Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Fim da temporada
O Marcílio Dias encerrou, de forma melancólica, a temporada ao empatar, em 0 a 0, com o Figueirense pelo jogo de volta da semifinal da Copa Santa Catarina. Mesmo precisando vencer por dois gols de diferença, o Marinheiro foi apático em campo e pouco fez para sequer abrir o placar. Aliás, o rubro-anil enfrentou um dos piores times da história centenária do Figueirense e não foi capaz de marcar um gol no alvinegro em quatro partidas no ano (três pela Copa SC; e uma pelo Catarinense). Depois de ser derrotado por 1 a 0 em casa, o Marinheiro foi pra Floripa precisando marcar gols, mas repetiu o mesmo ataque ineficiente na escalação inicial. Palacios não é centroavante, não participa do jogo, quando está nessa função, mas continuou sendo o titular da posição até a metade do segundo tempo. Klenisson ainda não conseguiu se adaptar ao estilo de jogo em Santa Catarina, mas continuou sendo titular e sem produzir para a equipe. No banco de reservas, o Marcílio tinha um centroavante de ofício (Rafael Carioca) e outra opção para a ponta direita (Michel Potiguar), mas o treinador do Marinheiro seguiu apostando no que não estava sendo certo. Ambos entraram apenas no segundo tempo, mas, a essa altura, o Marinheiro já estava entregue no jogo, porque perdeu o meio de campo com a saída de Moisés para empilhar atacantes na frente. O Figueirense se contentou em apenas se defender e foi incompetente na hora de matar o jogo nos contra-ataques.
Reestruturação
Embora tenha sido mais uma temporada frustrante para o torcedor, pela falta de um título, o Marcílio Dias encerra o ano com o calendário garantido para 2022. Dos males, o menor. O clube passa por um momento de reestruturação no seu departamento de futebol e precisa mudar muita coisa para o próximo ano, principalmente, na comissão técnica e no elenco. A hora de mudar é agora, porque, se continuar dessa forma, o risco de rebaixamento no estadual é real. Com a saída de Marco Gama, no fim do Catarinense, Gelson Silva assumiu o departamento de futebol, herdando um elenco cheio de problemas, mas com o clube sem condições de fazer mais contratações. Na Copa SC, alguns reforços vieram, mas o elenco ainda se mostrou limitado tecnicamente. Agora, com a maioria dos contratos se encerrando em dezembro, Gelson poderá finalmente montar o elenco dentro do seu conceito de futebol. A saída de Paulo Foiani, embora não confirmada até o fechamento desta coluna, é eminente também pelo que se sente nos bastidores. O técnico assumiu na série D e conseguiu dar um padrão tático que faltava na competição nacional, mas parou por aí. Em vários momentos da Copinha, mostrou que ainda não está preparado para tomar decisões assertivas à beira do campo em um clube com a cobrança e a pressão que cercam o Marcílio Dias.