JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Terrenão público, de graça, em Itajaí, também quero!
Terrenão público, de graça, em Itajaí, também quero!
Chegando a hora
Praticamente uma semana separa o incerto de quem efetivamente vai governar a city pexêra, a Dubai brasileira, Navega city e demais citys da região a partir de 1° de janeiro de 2025. Aqui pela city pexêra uma certeza: será um jovem nome, já que dos três principais candidatos dois estão na casa dos 40 e um na casa dos 20.
40 anos por 4
E por falar em 40, são 40 anos que se passaram desde a primeira barca do DIARINHO (publicada aqui esses dias) e apenas quatro prefeitos. Isso mostra que Itajaí não é de ousar, de arriscar, e que o eleitor nesse momento está decidindo provavelmente entre aquele que melhor fará uma transição sem sobressaltos para o futuro.
Campanhas
Talvez por isso os marqueteiros estejam tão receosos em partirem para ataques ou trazerem propostas megalomaníacas. Nem o túnel – que está perto de ser uma realidade – permeou o debate local, que ficou mais nas qualidades pessoais que cada um diz que tem.
Robison e Rubens
Aliás, a dupla do Partido Liberal (ou seriam seus puxas?) dia sim, dia não fica fula com esse pançudinho escriba, dizendo até que tenho lado e que bato demais com meus apelidos frutíferos. Quem comanda e tem dado o tom da campanha do Robison e Robin, digo, Rubens, é o boa praça Dolor da Silva, apelidado de Gabeira da direita. Pior que é bem parecido com o Gabeira ex-esquerda.
Não fica feliz
Outro que fica fulo, sopram os detratores, é o candidato do barbudinho Volnei (MDB), o Xoxodine, que não tem curtido muito a crítica. Mas vamos lá: o cara me bota o Marcelo Saldré, ops, Sodré (PDT) pra fazer vídeo de apoio, aí não dá, né?
Polarizou
Em uma semana tudo pode mudar, mas ou acontece algo muito novo ou a eleição deve ficar na oposição, entre Robison Coelho e Osmar Teixeira. O sentimento de mudança parece que impera, resta saber se o povão vai ser mais conservador ou progressista. Vamos acompanhar.
Preocupante
Circula nas redes sociais uma foto do candidato a vereador de Itajaí, Victor Nascimento (PL), que ostenta arma de fogo enfiada na cintura. A imagem teria sido feita no salão de festas do Clube Atiradores.
Lamentável
Acredito que a arma só poderia ser usada, digo, ostentada, ops, exibida (nada disso, ninguém precisa de arma aparecendo enfiada na calça), dentro das dependências do estande de tiro do clube Atiradores e não no salão de festas, durante um churrasco com consumo de bebida alcóolica. Algo pra lá de temerário.
Incorreto
Acredito que portar a arma, desse jeito, é totalmente incorreto e passível de penalidades do próprio clube. Afinal, fora do ambiente controlado, que seria a área de tiro, no meio de pessoas, ainda com o uso de bebida, supostamente no meu entendimento seria um crime.
Grana comendo tudo
O DIARINHO estampou na capa de ontem a notícia do lançamento de um shopping anexo à Marina Itajaí, que vai ser construído num terreno de mais de 30 mil metros quadrados que não existia. Ele é fruto do aterro de parte do Saco da Fazenda que foi dragado porque estava assoreado e tal. A promessa era de que neste terreno seria construída uma praça, se bem me recordo.
Cerca Lourenço
Também o projeto da Marina Itajaí veio com a promessa de que haveria nela área de acesso público, enfim, tudo mentira. O que se fez foi usar recurso público para criar, primeiro um baita terreno onde havia área de rio e, depois, ceder esse terreno para a iniciativa privada – até onde sei, sem nenhum ganho para o município. Porque ali nada é concessão. Ali foi, ao que me parece, tudo doação. Ou não? Se estou errado, me corrijam.
E o povo?
Ao povo, restou nada. Ou, como dizia o velho ditado, o povo ganhou o mesmo que Luzia atrás da horta. A prigunta que fica é a seguinte: numa das cidades com um dos metros quadrados mais caros do Brasil, quanto vale um terreno de mais de 30 mil metros quadrados no centro da cidade?
De graça...
A resposta a esta simples indagação é o valor do patrimônio público que foi dado à iniciativa privada de graça. De graça? Hummm… E não venham me dizer que sou contra o progresso, empreendimentos, empregos e etc. Uma coisa é uma coisa. Não confundam...
Atrás do Mercado
Outra. Naquele puta terrenão que tem atrás do Mercado Público de Itajaí, na beira do nosso valão maior, o rio Itajaí-Açu, havia uma empresa falida chamada, se não me engano, Comard ou coisa assim.
Congraçamento
Pois bem, o município tomou o terreno para si com a intenção de fazer ali uma grande área de lazer, uma grande praça de congraçamento do povo de Itajaí com o rio Itajaí-Açu. Tipo Puerto Madero. Do nada, aquilo ali virou a sede da Capitania dos Portos. Totalmente fechada ao público. Cedida gratuitamente à Marinha do Brasil.
