Acabou! O período das Convenções partidárias acabou! Passando por tantas etapas, os Partidos Políticos realizaram as Primárias, ou as junções, arranjos, composições, alinhamentos de interesses e possibilidades. Cada qual com seu capital político e eleitoral potencial, são lançados em um campo de forças para, olhando para o umbigo e para o Caixa Eleitoral, realizarem os “compromissos” de cargos e vagas e vantagens possíveis.
Agora os Candidatos estão alinhados e os Partidos “ajustados”. Foi um estágio de demonstração das fraquezas dos candidatos, tempo de difícil composição. E há um prato a maiss para degustar: os Partidos Políticos são “organizações particulares” financiadas com recursos públicos. O dinheiro antes de pagamento de impostos [públicos] agora tem dono, tornara-se particular, de finalidades privativas e com gestão “pessoal”. O exercício da democracia [ao menos as estruturas] requer dinheiro, mas precisa ter limites republicanos. E não os temos! O interesse é privado e particular.
Para a junção dos Partidos e a efetivação dos apoios, de nada se soube sobre Programas de Governo, Planos de Desenvolvimento Econômico ao país, preocupações com Política Educacional, Planejamentos sobre Segurança Pública, indicação de Reforma Tributária e Reforma Política ou de Estado [respiradas na Eterna eternidade]. As dificuldades para “acordos” partidários de interesses eleitorais foram intensas, desgastantes, com movimentos imprecisos e decididos, em parte, pelo tempo das regras e leis. Candidatos que, aclamados em convenções, não tiveram apoio do próprio partido.
Aclamados, formados os grupos de “amigos”, as declarações passarão por dois caminhos: “Somos Fortes” e “Eleitor, O Supremo”. Diante de nós será apresentada uma enorme mudança de comportamento e até vai parecer que agora temos as coisas e os “coisos” organizados. Cada grupo se postará como forte e altivo, nos dirá que a vida será melhor se “eles” venceram as eleições posto que são de qualidades superiores e que os amigos do lado de cá são melhores do que os adversários do lado de lá. Amigos e lados forjados às pressas e com muitas dificuldades de interesses.
Demonstradas as qualidades dos candidatos e de seus apoiadores, o eleitor se torna, de súbito, como um soluço, inevitável [porque vota] e supremo [porque é o decisor]. Os encantos encaminhados ao eleitor [você! Você mesmo!!] serão dignos de milagres e magias, mentiras e disfarces, enganos e dotes de esperanças vazias. Os candidatos, por todos os seus movimentos, farão declarações sobre a importância do eleitor, do poder que agora, de súbito, como um soluço, é objeto de amor e apego! Até antes, a “pessoa eleitor” era apenas um caminhante na vida, uma pessoa; agora, na magia das graças da esperança, é mais eleitor do que pessoa.
O período de adoração ao eleitor é curto, embora intenso! É provável que o eleitor [você! Você mesmo!!] sinta-se poderoso, bajulado, “fortalecido”, vaidoso e, até mesmo, arrogante. Em seu íntimo declare: “Eu, o Eleitor! O completo poderoso!” Veja que este é o único momento em que o político vem lhe pedir algo: o voto que é seu e somente seu. A tradução do “idioma político” é: “Dá-me o que te pertence, dá-me o teu voto! E se muitos assim o fizerem eu serei forte!”
O voto, depois de entregue ao “humilde pedinte e protetor do futuro”, transferido ao candidato, determina o fim político do eleitor, mero votante. Eleitor, cujo poder tem data para acabar!