vermelhinhos, Pedro Uczai e Ana Paula Lima, devem explicações ao povo de Itajaí. Deputados, por que jogar contra a cidade? Até agora, reinou a inércia e, infelizmente, a dupla joga contra Itajaí.
Descentralizar
As informações que chegam ao socadinho escriba, expressadas semana passada pelo bagrão do Ministério dos Portos na reunião do CAP, é que a política do governo federal é descentralizar aqui e nesse Brasilzão grandão.
Constrangem
A decisão de não gastar a tinta da caneta para nos apoiar, portanto, é uma baita de uma sacanagem com a cidade e com o próprio ministro, que acaba constrangido e constrangendo o governo federal num tema que deveria ser suprapartidário.
Entidades
Diversas entidades, dos patrões e dos empregados, se reuniram no final da tarde de terça na sede da Associação Empresarial, para deixar claro que a manutenção da autoridade portuária aqui é fundamental para continuarmos grandes.
Federalizar
Para todo mundo — menos a Ana Paula e o Pedro Uczai — tirar o comando daqui seria uma tragédia, porque todo o patrimônio do porto, parque do Atalaia, desapropriações e etc. iriam para o governo federal, e a decisão sobre qualquer coisa como terminais de passageiros, também.
Inércia
O que está em jogo é o que transformou Itajaí — uma cidade que estava quebrada lá pelos anos 1980, 1990 — na maior economia de Santa Catarina. Só isso. E a inércia, o desinteresse, a incompetência e a politicagem reinantes desde sempre estão jogando isso fora.
Desabafo
O prefeito eleito Robison Coelho (PL) faz o que tem que fazer: corre atrás. Mas, se todos não se unirem, fica difícil, impossível. E, claro, nem minha opinião, nem nada do que escrevo vai resolver alguma coisa. É só um desabafo. Antes que anoiteça.
Não!
O Conselho das Entidades de Itajaí tá fulo da vida com a possibilidade de retorno daquele bendito projeto que aumentava servidores nos gabinetes da piramidal casa do povo e até criava vale-alimentação para as amadas excelências excelentíssimas. O Conselho se posiciona contrário à possível apresentação do projeto que já deu pano pra manga, no passado.
Discutido com responsabilidade
“O aumento de despesas no Legislativo precisa ser discutido de forma responsável, priorizando a transparência e a eficiência na gestão pública”, destacou o empresário Bento Ferrari, futuro presidente do Conselho das Entidades.
Interesse público
Em nota, “O Conselho das Entidades reforça seu compromisso com a defesa do interesse público e pede que as lideranças do Legislativo promovam um amplo diálogo com a sociedade antes de tomar qualquer decisão que envolva aumento de despesas”. Voltarei ao tema.
Bomba
Um terrível míssil intercontinental pode atingir um futuro governo na região, por conta de um dos escolhidos como bagrão ter sido condenado por peculato. Será que o indicado pensou que deixando debaixo do tapete não iria feder? Ai, qui dor!
Peculato
Para quem não sabe o que é, peculato é um crime que consiste na apropriação ou desvio de bens públicos por um funcionário público, em benefício próprio ou de terceiros. Os línguas frouxas dizem que o processo está em segredo de justiça a pedido da defesa do condenado que adora falar dos outros, mas não olha o próprio rabo. Oh, Pai!
Pavan filho
Na casa do povo da Dubai city está na pauta o projeto de decreto legislativo do vereador ex-vampiro banguela e dublê de conde Drácula, Nilson Probst (MDB), que outorga ao senhor Leonel Júnior Pavan o título de “Cidadão Benemérito” de Balneário Camboriú. O Leonel Júnior é o filho do ex-tudo.
Puxa-saco?
Nos corredores da rádio Câmara não teve um que não falasse em “puxa-saquismo”, já que Nilson e os Pavans nunca se deram tão bem quanto outrora, digo, agora. Não digo que o empresário e filho do prefeito eleito da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, o ex-tudo Leonel Pavan, não mereça, mas que é puxa-saquismo, isso é.
Contrato de ouro ou um poço de problemas?
A prefa de Piçarras apostou alto: contratou um escritório de advocacia por R$ 1,08 milhão para brigar por royalties do petróleo. Tudo sem licitação e com uma cláusula “mágica” de remuneração baseada no sucesso das ações.
Brecou
O Tribunal de Contas do Estado da Santa & Bela Catarina suspendeu o jogo antes mesmo de começar. O relatório do tribunalão foi publicado na edição desta terça-feira, 3 de dezembro, do Diário Oficial do TCE.
Royalties ou riscos?
O contrato que deveria garantir mais dinheiro aos cofres do município trouxe mesmo foi um banho de água fria. A ausência de justificativas claras e a utilização de cláusulas controversas só aumentaram a temperatura na relação entre a prefeitura e o Tribunal de Contas do Estado. Parece que o TCE tá na cola da prefa por irregularidades com a licitação de Natal e de horas-máquina da secretaria de Obras. Trarei novidades em breve.
Gestão ou gincana?
Enquanto a prefa da ex-capital do jet ski deveria reforçar a equipe jurídica para lidar com processos comuns, preferiu terceirizar o trabalho com argumentos frágeis. A justificativa? “Não temos quem faça.” O tribunal questionou: “E o concurso público, cadê?”
A cláusula do ‘Se der certo’
Um ponto que chamou atenção foi a cláusula de remuneração quota litis, ou seja, o pagamento seria proporcional ao sucesso. Parece uma aposta em cassino: se ganhar, paga; se perder, problema da cidade. O TCE não quis bancar a roleta.
Sem preço, sem vergonha?
Outra falha gritante foi a falta de uma justificativa de preço. O município simplesmente não provou que o valor milionário estava alinhado ao mercado. O tribunal, com razão, perguntou: “Vocês fecharam o contrato a olho nu?” Caraca, que lambada do TCE, minha gente.
Servidor ou espectador?
Os servidores da Procuradoria municipal, que poderiam cuidar do caso, foram deixados no banco de reservas. Enquanto isso, a prefeitura abriu mão de reestruturar o time jurídico e preferiu contratar reforço caro e questionável.
Freio de arrumação
O tribunal suspendeu o contrato e pediu explicações ao prefeito Tiago Baltt (MDB), ao secretário de Administração e Gestão Interna, Márcio da Rosa, e ao vice-prefeito Fabiano José Alves. Agora, eles têm 30 dias para justificar o que não foi explicado antes.
Procuradoria ao resgate
Sem tempo para enrolar, o tribunalão mandou a Procuradoria assumir os processos de royalties imediatamente. Mesmo com a bagunça administrativa, a ordem é clara: salvar o que der para salvar, enquanto o contrato congelado espera julgamento.
O ‘buraco’ dos royalties
O contrato de R$ 1,08 milhão parecia uma solução brilhante, mas virou um buraco de preocupações. Com a suspensão, a prefeitura terá que avaliar os prejuízos causados pela própria falta de gestão. Um verdadeiro poço sem fundo de problemas.
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