Lançado em 2014 como um filme independente, “Whishplash: Em Busca da Perfeição” chamou a atenção do público e da crítica especializada, tenho sido indicado em várias categorias nas principais premiações da indústria do cinema – venceu os Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Montagem e Melhor Mixagem de Som. Com direção de Damien Chazelle, que depois iria consolidar seu nome com produções como “Lalaland” e “Babylon”, o filme surgiu a partir de um curta metragem de 18 minutos, que obteve apoio do programa de longa-metragem do Instituto Sundance para ser estendido. O longa está disponível na Star+, na Paramount+ e na Amazon Prime Video.

“Whishplash” conta a história do jovem baterista Andrew Neyman (Milles Teller), cujo sonho é se tornar o melhor de sua geração e virar uma referência na música americana, assim como o seu ídolo Buddy Rich. Dedicado e comprometido com os estudos, o jovem consegue fazer parte da banda de jazz do maestro Terence Fletcher (J.K. Simmons), que acontece dentro do conservatório de música em que estuda. Nessa trajetória, o menino abdica de tudo para treinar bateria, vendo pouco a família – apenas encontros ocasionais – e até desistindo de relacionamentos amorosos quando acha que eles podem atrapalhar os seus estudos.

Ao mesmo tempo, o instrutor Fletcher é o tipo de professor cruel que acredita que a chave para extrair o melhor de seus alunos é esgotá-los ao máximo, implicando de verdadeiras torturas verbais e até agressões físicas para isso. Se, por acaso, algum aluno não conseguir lidar com tudo isso, Fletcher encara como uma fraqueza exclusiva do pupilo, que não é bom o suficiente. Nesse contexto, Andrew surge como uma figura confrontadora que, apesar de querer atender as expectativas do maestro, não aceitará calado nem sofrerá nem verá os exageros pelo qual ele e seus colegas de banda são submetidos.