JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
O mal estar da Marejada
O cancelamento da maior festa do peixe do Brasil, a Marejada, continua causando estragos e rejeição aos vereadores, inclusive ao presidente da piramidal, Marcelo Werner (PSC)
Há 19 anos aqui
A coluna completa, nesta quarta-feira, 19 anos no DIARINHO, 22 anos no total, contando os três anos no Diário da Cidade, antes de vir pra cá, além de já ter trabalhado no DIARINHO de 1985 a 1990 com o saudoso véio Dalmo. Ou seja, em quase metade da minha vida estive ligado ao jornal mais lido do sul do mundo. Não é pouco, muito menos desimportante, acredito eu.
Então, cabe marcar
Aqui, ao longo desse tempo, foi dito o que se achava de diversos governos, o que se viu de suas atuações e do desempenho dos políticos do entorno, além de transmitida a versão dos próprios governantes sobre eles mesmos.
Janela
Ou seja, a coluna é um espaço múltiplo, democrático. Uma janela por onde o povo, que é no fundo quem deveria importar, pode espiar o que seus eleitos fazem, dizem, prometem, cumprem e não cumprem.
Espelho, espelho meu...
Então, aqui é uma espécie de vitrine, de espelho, do que rola e que alguns dizem ser distorcido, porque a imagem nem sempre é aquela que Narciso esperava, e, na política, há um império de Narcisos disputando os espelhos que lhes interessam... Mas vamos simplificar, que em comemorações de datas fico muito filosófico.
Tocar em frente
Errei muitas vezes, mas acho que acertei mais do que errei, fato que esses 19 anos comprovam. E no caso de erro sempre há espaço para revisão. Fica a dica. Agradeço ao jornal e a você, leitor, a confiança e a audiência nesses 19 anos contando o que rola nos bastidores da política do estado.
As vozes do além
E às fontes, as preciosas fontes, sem as quais quase nada, além do óbvio, haveria para ser dito. Elas não são as donas da verdade, geralmente de meias verdades, mas dão sempre tempero à coluna. Então, obrigado! E que venham outros 19 anos. Dito isso, vamos ao que interessa...
Torcendo o nariz
Dizem por aí que muita gente que tinha simpatia pela oposição pexêra está torcendo o nariz para os mimizentos(as) por conta do cancelamento da Marejada. Na guerra nas redes sociais, os argumentos da prefa estão fazendo mais efeito do que os gritos das Annas Carolinas nos corpos dos opositores do governo.
Carimbo de rejeição
Até o ex-comunista, presidente da piramidal casa do povo pexêra, Marcelo Werner (PSC), que contava com o carinho e simpatia desse povo, queridinho por muitos que juraram votar nele para o paço da Vila Operária, entrou na ala da rejeição. Ai, ai, ai, qui dor!
Depois de FO
Continuando a pré-análise dos que almejam a cadeira de prefeito da Dubai Brasileira, que este socadinho escriba iniciou na coluna passada, vou escrevinhar hoje sobre os pretendentes da oposição, a começar pelo deputado estadual mais sorridente do sul do mundo e ex-vice-prefeito de BC, Carlos Humberto, o sapatinho (PL).
Oposição?
Mas, ué? Como assim, oposição? O fato é que não se diz em voz alta, mas ninguém do grupo que apoia o prefeito pop star Fabrício Oliveira (New-PL) quer que o sapatinho seja candidato. Então é oposição. Ou não é? Ou estou errado? O fato é que ninguém topa o homem e diz-se que ele só teve apoio para ser deputado depois de prometer abrir mão de suas pretensões municipais. Hummm...
Rejeição
Analistas da Dubai Brasileira conjecturam que precisaria ser medida a rejeição de CH antes de tudo, já que, no entender dos entendidos, isso pesaria demais nas pretensões do dito cujo. CH segue lampeiro, intrépido, entretanto. Não está nem aí e não esconde suas pretensões.
Chute no próprio saco
E Carlos Humberto joga contra si mesmo, diga-se de passagem. Purexemplo: com o Ruth Cardoso passando o maior perrengue por falta de financiamento estadual, o sapatinho comemora recursos importantes que “trouxe” para o Hospital Marieta e para um Hospital de Brusque, e até para um hospital de Laguna... Hein?
