O argumento de Zimmer Junior está baseado no reajuste dos salários dos procuradores do Estado, desde outubro passado, cuja emenda que previa a equiparação com os procuradores da Assembleia – que, por sua vez, teriam os vencimentos equiparados aos dos ministros do STF - foi vetada em 2019, durante a tramitação da Reforma Administrativa, pela falta justificada de recursos, mas que sobreveio agora em função de decisões do Tribunal de Justiça que acolheu dois pedidos da Associação dos Procuradores (Aproesc). O crime de responsabilidade que daria início do processo, de acordo com Zimmer, foi a negativa anterior, por falta de recursos, e o pagamento agora, o que, porém, a partir do que foi narrado no pedido entregue ao parlamento, deixa margem de análise por se tratar, mesmo que de forma antecipada, o cumprimento de decisão judicial.
ALLES BLAU! A governadora em exercício Daniela Reinehr (Aliança Pelo Brasil) participou da abertura da 106ª Kerb, de Piratuba, no Meio-Oeste. Vestida tipicamente, a descendente de alemães estava à vontade no evento, onde posou para fotos, pegou neném no colo e fez discurso. E foi mais autêntica em suas tradições do que defende parte dos representantes do conservadorismo: estava vestida com um tom mais próximo do azul, não de rosa como prefere a ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos).
O que pega O que Zimmer desenvolve denota ainda uma outra leitura, mesmo que de maneira subliminar, de que os integrantes da Defensoria Pública são parte interessada nos valores de remuneração e não estão contemplados nesta escalada, que aumentou de R$ 30 mil para R$ 35 mil o salário de um procurador da PGE. O ex-defensor público-geral não representa mais o órgão, embora esteja em seus quadros, tampouco declaradamente os demais colegas da instituição em seu pedido, algo que lhe dá uma vantagem na fundamentação e uma desvantagem pela reclamação, que vai além na análise do caso em si, pois caracteriza uma disputa corporativista que nada soma ao contribuinte. WahtsApp O advogado Filipe Mello, filho do senador Jorginho Mello (PL) explica o porquê das etiquetas adesivas com o nome dos participantes do almoço, em Balneário Camboriú, na semana passada, com o empresário Luciano Hang e o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura). De acordo com Filipe, os participantes são “pessoas que fazem parte do grupo de WhatsApp”, por isso recebiam a etiqueta, e, “como são muitos e nem todos se conhecem fisicamente”, apenas pelos nomes, foi necessária a identificação.
Lamentável Foi infeliz a postagem do deputado estadual Jessé Lopes (PSL) ao criticar a ação “Não é não!”, que pretende trazer a Florianópolis, no Carnaval, a postura feminista de não aceitar o avanço do sinal dos rapazes durante as festividades. Jessé afirmou que o assédio “massageia o ego”, que ser assediada é “direito” da mulher e complementou, desastrosamente, de que ações como a proposta são “inveja de mulheres frustradas por não serem assediadas nem em frente a uma construção civil”.
Quem sabe O deputado do PSL, que deve ir para a Aliança Pelo Brasil, está em seu primeiro mandato, parte para o segundo ano na lesgilatura, e terá mais três anos para fazer uma divisão entre o mundo real e o que seus seguidores dão likes nas redes sociais. A propósito, assédio é crime previsto no artigo 216 A, do Código Penal, com pena de detenção de 1 a 2 anos, e fazer apologia a ele também.