Para alguns candidatos, em virtude de sua já excessiva exposição, aparentemente, quanto mais aparecer nas redes sociais, por ele mesmo, pior seria. Isso remontaria a busca de seu passado recente nada promissor. Do outro lado do espelho, pré-candidato de posse do governo, lhe serve como referência. Ao mesmo tempo, quanto menos aparecer pior porque deixa que os outros lhe pintem a imagem com tintas fortes, contornos imprecisos, luzes deformadas, traços ruidosos... Não seria Monalisa...
Para o pré-candidato de posse do governo, dono da cadeira onde assenta seu corpo sem nenhum leixo, cuidado, atitude republicana ou comportamento democrático, aparentemente, quanto mais aparecer melhor. Só que aparece demais, sem controle coordenado, tem resultado em erupções de riscos, sem controle sobre os efeitos-limites. Quando o pré-candidato abre a boca, todos ficam sob alerta dos impropérios, mentiras, desfaçatez.... Tem feito a pauta dos jornais especialmente pelas besteiras sem limites e ignorâncias sem colossos... deformações e mentiras sobre fatos e ocorrências... É sempre um perigo falar mais do que um minuto...
Um contra o outro formam o maná político-eleitoral. O dia seguinte nunca existe em seus contornos discursivos. Somente o passado a rondar a vida de hoje como perigos, riscos, inseguranças, fantasmas e rangidos de dentes, arrastar de correntes. Já viveu das migalhas do baixo clero, acusado de desvios sobre funcionários e condutas de dutos; outro ficou envergonhado pelas acusações, acuado pelas decisões judiciais, retomado pelas reviravoltas que destituem o equilíbrio estomacal.
De um lado, como candidato a presidente, furou os olhos do centrão, atuou como outsider [fora da política tradicional – sic], pareceu revoltoso contra a corrupção. Depois criou sigilos centenários sobre fatos públicos ainda que em condição republicana, fraturou o intestino com frutos do mar, criticou o mundo político do qual sempre fora grileiro. Vacinas, jacarés, Butantan e China, Cartão Corporativo e soberbas, geram fanáticos armados.
Os líderes nas pesquisas de intenção de voto para Presidente dão sinais de fumaça para seguidores fanáticos que esquecem suas próprias cabeças, iludidos e assentados por descontroles e escorregões diários. No sangue derramado de um e de outro, derramam no chão a esperança que a política poderia trazer. Na política de escanteio, o futuro só poderá existir com a derrota do adversário. Triste é observar que nas filas para votar, o dia seguinte só virá com o susto da segunda-feira pós-eleitoral.
O voto de cada um é uma consequência coletiva, para todos. Votar é um ato pessoal, com efeitos para todos. Você é “dono” do seu voto, mas não é “dono” dos efeitos do seu voto. É necessário mais do que eleições para mudar a política brasileira!