Colunas


Verdes e cinzas


No período de conversas sobre meio ambiente, sempre, na primeira semana do mês de junho, as empolgações se reservam a militantes. O mundo das esquinas urbanas está de lado para as questões ambientais e ecológicas. Sem interesse, sem constrangimentos, sem versões sobre o mundo futuro. A velocidade de hoje consome o tempo de viver, de ser, de agir. Nos anos de 1980, os ritmos eram outros.

Questões ecológicas apareceram como importantes pela capacidade de destruição dos humanos sobre o planeta Terra, um complexo vivo e capaz de adoecer. As toneladas de bombas nucleares fizeram do homem um ser acima de si mesmo, ilimitado porque capaz de se destruir. Não caberia mais ser o dominador da natureza e da ecologia, um ser no ápice da pirâmide dos seres. Chegara a hora de o homem dominar a si mesmo, seus impulsos, suas vontades, sua arrogância, suas vaidades múltiplas, seu egoísmo de espécie e de ser [ôntico].

Movimentos ambientais e ecológicos surgiram em muitos países, os indígenas se voltaram como exemplos de vida contida e equilibrada e estudados sem limites. Políticas foram desenhadas, plotadas, estimuladas e áreas inteiras foram oficialmente defendidas como Reservas Biológicas, APAs [Área de Proteção Ambiental], Unidades de Conservação. Reduzir, Reusar e Reciclar flutuavam no ar como ordem do dia e os “lixos” foram separados. Catadores estavam nas ruas. A estrutura política foi recondicionada com Secretarias e Ministérios do Meio Ambiente em várias versões e a pesquisa científica institucionalizou setores ambientais de conhecimentos.

Uma versão mais segura para a vida foi projetada, com menor potencial destrutivo, com menos potencialidade de gerar doenças, com comportamentos para reduzir a poluição de terras, águas ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Questões ecológicas apareceram como importantes pela capacidade de destruição dos humanos sobre o planeta Terra, um complexo vivo e capaz de adoecer. As toneladas de bombas nucleares fizeram do homem um ser acima de si mesmo, ilimitado porque capaz de se destruir. Não caberia mais ser o dominador da natureza e da ecologia, um ser no ápice da pirâmide dos seres. Chegara a hora de o homem dominar a si mesmo, seus impulsos, suas vontades, sua arrogância, suas vaidades múltiplas, seu egoísmo de espécie e de ser [ôntico].

Movimentos ambientais e ecológicos surgiram em muitos países, os indígenas se voltaram como exemplos de vida contida e equilibrada e estudados sem limites. Políticas foram desenhadas, plotadas, estimuladas e áreas inteiras foram oficialmente defendidas como Reservas Biológicas, APAs [Área de Proteção Ambiental], Unidades de Conservação. Reduzir, Reusar e Reciclar flutuavam no ar como ordem do dia e os “lixos” foram separados. Catadores estavam nas ruas. A estrutura política foi recondicionada com Secretarias e Ministérios do Meio Ambiente em várias versões e a pesquisa científica institucionalizou setores ambientais de conhecimentos.

Uma versão mais segura para a vida foi projetada, com menor potencial destrutivo, com menos potencialidade de gerar doenças, com comportamentos para reduzir a poluição de terras, águas e ares. O ecologismo estimulou as lutas políticas [Greenpeace, por exemplo] e o ambientalismo, as práticas “verdes” [Projeto Tamar e SOS Mata Atlântica]. O tempo da vida era visto como a passagem da dominação da natureza para a reconciliação com as vidas. Havia esperança, havia tempo!

Em retrospectiva, o espelho revela os esforços e os efeitos. O tempo de vida está contido na velocidade de hoje, na dilatação virtual, nos ídolos “influencers digitais” [do latim digitu, dedo], na autonomia isolacionista. Cada vez mais conectados, cada um no escuro do quarto celebrado pela luz dos monitores de acesso ao mundo, já não há mais a reconciliação necessária: cada um, cada um.

A reconciliação, a reconexão com maneiras mais simples de viver e de ser exigem a diminuição da escala de poder humano. Os ciclos das águas, os ciclos da vida estão a cobrar de nós os passos marcados nos caminhos outrora virtuosos. Frios intensos e calores escaldantes traduzem efeitos, cujas causas têm nossas digitais num mundo concreto.

Pensar num mundo para o futuro, talvez, seja muito difícil, porque é difícil viver na velocidade do dia de hoje. A ideologia não é uma causa para lutar por uma sociedade desejada, mas, ainda, serve para custear a hora seguinte, o poder de agora, a vontade insuspeita do personalismo. O humano já não se defende no mundo, não pode defender o mundo, e corre em círculos com o ponteiro do relógio, em ambição sangrenta. O ponteiro se movimenta sem saber o que faz!


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

Você topa encarar a subida da Super Gyro Tower pra ver Balneário Camboriú por outro ângulo?



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Vítimas esperam indenizações enquanto sócios vivem em imóvel de R$5 milhões

Caso Backer

Vítimas esperam indenizações enquanto sócios vivem em imóvel de R$5 milhões

EUA gastaram milhões para cooptar PF há 20 anos; processo não foi julgado

POLÍCIA FEDERAL

EUA gastaram milhões para cooptar PF há 20 anos; processo não foi julgado

Após avanço no STF sobre reajuste, idosos podem ter derrota para planos de saúde na Câmara

SAÚDE

Após avanço no STF sobre reajuste, idosos podem ter derrota para planos de saúde na Câmara

Vítimas de nudes com IA sofrem em limbo digital enquanto sites lucram: “Me senti abusada”

PERIGO DA IA

Vítimas de nudes com IA sofrem em limbo digital enquanto sites lucram: “Me senti abusada”

Cidades mineiras se preparam para exploração de enorme jazida de terras raras

EXPLORAÇÃO

Cidades mineiras se preparam para exploração de enorme jazida de terras raras



Colunistas

Amapá x Pará

Coluna Esplanada

Amapá x Pará

Visita para fechar a chapa

Coluna Acontece SC

Visita para fechar a chapa

Petrobras reduz preço da gasolina

Charge do Dia

Petrobras reduz preço da gasolina

Quando o corpo adoece, a alma também precisa de cuidado

Ideal Mente

Quando o corpo adoece, a alma também precisa de cuidado

Vereadora quer acabar novamente com fogos barulhentos

JotaCê

Vereadora quer acabar novamente com fogos barulhentos




Blogs

Chega de barulho e poluição

Blog do Magru

Chega de barulho e poluição

Desparasitar

Blog da Ale Françoise

Desparasitar

Conexão Suécia

Blog do JC

Conexão Suécia

Super Gyro

Blog da Jackie

Super Gyro

🌸 Outubro Rosa: o papel da vitamina D na luta contra o câncer de mama

Espaço Saúde

🌸 Outubro Rosa: o papel da vitamina D na luta contra o câncer de mama






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.