Interesses?
Os portuários lascaram que os três nomes citados e mais alguns outros poucos que se posicionaram pela privatização total sempre trabalharam juntos politicamente, são oposição ao atual governo municipal, e estiveram à frente do terminal peixeiro quando Itajaí sofreu com o cais vazio, enquanto Navegantes vivia cheio.
Bocudos
Nos bastidores, dizem até que alguns nomes fortes do mesmo grupo político tinham negócios no porto do outro lado da vala e não pensaram duas vezes em acabar com o coração econômico de Itajaí em benefício próprio. Arreda, cambada de fofoqueiro!
Cargos
Os mesmos portuários, puteados da vida, lembram que os cargos ligados à superintendência do porto têm diminuído sensivelmente ao longo dos anos. Hoje, são cerca de 100, bem menos do que quando Ayres e Pissetti faziam parte do governo da época, quando eram mais de 300 pessoas. Além disso, existe projeto pra diminuir ainda mais esses números pra cerca de 30 funcionários, caso seja mantida pelo governo federal a autoridade portuária pública municipal.
Operação toda privada
O que pedem pra deixar claro é que, mesmo com a autoridade portuária municipal, a operação do porto de Itajaí será 100% privada, sem nenhuma interferência, ampliada para todos os quatro berços – hoje são apenas dois. O fato fará com que os números do terminal, que já bate sucessíveis recordes, aumentem ainda mais.
Concorrência justa
A autoridade municipal não terá interferência alguma na operação privada, como não tem hoje com a APM Terminals, mas seria fundamental pra garantir viabilidade de novos negócios e uma concorrência justa do porto organizado com os demais terminais e empresas instaladas ao longo do nosso Itajaí-açu.
Umbigo
Já imaginou uma empresa privada, neste caso a vencedora do leilão que vai tocar o porto de Itajaí pelos próximos 35 anos, ditando as regras pra todas as demais que estão instaladas ao longo do rio? O empresário visa lucro, só vai pensar em si (sem generalizar) e, se possível, vai querer acabar com qualquer tipo de concorrência se esse poder estiver em suas mãos. Aí entra um papel importante da autoridade portuária municipal, pois há espaço pra todos crescerem e pra cidade isso é fundamental.
Porto, pesca e construção naval
Itajaí tem no porto, na pesca e na construção naval seu tripé econômico e ter uma empresa privada ditando as regras pras demais ao longo do Itajaí-açu pode causar um rombo infinitamente maior do que manter 30, 20 ou 10 cargos numa autoridade portuária, que também seria uma facilitadora pra expansão do próprio terminal em área da cidade e ainda no combate às cheias. Ou acham que a empresa privada vai dragar o rio além de onde fica o porto organizado, sendo que pros negócios dela isso não tem a menor importância? Pode esperar sentado!
Tratamento diferente
Além de tudo isso, também causa muita estranheza nos portuários os tratamentos distintos por parte do governo federal pra portos tão próximos. Enquanto em Paranaguá e Rio Grande a União manteve recentemente o modelo de gestão, com suas respectivas autoridades portuárias públicas, em Itajaí querem “fazer uma aposta” e mudar.
Maiores portos
Lembrando que o modelo de gestão do terminal peixeiro é o mesmo adotado pelos maiores portos do mundo. Será que está tão errado assim? Ou será que existem muitos interesses por trás dessa privatização total, que, por sinal, não deu certo onde foi implantada?
Sandro
O vereador Sandro Andrade (PL), assumiu, quinta-feira, uma cadeira na piramidal casa do povo. Sandro ocupa a cadeira do titular, Fábio Negão (PL), que se licenciou. A primeira suplente, ex-vereadora Dulce Amaral declinou de assumir. A posse contou com a presença do vice-presidente estadual do Partido Liberal, suplente de deputado federal e empresário Jorge Goetten e do ex-vereador e presidente do PL na city peixeira, o topetudo Osvaldo Gern.