Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Do céu ao inferno
O Marcílio Dias teve uma atuação vergonhosa na noite de sábado e foi derrotado por 3 a 1 pelo Barra em pleno Gigantão das Avenidas. Com uma partida perfeita do Pescador, o Marinheiro escapou de levar uma goleada histórica dentro do seu próprio estádio, que no dia servia de mando de campo do adversário. A expectativa era que o Marcílio Dias repetisse o grande jogo que fez contra a Chapecoense, pela Copa do Brasil, mas o que se viu em campo foi totalmente ao contrário. Apenas o Barra encarou o jogo como a decisão que era. Entrou focado e determinado desde o primeiro minuto, fez o gol e continuou pressionando o Marcílio. Do outro lado, o Marinheiro foi apático, sem raça, assistiu ao adversário controlar o jogo. Não fosse a grande atuação do goleiro Rafael Pin, o Marinheiro iria para o intervalo perdendo por três ou quatro gols. Ainda teve uma sobrevida com um pênalti nos acréscimos da etapa inicial. Com o 1 a 1 no placar, a expectativa era que o Marcílio acordasse no segundo tempo e tivesse uma postura diferente. Nada mudou. O Barra continuou melhor, fez o segundo e uma falha geral do sistema defensivo do rubro-anil e matou o jogo nos acréscimos. O jogo era uma “final” para os dois times, porque encaminhava uma classificação para a próxima fase e possivelmente para a série D de 2024. Ganhou quem mereceu, e o Barra está muito perto de ter uma vaga no Brasileiro, fato inédito para a sua curta história. Já o Marcílio, pela noite apática dos seus jogadores dentro de campo, faz contas contra o rebaixamento, já que entrou na zona do descenso a duas rodadas do fim.
Momento de união
O fantasma do rebaixamento volta a assustar o Marcílio Dias depois de quatro temporadas “tranquilas” na série A do Catarinense e o momento é de união total para o salvar o clube da queda. No sábado, às 19h, o Marinheiro recebe o Concórdia em um confronto direto. Uma vitória praticamente livra o Marcílio do risco de queda, enquanto uma derrota deixa o rubro-anil à beira da segunda divisão no próximo ano. Torcedores, imprensa, diretoria, comissão técnica, jogadores, e a cidade de Itajaí como um todo, precisam entender a importância desse jogo. Teremos meses para apontar erros, diagnosticar o que fez com que o Marcílio tivesse uma campanha tão pífia no Catarinense deste ano, mas não nesta semana. O trabalho administrativo da diretoria é louvável, mas com o seu principal produto, o futebol, fora da elite do futebol estadual e sem calendário nacional no ano que vem, o crescimento do clube sofrerá um grande revés. Não podemos deixar que isso aconteça.