Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Marinheiros guerreiros
O Marcílio Dias viveu uma verdadeira batalha em campo neste domingo, contra o Hercílio Luz, em Tubarão, e voltou pra casa com motivos para comemorar o empate em 0 a 0 pelo primeiro jogo da final da Copa Santa Catarina. Com um jogador a menos desde os 15 minutos do primeiro tempo, quando Luiz Fernando foi expulso acertadamente após dar uma cotovelada no adversário, o Marinheiro teve que mudar a estratégia. Rogério Corrêa rapidamente posicionou a equipe com duas linhas de quatro na defensiva e anulou o Hercílio Luz durante boa parte do jogo. Essa estratégia só deu certo porque o grupo de jogadores do Marcílio foi muito guerreiro. Após um primeiro tempo em que o Marcílio criou as melhores chances do jogo, na etapa final a perna pesou, o adversário aumentou a pressão, a chuva veio e deixou o campo mais pesado. O Marcílio se manteve firme, os jogadores que entraram no segundo tempo mantiveram o ritmo e o Marinheiro suportou até o fim, com direito a pênalti defendido por Rafael Pin e polêmica de arbitragem, que foram um capítulo à parte do jogo. A torcida teve um papel fundamental, lotando o setor visitante, enfrentando a chuva e cantando mais alto que a torcida do time da casa. O título ainda está em aberto e o jogo da volta será muito difícil como foi o de ida. No próximo domingo, em Itajaí, o Marcílio Dias terá desfalques importantes, mas se manter a garra e a determinação, aliado ao Gigantão das Avenidas lotado, as chances são grandes desta conquista ficar em Itajaí.
Lamentável
Luiz Silveira Tisne fazia uma arbitragem muito correta até os 42 minutos do segundo tempo. Expulsou Luiz Fernando, do Marcílio Dias, de forma justa, mas desandou ao anotar um pênalti inexistente para o Hercílio Luz nos minutos finais do jogo. O zagueiro Maurício, do Marcílio, é puxado dentro da área, sofre a falta e na sequência segura a camisa do adversário. O atleta do time de Tubarão se joga no chão, de joelhos dobrados, nitidamente cavando a penalidade. Tisne e o assistente Alexandre Lodetti, que está ao seu lado, mandam o jogo seguir, mas segundos depois mudam de opinião e o pênalti é marcado. Ninguém entendeu a marcação, e há muitas dúvidas sobre de onde veio a ordem para assinalar a penalidade. Uma fonte que estava no gramado disse que até mesmo o assistente do outro lado do campo pode ter interferido junto do quarto árbitro para o pênalti ser marcado. Lamentável que isso ocorra em uma final de campeonato tão importante, que vale vaga na Copa do Brasil. E pior: Tisne distribuiu cartões vermelhos: tirou Rafael Silva e Rocha do jogo da volta por se exaltarem com a marcação. Tirou ainda Maurício da decisão em Itajaí com o terceiro amarelo, logo o jogador que sofreu a falta, e que não cometeu o pênalti.