O Marcílio Dias foi campeão da Copa Santa Catarina de forma indiscutível, fazendo uma campanha superior aos adversários, com apenas uma derrota e uma festa incrível de sua torcida na grande final. Os cerca de seis mil torcedores que foram ao Gigantão das Avenidas no último domingo viram o Marinheiro abrir 2 a 0 contra o Hercílio Luz, um time difícil de ser batido, que ainda conseguiu descontar no final, deixando o placar em 2 a 1. Mesmo com alguns desfalques importantes, o Marcílio mostrou a força do seu elenco, com jogadores como Nando e João Carlos, que não são titulares absolutos do time, fazendo os gols decisivos. O elenco é forte porque o trabalho realizado pelo superintendente de futebol Diego Cope foi muito bem feito. Em pouco tempo de clube, ele conseguiu identificar o perfil de atleta ideal para o Marcílio, trouxe muitos jogadores de sua confiança, que também entenderam o espírito que é vestir essa camisa rubro-anil. Faltava uma peça para ajustar a equipe na primeira fase e Cope foi muito feliz quando chamou outro nome de sua confiança, Rogério Corrêa, para ser o treinador. Corrêa organizou a equipe e, principalmente, potencializou o que cada atleta tinha para contribuir com a equipe. Aos poucos foi dando espaço para todos mostrarem seu futebol, até chegar na formação ideal para os jogos decisivos. Corrêa mereceu o título junto com toda a sua comissão técnica e fez por merecer também a permanência no clube, para contribuir com projeto da equipe em 2023, que é brigar pelas primeiras posições do Catarinense e também avançar fases na Copa do Brasil.

Coroou um trabalho

Algumas vezes nos últimos anos o Marcílio vinha batendo na trave, fazendo boas campanhas, chegando em final e jogo de acesso nacional, mas ainda faltava algo para subir de patamar. A conquista da Copa Santa Catarina vem pra ser essa virada de chave no momento do clube. Esse trabalho vem sendo construído desde 2016, quando um grupo de torcedores deu início a uma grande restruturação do Marcílio, então abandonado na segunda divisão estadual. Todos que fizeram parte desse processo, capitaneados pelos presidentes Lucas Brunet e agora Hercílio de Mello, mereciam muito essa taça, a vaga na Copa do Brasil, e o retorno financeiro que isso trás para o clube. Entre erros e acertos, o que é inerente do futebol, fizeram de tudo para não deixar o Marcílio acabar e podem sonhar com coisas maiores daqui pra frente. Esse trabalho de retomada também só foi possível porque o Marcílio tem uma torcida apaixonada, que carrega esse clube nos braços, na força do canto da arquibancada, dentro e fora de casa. Essa torcida também merecia esse domingo de festa no Gigantão, com casa cheia, com vitória e com título. Que mais conquistas venham e que a cidade de Itajaí e toda a região voltem a enxergar a importância e o tamanho gigante desse clube. É o momento de juntarmos forças para fazer o Marinheiro ainda maior a partir de 2023.