Nos anos 90, o mundo entrou em choque com o assassinato de Maurizio Gucci, chefe da grife de moda italiana que levava o seu sobrenome, morto com quatro a tiros na escadaria de seu escritório. O crime foi encomendado pela sua ex-esposa Patrizia Reggiani, socialite com a qual havia se casado nos anos 1970, com seus 24 anos. Tal acontecimento foi tão impactante que deu origem ao livro “Casa Gucci”, lançado em 2008 pela escritora e jornalista americana Sara Gay Forden, que foi adaptado recentemente (2021) para as telas do cinema por Ridley Scott e teve como estrelas Lady Gaga, Adam Driver e Al Pacino.

Ambientado na Itália, o filme de quase duas horas e meia de duração aborda, praticamente, três décadas da história da família Gucci, indo desde o encontro fatídico entre Maurizio e Patrizia, o nascimento das duas filhas, o casamento conturbado, o terrível assassinato e a condenação da mesma, que foi sentenciada à prisão por 29 anos. Ao longo da narrativa, é possível perceber a rede de mentiras e esquemas que rodeiam a família e a influência de Patrizia na ascensão de Maurizio na empresa. Porém, com o casamento acabado e se sentindo ameaçada, a protagonista trama a morte do ex-marido.

Para isso, irá contratar um assassino de aluguel – tendo pagado mais de 365 mil euros – e envolver outras 3 pessoas, incluindo uma terapeuta e sua melhor amiga. Ao mesmo tempo em que o crime é contado, o diretor busca mostrar o declínio da empresa – e da família – nos negócios do mundo da moda, evidenciando os gastos em excesso e a falta de comprometimento com o trabalho da maior parte de seus herdeiros. Uma história de amor, traição e muita ganância, “Casa Gucci” não agradou muito aos membros da família da qual se inspira – o que é muito comum em filmes biográficos. Mesmo assim se encontra disponível na íntegra na Amazon Prime Video e no YouTube.