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Começou um novo ano: 2021
Por: Luiz Carlos Amorim
2021 acaba de nascer e o sol, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, o jacarandá fazendo tapetes azuis, me dizem que este novo ano poderá ser bom. Precisa ser melhor. Tem de ser melhor. Tivemos um 2020 muito difícil, um ano terrível como nunca tínhamos visto, com um presidente negacionista e mentiroso, um ano repleto de corrupção e impunidade, com o agravante da pandemia de covid 19, e tudo isso fez com que o país mergulhasse ainda mais no caos, com desemprego, inflação, economia estagnada, etc., etc. A pandemia que mudou o mundo, mudou tudo, mudou a nossa vida, para aqueles que não a perderam.
Por isso, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, ou seja: educação e saúde neste nosso Brasil e por todo este mundão de Deus; trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todos as atividades do ser humano, principalmente na “política” e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que haja um futuro amanhã.
Que saibamos cuidar do nosso meio ambiente. Que paremos de desmatar, que possamos diminuir a poluição, para que nossos filhos e netos possam ter um mundo viável mais adiante. Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene.
Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz no olhos de toda a gente, faróis a apontar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.
Quero pedir aos homens, principalmente aos que detém o poder, o fim das guerras, que o seu coração foi feito para abrigar a paz, e seus lábios, suas mãos e seus olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em suas mãos e com este poder destruir seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.
Quero que este ano de 2021 seja o ano da volta do abraço apertado, do abraço aconchego, do abraço que nos deixa com dois corações no peito, do abraço de mãos, do beijo de todos os tipos, do sorriso com dentes, da proximidade entre todos nós sem medo e sem culpa, o ano da cura do corpo e da alma.
Desejo um neto como o nosso menino Rio para todos, que chegou em 2019 para ajudar-nos a atravessar 2020. Ele foi a nossa salvação nesta pandemia de confinamento, de cuidados, de saudades. Ele é o futuro, caminhando sempre para a frente.
Não estou pedindo nada impossível, tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, seja melhor que os anteriores. Para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los.
Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Da cura. Utopia? Sonho? Mas o sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização.
A poesia aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. E precisamos disso para iniciar o ano novo. Vamos fazer um ano novo melhor, muito melhor. Vamos renascer melhores neste aniversário se inicia e ele será melhor também.