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Por Via Streaming -
“Pinóquio” ganha versão mais sombria
Um dos contos infantis mais famosos, “Pinóquio” ganhou popularidade com os filmes feitos pela Disney – tendo a sua primeira animação sido lançada em 1940. Porém, assim como outras histórias que foram adaptadas pela empresa – como “Cinderela”, “Branca de Neve” e “Rapunzel” – muito do que era retratado no romance original foi filtrado, uma vez que eles possuíam um tom muito mais obscuro do que se é apropriado para uma obra infantil. Mesmo assim, ao longo dos anos diversas foram as tentativas de revisitar a história do boneco de madeira que ganhava vida. E, em 2022, foi a vez do premiado diretor Guillermo Del Toro.
Apostando em uma animação em stop motion (quadro a quadro), o cineasta tinha como pretensão dar uma nova perspectiva mais politizada para a história. Para isso, transporta os personagens para Itália dos anos 1930, em plena Segunda Guerra Mundial e auge do governo fascista. Nesse contexto, Gepetto é um senhor de idade que, apesar de já ter sido um artista respeitado, hoje é um alcoólatra que vive preso em sua própria tristeza, fruto da perda precoce de seu filho, que morreu vítima de um bombardeio militar que aconteceu na cidade onde moravam.
Sem conseguir seguir em frente, o artista decide construir um boneco de madeira, com uma forma similar a de um menino. Com a intervenção da Fada da Floresta, a criação de Gepetto ganha vida, mas isso não irá deixar o homem feliz. Na verdade, o personagem trata Pinóquio como uma força demoníaca, um estranho que invade sua casa. Por medo de ser acusado de bruxaria, Gepetto se sente na obrigação de esconder Pinóquio do mundo. No entanto, uma hora a cidade descobre e o boneco terá que frequentar a escola. A partir daí, os dois irão se envolver em várias aventuras. O filme, que conseguiu arrematar o Oscar de Melhor Animação na edição de 2023, está disponível na Netflix.