Um parênteses
(A prefeitura de Itajaí, por várias vezes, que me lembro, tentou dar acesso público, inclusive acenando com benfeitorias e tal ao Farol de Cabeçudas, que fica no alto de um morro com uma vista maravilhosa, um ponto turístico deslumbrante, que está cercado pela Marinha do Brasil, que mantém um cara lá cuidando pra não deixar ninguém entrar. Marinha cagou pro pedido de Itajaí. Só pra relembrar. E viva as Forças Armadas!).
Fábrica de papel
Como está ficando comprida essa conversa, queria relembrar só mais dois casos, rapidamente. A Fábrica de Papel Itajaí estava para ser tombada quando a prefeitura derrubou, num fim de semana, o prédio histórico e liberou o terreno para a iniciativa privada. Aquele é um terreno privilegiado, no encontro dos rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim, que poderia ser um puta centro cultural, área de convivência e lazer, enfim, poderia... Agora é um local propício à criação de mosquitos da dengue enquanto seus futuros herdeiros e herdeiras, uma delas esposa do Robison Coelho, talvez futuro prefeito de Itajaí, não resolvem vender ou fazer alguma coisa lá, com altos lucros, naturalmente.
Pra terminar
Quando foram retirados os tanques de combustíveis que aterrorizaram o bairro Cordeiros por décadas, criou-se um espaço, também no encontro do Itajaí-Açu com o Itajaí-Mirim, do lado de Cordeiros, onde seria erguida uma grande praça complementar ao Parque Náutico Odílio Garcia. Mas virou um terminal comercial, um pequeno porto pertencente, se não me engano, aos Dalçoquios. Porra! Era público!
Assim até eu
O que quero dizer é que há um histórico em Itajaí de apropriação de áreas públicas para benefício privado como não vejo igual em nenhum outro lugar. Um tipo de “comunismo” ao reverso. Tirar do povo para dar aos ricos. Sei que não adianta nada falar. Tudo já foi consumado nas nossas barbas. Um conluio público-privado de várias administrações. Tudo na época foi denunciado e tal, mas nada impediu. A força da grana é foda.
Melhor pra viver
Agora, vêm esses candidatos a prefeito de Itajaí que estão por aí e ninguém fala disso. De tornar a cidade melhor pra viver. O contrário, querem liberar a construção de prédios na avenida Beira Rio, por exemplo.
Vai continuar?
Mais grana pra quem já tem muita, muita grana. O Robison Coelho (PL) é o que mais se manifesta nesse sentido, mas os outros também não fazem objeção, diga-se de passagem. O que significa dizer que o saque ao bem público em favor da riqueza de poucos, em Itajaí, vai continuar. Ou não? Ou estou errado?
Pra complementar
Há alguns anos, aqui, nesta mesma coluna, escrevi que as futuras gerações vão ter que derrubar o que foi edificado ao largo do Itajaí-Açu pra que possam ver o rio...
Dona Justa suspendeu
O prefeito da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, Elcio Bisturi Kuhnen (MDB), conseguiu na dona justa liminar pra suspender o decreto legislativo proferido na semana que se encerra, rejeitando suas contas do exercício de 2018.
Advogado conseguiu liminar
O juiz Guilherme Mazzuco Portela reconheceu de houve irregularidades de procedimentos e afronta a artigos da Lei Orgânica do Município. O magistrado aceitou a argumentação do advogado do prefeito, Marcelo Vrenna, que entrou com um mandado de segurança, sendo deferida a liminar que suspendeu os efeitos da votação na casa do povo de Camboriú, na semana que se encerra.
Só em 2025
Com a decisão do juiz Guilherme Mazzuco Portela, a decisão sobre as contas, digo, a votação sobre as contas do prefeito Elcio vai ficar pra próxima legislatura, ou seja, o crivo será das futuras excelências excelentíssimas.
Jackson e Jorginho
O diretor de comunicação do Crea-SC, engenheiro Jackson Jarzynski, encontrou-se com o governador Jorginho Mello (PL) durante o evento de despedida do jornalista Moacir Pereira do jornalismo diário, na Fiesc. Representando o presidente Kita Xavier, Jarzynski elogiou o trabalho do governador pelo desenvolvimento de Santa Catarina, que também incentiva a atuação dos profissionais do Crea-SC.
Capacitar
Ele destacou a parceria entre o Crea-SC e a Defesa Civil, que firmarão um termo de cooperação técnica nos próximos dias. Essa iniciativa inclui o conselho no Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) e permite o uso das plataformas de ensino da Defesa Civil e da Unicrea para capacitar engenheiros, agrônomos e geocientistas.
Parceria
Para Jarzynski, a parceria com a Defesa Civil é um marco importante entre as instituições, pois une expertises para garantir mais segurança e eficiência nas ações de prevenção e resposta a emergências em Santa Catarina. “A diversidade de competências do Crea-SC, com seus mais de 77 mil profissionais, está sempre à disposição do governo e da sociedade”, afirmou.