Império contra-ataca
Também nas hostes oposicionistas, a vereadora de primeiro mandato e rainha da pretensão e da arrogância, Juliana Pavan (PSDB, por enquanto), se lança candidata, e não só isso. Quer o pai, o ex-tudo Leonel Pavan (PSDB, quase PSD), candidato a prefeito de Camboriú, numa dobradinha familiar inédita que não esconde a megalomania da família. É pracabá!
Sem filtro
Como uma Anna Carolina balnear, Juliana não tem filtro: usa qualquer coisa para criticar o governo do pop star, cria factoides, distorce os fatos, e, como vereadora, na função para a qual foi eleita, nada fez, a não ser berrar, reclamar de tudo. Os linguarudos de plantão lascam (oh, raça de infelizes!), que a Juliana, além de arrogante, é irascível, trata a pontapés seus próprios puxas. Ou seja: tal pai, tal filha.
Pra finalizar
Completando a horda de pretendentes oposicionistas, se lança pré-candidato o atual presidente da casa do povo da praia alagada, digo, alargada, David La Traíra, opa, La Barrica (Patriota), que deixou pra trás o prefeito pop star Fabrício Oliveira ao negociar com a oposição para se tornar presidente da câmara e agora posa de humilde seguidor dos preceitos fabricistas... Aí não dá, né?
Verdades políticas
Diz-se que a política adora a traição, mas não perdoa os traidores. Se isso for mesmo verdade (e a experiência me diz que é), a hipótese do prefeito pop star vir a apoiar quem o traiu no passado é zero. Então é esperar. Quem viver, verá...
Agora vai?
O relator e proponente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Respiradores, que deu o que falar em 2020, na leleia, o deputado estadual entisicado e bocudo Ivan Naatz (PL) comemorou a recente decisão do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) de, finalmente, ingressar com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra 14 pessoas.
MP em cima
O MP entrou com a ação pra cima de seis agentes públicos e oito da iniciativa privada pelos atos praticados na compra de 200 respiradores pulmonares por R$ 33 milhões em pagamento adiantado e até hoje não entregues ao governo do estado pela empresa responsável, a tal da Veigamed, cujo endereço encontrado na internet era de uma antiga casa de massagens no Rio de Janeiro.
CPI
Na época, entre os meses de maio e julho de 2020, foram realizadas investigações e ouvidos depoimentos dos envolvidos de forma simultânea pela CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa, e pela Operação O2 deflagrada pela força-tarefa composta pelo MPSC, Polícia Civil e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Devolver a bufunfa
No relatório final da CPI, foi apontada a responsabilidade de 14 pessoas, praticamente todos os mesmos nomes constantes na ação do Ministério Público que, agora, três anos depois, pretende o ressarcimento dos R$ 33 milhões aos cofres públicos.
Multa
Além de ter que ressarcir a grana, o pagamento de multa e indenização por danos morais e coletivos e suspensão dos direitos políticos de todos os envolvidos por 12 anos, e ainda as sanções de perda de cargo aos agentes públicos e proibição de contratar com o poder público por 12 anos aos integrantes do núcleo empresarial da fraude completam a pena.
Dever cumprido
“A sensação é de vitória e do dever cumprido até aqui no que tange a missão do parlamento”, afirmou Ivan Naatz, lembrando que o relatório final da CPI foi encaminhado justamente ao Ministério Público para as demais providências, além do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Secretaria de Estado da Administração.
Cobrando
O parlamentar liberal também observa que nestes últimos três anos vinha cobrando publicamente na Assembleia Legislativa o encaminhamento de ações para responsabilização dos culpados pela fraude.
Em nada
Até porque uma sindicância interna instalada pelo então governo do bombeiro Carlos Moisés (Republicanos), encerrada no ano passado, também havia dado em nada, sem nenhuma punição no caso dos servidores públicos envolvidos.
Ex-abobrões
No caso dos cargos de confiança envolvidos, entre os nomes do relatório final da CPI e agora desta ação civil pública do MP, constam os ex-secretários de Estado da Saúde do governo Moisés, André Motta Ribeiro e Helton de Souza Zeferino, além do chefe da Casa Civil, Douglas Borba. É claro que, via seus advogados, já anteciparam inocência e que não têm nada a ver com a responsabilidade no rolo.
A conferir
Agora é conferir quantos anos mais vai durar essa ação civil pública do Ministério Público, entre a possível aceitação pelo Judiciário e seu desfecho final, se houver, com as devidas sentenças, já comentam alguns bocudos de plantão nos bastidores políticos. Eitcha!