Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Erro de estratégia
O Marcílio Dias fez na quarta-feira, em Florianópolis, contra o Figueirense, a sua melhor partida no campeonato. Parou em uma noite inspirada do goleiro adversário, e acabou penalizado pelo azar do zagueiro Everton, que fez um gol contra e abriu o caminho da vitória alvinegra. O time sentiu falta de Julinho, volante poupado por questões físicas, que voltou a equipe em Chapecó, na noite de domingo. Julinho era a peça que faltava para o Marcílio fazer uma atuação ainda melhor contra a Chapecoense, mas Rogério Corrêa, técnico da equipe, não pensou assim. Além da volta de Julinho, promoveu mais quatro mudanças, tirou jogadores titulares e colocou reservas, sem o mesmo ritmo e qualidade técnica. O resultado: 3 a 0 para a Chape. A justificativa após o jogo para tantas mudanças foi o desgaste físico dos jogadores, mas outras equipes do nível do Marinheiro não adotaram a mesma estratégia. Pelo contrário, faltando cinco rodadas para o término da primeira fase, a preocupação maior é com resultados e atingir a pontuação de classificação, já que os atletas chegaram a ter 10 dias sem jogos na semana anterior. Com um time sem conjunto, o Marcílio foi presa fácil para um adversário ainda em formação, que deu ao Marinheiro espaços para chegar ao gol, mas que por falta de atacantes de qualidade, não soube aproveitar. O saldo da rodada foi extremamente negativo para o Marcílio, que está na zona de rebaixamento e terá duas pedreiras pela frente: Brusque pelo Catarinense e Chapecoense pela Copa do Brasil. A reação precisa começar já no sábado, contra um rival local, mas em casa, com o apoio do torcedor.
Divisão de responsabilidades
A campanha do Marcílio não é uma das piores do Catarinense à toa. Tirando o Atlético Catarinense, pior time disparado da competição, o Marinheiro tem a pior defesa e o pior ataque em sete rodadas. Foram só quatro gols marcados e nove sofridos, muitos por erros individuais. Mas é preciso dividir as responsabilidades da campanha ruim. Os jogadores têm errado em lances capitais, mas o comando técnico também cometeu erros decisivos nas derrotas da equipe, que já são quatro em sete jogos. O elenco também expôs falhas graves na montagem, principalmente no setor ofensivo. Não foi por falta de aviso. Além da decepcionante atuação de Rodrigo Pimpão até agora, era nítido antes do campeonato de que o ataque do Marcílio era muito limitado de qualidade.